Em todos os exorcismos, os preparativos eram intensos e compreendiam orações especiais do ritual Romano, consagrações, Salmos prescritos, o Rosário, Ladaínhas, Exorcismos, etc... Os Sacerdotes exorcizam demônios previamente identificados.
Exorcista (E): Demônio Akabor, nós, Sacerdotes, representantes de Cristo, ordenamos-te, em nome da Santa Cruz, do Preciosíssimo Sangue, das Cincos Chagas, das catorze estações da Via Sacra, da Santíssima Virgem Maria, da Imaculada Conceição, de Lurdes, de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, de Nossa Senhora do Monte Carmelo, de Nossa Senhora da Grande Vitória de Wigratzbal, das Sete Dores de Maria, de São Miguel Arcanjo, dos nove Coros Angélicos, do Anjo da Guarda desta mulher, de São José terror dos espíritos malignos; dos Santos Padroeiros desta mulher, de todos os Santos Anjos de Guarda e Anjos dos Sacerdotes, de todos os Santos do Céu, especialmente de todos os Santos Exorcistas, do Santo Cura d'Ars, de São Bento, dos servos e servas de Deus, Padre Pio, Teresa de Konnersreuth, Catarina Emmerich, de todas as Almas do Purgatório, e em nome do Papa Paulo VI, ordenamos-te, então, Akabor, como Sacerdotes de Deus, em nome de todos os Santos que acabamos de invocar, em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, volta para o inferno.*
* Estas invocações e outras foram constantes e repelidas. Para facilitar a leitura, suprimiram-se, ressalvando-se, no entanto, que os Sacerdotes sempre as fizeram, insistindo nas que se revelaram como mais eficazes.
O INFERNO É HORRÍVEL
A - Tenho ainda que falar...
E - Diz a verdade e só a verdade, em nome da Santíssima Trindade, da Santíssima Virgem Maria da Imaculada Conceição(...).A - Sim, em seu nome, e em nome dos Tronos de onde venho, tenho ainda que falar.
Eu estava nos Tronos. Eu, Akabor, tenho que dizer (respira ofegantemente e grita com uma voz horrível) como o inferno é horrível. É muito mais horrível do que se pensa. A Justiça de Deus é terrível; terrível é a Justiça de Deus! (grita e geme).
E - Continua a dizer a verdade, em nome da Santíssima Trindade (...) diz o que Deus te ordena.
A - O inferno é bem pior do que a primeira vista e superficialmente poderíeis pensar; a justiça... e naturalmente também a Misericórdia estão lá, mas é preciso muita confiança, é preciso rezar muito, é necessária a confissão, tudo é necessário. Não se deve condescender facilmente com os modernismos. O Papa é que diz a verdade.
E - Continua, em nome da Santíssima Trindade, da Santíssima Virgem Maria, da Imaculada Conceição! Continua em nome dos Santos Tronos! Continua!
A JUVENTUDE É ENGANADA
A - Os lobos estão agora...
E - Diz a verdade, só a verdade, em nome (...).
A - Os lobos estão agora no meio de vós, mesmo no meio dos bons.
E - Diz a verdade, só a verdade! Nós te ordenamos em nome (...).
A - Como já disse, tomam a forma de Bispos e Cardeais.
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).
A - Digo isto bem contra a minha vontade. Tudo o que digo é contra a minha vontade. Mesmo a juventude... a juventude é enganada. Pensa que poderá com algumas...
E - Diz a verdade, em nome (...), tu não podes mentir!
A - Com algumas obras caritativas alcançar o Céu, mas não pode, não! Nunca!
E - Continua a dizer a verdade, em nome dos Santos Tronos, a verdade total em nome (...).
A - Os jovens devem, embora me custe muito tenho que dizer...
E - Continua a dizer a verdade em nome da Santíssima Trindade! Tens de dizê-la, em nome (...).
COMUNHÃO NA BOCA
A - ...Devem receber convenientemente os sacramentos... fazer uma confissão verdadeira e não apenas participar nas cerimônias penitenciais e na Comunhão. A Comunhão, o celebrante deve dizer três vezes “Senhor eu não sou digno”, e não uma vez só. Devem receber a Comunhão na boca, e não na mão.
E - Diz só a verdade em nome do Preciosíssimo Sangue, da Santa Cruz, da Imaculada Conceição...
A - Nós trabalhamos durante muito tempo, lá em baixo (aponta para baixo) até conseguirmos que a Comunhão na mão fosse posta em prática. A comunhão na mão é muito boa para nós, no inferno; acreditai!
E - Nós te ordenamos, em nome (...) que digas somente o que o Céu te ordena! Diz só a verdade, a verdade total; tu não tens o direito de mentir. Sai desse corpo! Vai-te!
A - Ela (aponta para cima) quer que eu diga...
E - Diz a verdade, em nome (...).
A - Ela quer que eu diga... que se Ela, a grande Senhora, ainda vivesse, receberia a Comunhão na boca, mas de joelhos, e haveria de se inclinar profundamente assim (mostra como procederia a Santíssima Virgem).
E - Em nome da Santíssima Virgem (...) diz a verdade!
A - Tenho que dizer que não se deve receber a Comunhão na mão. O próprio Papa, dá a Comunhão na boca. Não é da sua vontade que se dê a Comunhão na mão. Isso vem dos seus Cardeais.
E - Em nome (...) diz a verdade!
A - Deles passou aos Bispos, e depois os Bispos pensaram que era matéria de obediência, que deviam obedecer aos Cardeais. Daí, a idéia passou aos Sacerdotes e também eles pensaram que tinham de se submeter, porque a obediência se escreve com maiúsculas.
E - Diz a verdade. Tu não tens o direito de mentir, em nome (...).
A - Não se é obrigado a obedecer aos maus. É ao Papa, a Jesus Cristo e à Santíssima Virgem, que é preciso obedecer. A Comunhão na mão não é de modo algum querida por Deus.
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).
O CULTO À SANTÍSSIMA VIRGEM
A - Os jovens devem habituar-se a fazer peregrinações. Devem voltar-se, cada vez mais, para a Santíssima Virgem; não devem bani-La. Devem... devem reconhecer a Santíssima Virgem e não viver segundo o espírito dos inovadores. Não devem aceitar absolutamente nada deles (grita cheio de fúria). Eles é que são lobos. A esses, já os temos, já os temos bem seguros.
E - Continua, diz a verdade, em nome (...).
A - Os jovens, atualmente, crêem que realizam coisas maravilhosas quando fazem algumas obras caritativas e se reúnem uns com os outros. Mas isso não é muito. É até fácil, quando simpatizam uns com os outros, mas só isso não é nada. É preciso que os jovens façam sacrifícios, que adquiram espírito de renúncia, é preciso que rezem. Devem freqüentar os Sacramentos, devem freqüentá-los ao menos uma vez por mês. Mas a oração e o sofrimento são também importantes. Antes de tudo isto, tenho ainda que dizer...
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...), diz o que a Santíssima Virgem te ordena!
IMITAÇÃO DE CRISTO
A - ...antes disto tenho que dizer que o mundo de hoje, mesmo o mundo católico, esqueceu por completo esta verdade: é preciso sofrer pelos outros. Caiu no esquecimento que todos vós formais o Corpo Místico de Cristo e que deveis todos sofrer uns pelos outros (chora como um miserável e geme como um cão). Cristo não realizou tudo na Cruz. Abriu-vos as portas do Céu, mas os homens devem reparar uns pelos outros. As seitas bem dizem que Cristo fez tudo, mas isso não corresponde à verdade. A Paixão de Cristo continua; em Seu Nome, ela continuará até ao fim do mundo (resmunga).
SENTIDO DO SOFRIMENTO
E - Continua, em nome da Santíssima Virgem, diz o que Ela manda que digas.
A - É preciso que ela (a Paixão de Cristo) continue. Têm que sofrer uns pelos outros e oferecer os sofrimentos em união com a Cruz e os sofrimentos de Cristo. Deve-se sofrer em união com a Santíssima Virgem e com todas as renúncias que Ela suportou durante a Sua vida, unir os próprios sofrimentos, nos horríveis sofrimentos de Cristo na Cruz e na Sua Agonia, no Jardim das Oliveiras.
Esses sofrimentos foram mais terríveis do que aquilo que os homens poderão pensar. Cristo, no Jardim das Oliveiras, não sofreu apenas como podereis talvez pensar. Ele foi esmagado pela Justiça de Deus, como se Ele próprio tivesse sido o maior dos pecadores, como se estivesse condenado ao inferno. Teve que sofrer por vós, homens; de contrário, não teríeis sido salvos. Teve de suportar os mais terríveis sofrimentos a ponto de pensar que iria para o inferno. Os sofrimentos foram então tão fortes que Ele se sentiu completamente abandonado pelo Pai Celeste, Suou Sangue, porque se sentiu totalmente perdido para o Pai e abandonado por Ele. Sentiu-se esmagado como se fosse um dos maiores pecadores.
Eis o que Ele fez por vós, e vós deveis imitá-Lo.
Estes sofrimentos têm um valor imenso. Esses sofrimentos, esses momentos obscuros, esses terríveis abandonos, quando se está convencido de que tudo está perdido, e que o melhor é pôr termo à vida. Eu não quero dizer mais, não...(respira com grande dificuldade).
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).
A - é precisamente quando se sofre assim, quando tudo parece estar perdido, quando a pessoa se julga totalmente abandonada por Deus, quando crê ser a mais miserável das criaturas, é então que Deus pode meter a Sua Mão no jogo. Estes sofrimentos, estes horríveis e tenebrosos sofrimentos, são os mais valiosos (lança gritos e uivos terríveis) que existem. Mas é precisamente isto que a juventude desconhece. A maioria dos jovens ignoram-no e é aí que reside o nosso trunfo.
ACEITAÇÃO DO SOFRIMENTO
E - Continua a dizer a verdade, em nome (...).
A - Muitos, a maioria, suicídam-se quando se crêem abandonados por Deus e pensam ser as criaturas mais miseráveis. Por mais escura que seja a noite, Deus esta próximo deles, embora eles já não O sintam! Deus está então como se já não estivesse. De facto, momentaneamente, a sua presença deixa de lhes ser perceptível, mas apesar disso devem imitar os sofrimentos de Cristo, sobretudo os que Ele chamou a sofrer muito. Há muitos que, então, pensam que já não são normais a maior parte é -o e então capitulam, capitulam muito mais facilmente. Pensam então que têm que se suicidar, porque já ninguém os compreende. É o nosso triunfo. A maioria vai para o Céu, mas apesar disso, é o nosso triunfo, porque...
E - Continua em nome (...).
A - Não cumpriram a sua missão, deveriam ter continuado a viver.
E - Continua em nome (...).
A - No mundo de hoje há cruzes extremamente pesadas. É Ela que o manda dizer (aponta para cima). Essas cruzes são muitas vezes mal suportadas. Cruzes visíveis, como o cancro, defeitos físicos ou outras enfermidades, são muitas vezes mais fáceis de suportar que as angústias ou noites do espírito que muitas pessoas têm de agüentar actualmente.
Ela, lá em cima (aponta para cima), manda dizer o que já uma vez transmitiu através duma alma privilegiada: “Eu enviarei aos meus filhos sofrimentos tão grandes e profundos como o mar.”* Esses a quem foram destinadas cruzes tão pesadas - alguns são escolhidos de há muito - não devem desesperar.
E - Em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, diz Akabor, o que a Santíssima Virgem te manda transmitir!
A - Estas cruzes que acabo de referir, são cruzes que parecem inúteis e absurdas. Podem levar ao desespero. Muitas vezes, parecem impossíveis de suportar, mas são essas as mais preciosas. Eu, Akabor, quero ainda acrescentar: Ela (aponta para o alto) quer gritar a todos esses que carregam uma Cruz: “Coragem! Não desanimeis!” Na Cruz está a salvação, na Cruz está a vitória. A Cruz é mais forte que a guerra.
E - Continua em nome (...).
* Trata-se aqui da mensagem de Marienfried, dada na Alemanha em 1945. Cfr. o livro “A Paz de Maria” das edições ACTIC, que apresenta essas Mensagens.
O MODERNISMO
A - O modernismo é falso. É preciso virar as costas ao modernismo. É obra nossa, vem do inferno. Mesmo os Sacerdotes que difundem o modernismo nem sequer estão de acordo entre si. Ninguém está de acordo. Só este sinal vos deveria bastar.
E - Continua, em nome da Imaculada Conceição! Diz a verdade, em nome (...).
A - O Papa é atormentado pelos seus Cardeais, pelos seus próprios Cardeais... está rodeado de lobos.
E - Diz a verdade em nome (...).
A - Se não fosse assim, poderia dizer mais, mas ele está como que paralisado. Já não pode fazer muito; agora, já não pode fazer muito. Deveis rezar muito ao Espírito Santo, rezar agora e sempre ao Espírito Santo. Então, compreendereis no mais profundo de vós mesmos o que é preciso fazer. Aconteça o que acontecer, não vacileis na vossa antiga fé. Devo dizer que este Segundo Concílio do Vaticano não foi tão bom como se pensa. Em parte, foi obra do inferno.
E - Diz a verdade, em nome (...).
A SANTA MISSA: “POR MUITOS”
A - Sem dúvida, que havia certas coisas que precisavam de ser mudadas, mas a maior parte, não. Acreditai-me! Na Liturgia não havia praticamente nada que necessitasse de ser mudado. Mesmo as leituras e o próprio Evangelho não deviam ser lidos em línguas nacionais. Era bem melhor que a Santa Missa fosse celebrada em latim. Considerai por exemplo, a Consagração; basta a Consagração, é típico. Na Consagração empregam-se as palavras: “Isto é o Meu Corpo que será entregue por vós.” e, em seguida, diz-se “Este é o Meu Sangue que será derramado por vós e por muitos.” Foram estas as palavras de Cristo.
E - Não é correcto dizer “por todos?” Diz a verdade, em nome (...)
A - Claro que não! As traduções nem sempre são exactas e esse é sobretudo o caso de “por todos.” Não se deve e não se pode dizer “por todos”; deve dizer-se “por muitos.” Se o texto não está correcto, já não encerra a plenitude de graças. Claro que a Santa Missa continua a ser válida, mas o canal de graças corre agora parcimoniosamente. E a Consagração já não acarreta tantas graças como quando o Sacerdote a pronunciava convenientemente, de acordo com a Tradição Antiga e com a vontade de Deus. É preciso dizer-se “por vós e por muitos”,* tal como Cristo disse.
E - Então não é verdade que Cristo tenha derramado o Seu Sangue, por todos? Diz a verdade, em nome (...).
A - Não. Ele bem desejou derramá-lO por todos, mas de facto ele não foi derramado por todos.
E - Por que muitos O recusaram? Diz a verdade, em nome (...)
A - Exactamente. Assim, Ele não derramou o Seu Sangue por todos, pois não O derramou por nós, os do inferno.**
E - Diz a verdade, em nome (...).
A - O novo ordinário da Missa - os Bispos mudaram a Missa Tridentina - a nova Missa, não corresponde exactamente à vontade d'Eles, lá em cima (aponta para cima).
E - Que é isso de Missa Tridentina? É a Antiga Missa prescrita pelo Papa São Pio V? Diz a verdade, em nome (...).
A - É a melhor que existe, é a Missa-tipo, a verdadeira e a boa Missa (geme).***
E - Akabor, diz a verdade, em nome e sob as ordens da Santíssima Virgem! Nós ordenamos-te que digas tudo o que Ela te encarregou de dizer!
A - Tudo o que disse foi contra a minha vontade, mas a isso fui obrigado. Foi Ela, lá em cima (aponta para cima) que me forçou (rosna).
E - Tens ainda alguma coisa a acrescentar, em nome (...). Fala, e intimamos-te a dizer a verdade!
* Na Missa de Paulo VI, em Latim conservou-se a formula correcta.
De facto, aí se diz: “ Pro multi”, ou seja por muitos. As traduções, inclusivamente a portuguesa, atraiçoaram o texto e puseram uma palavra inexistente: “ por todos.”
** De certo Cristo teria resgatado os demônios, se isso tivesse sido possível. Não sendo esse o caso, é evidente que o Seu Sangue não foi derramado pelos demônios. Em principio, a Redenção de Cristo destinava-se a todos os homens, mas na prática estava limitada pela sua liberdade de recusa. Assim o Sangue de Cristo não aproveitou àqueles que O recusaram, deste modo e por sua culpa, foram condenados no inferno, onde partilham do destino irrevogável dos demônios.
*** A celebração desta Missa de São Pio V foi autorizada pela Santa Sé num documento assinado por João Paulo II.
O ECUMENISMO
A - Na época que atravessamos não se deve obedecer a Bispos modernistas. Vivemos na época a que Cristo se referiu, dizendo: “ Surgirão muitos falsos cristos e falsos profetas” (Mc.13-22). São eles os falsos profetas! Já não se pode acreditar neles; em breve, já ninguém os poderá acreditar, porque ele... porque eles... aceitaram excessivas novidades. Nós estamos neles, nós, os lá de baixo (aponta para baixo), é que os incitamos. Muito tempo passámos em deliberações, para ver como destruir a Missa Católica.
Já Catarina Emmerich, há mais de cem anos, dizia: “ Foi em Roma...” Numa visão, ela viu Roma, o Vaticano. Viu o Vaticano rodeado por um fosso profundíssimo, e do outro lado do fosso estavam os descrentes. No centro de Roma, no Vaticano, encontravam-se os Católicos. Estes atiravam para esse fosso profundo os seus altares, as suas imagens, as suas relíquias, quase tudo, até o fosso ficar quase cheio. Essa situação... esses tempos, vivemô-los agora (grita com uma voz medonha).
Então, quando o fosso ficou cheio, os membros das outras religiões puderam realmente atravessá-lo. Atravessaram-no, olharam para dentro do Vaticano, e viram como os católicos de hoje, a Missa moderna, pouco tinha para lhes oferecer. Abanaram a cabeça, voltaram as costas e foram-se. E muitos de entre vós, católicos, são suficientemente estúpidos para ir ao encontro deles. Mas eles não dão um passo na vossa direcção.
Quero ainda acrescentar mais qualquer coisa.
E - Diz a verdade, em nome (...).
A LITURGIA
A - Na Missa Tridentina fazia-se o Sinal da Cruz trinta e três vezes, mas agora faz-se muito menos vezes: duas, três, quando tudo vai pelo melhor. E na última, na benção final, já não é necessário ajoelhar (grita e chora de desespero). Podereis imaginar como nós ajoelharíamos ... como nós cairíamos de joelhos, se porventura pudéssemos? (geme e chora).
E - É correcto fazer o Sinal da Cruz trinta e três vezes, durante a Santa Missa? Diz a verdade, em nome (...).
A - Não é só correcto, como também obrigatório. É que assim nós não conseguiríamos ficar, pois seriamos obrigados a fugir da Igreja. Mas, assim, ficamos.
Devia também restabelecer-se a cerimônia da aspersão. A aspersão com água benta obriga-nos a fugir e o mesmo se passa com o incenso. Era também preciso voltar a queimar-se incenso. Era bom que depois da Santa Missa se recitasse a Oração a S. Miguel Arcanjo, três Ave-Marias e a Salve Rainha.
E - Diz a verdade, diz o que tens a dizer, em nome (...).
A - Os leigos não devem dar a Sagrada Comunhão (dá gritos horríveis), de modo nenhum!! Nem sequer as religiosas. Nunca! Pensais que Cristo teria confiado essa missão aos Apóstolos, se as mulheres e os leigos também o pudessem fazer (geme)? Sou obrigado a dizer isto! Allida, ouviste Allida, ouviste o que me obrigaram a dizer? Allida, tu também podes falar! (O outro responde encolerizado: Fala tu!)
E - Já acabaste Akabor, em nome (...) disseste tudo, disseste toda verdade?
A - Ela, lá em cima (aponta para o alto), não permite que eu seja atormentado pelo velho (lúcifer), porque eu sou obrigado a dizer estas coisas por vós e pela Igreja. Ela não o permite... e ainda bem! Mas isto não é bom para os lá debaixo (aponta para baixo), não é bom para nós (grita e geme).
E - Em nome da Santíssima Virgem, continua. Tens ainda alguma coisa a dizer? Pelo poder dos Santos Tronos, teus antigos companheiros, tens alguma coisa a acrescentar? (Após sete horas de oração e seis horas de exorcismo sem beber nem comer, algumas das pessoas presentes sentem-se fatigadas).
A - Podeis ir-vos embora. Ficaremos contentes, se vos fordes. Ficaremos contentes. Ide-vos!
E - Continua a falar! Em nome da Santíssima Virgem fala! Diz o que Ela te ordena, em nome (...).
A - Porque disse tudo isso, porque fui obrigado a dizê-lo. Ela concede-me ainda uns momentos. Tens que recitar três vezes: “ Santo, Santo, Santo...”. (As pessoas presentes recitam a oração).
E - Em nome da Rosa Mística..., Akabor, diz o que a Santíssima Virgem te encarregou de dizer!
A - Ela encarregou-me de dizer o que eu fui obrigado a dizer e o que disse. Tudo o que revelei, foi contra a minha vontade (chora despeitado).
E - Em nome..., disseste tudo?
A - Sim!
EXPULSÃO DE AKABOR
E - Nós te ordenamos agora, Akabor, em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, da Santíssima Virgem Maria, do Coração Imaculado de Maria, dos Santos Arcanjos, dos Coros Angélicos, que digas se nos revelastes tudo o que o Céu te tinha mandado dizer! Diz a verdade em nome do Preciosíssimo Sangue!
A - Se ele tivesse sido também derramado por nós, teríamos sido homens. Mas nós não éramos homens. Se fossemos homens, não teríamos sido tão estúpidos. No fundo, ainda tendes mais sorte que nós...
A - Isso não é possível...!
E - Akabor, vai-te em nome (...)! O teu discurso acabou, a tua missão está cumprida. Grita o teu nome e volta para o inferno!
A - Não sou obrigado a ir já. Ela ainda me permite um certo tempo.
E - Tem que sair outro demônio contigo?
A - Não! Eu, Akabor, tenho de ir primeiro, mas tendes que rezar ainda sete Ave-Marias em honra das 7 Dores de Maria. É sob as suas ordens (aponta para o alto) que eu as vou dizer:
1ª - A primeira, pela sua dor na profecia de Simeão: “Uma espada de dor te trespassara o coração.”
2ª - Depois, a fuga para o Egito, considerando as lágrimas e os tormentos que Ela então sofreu.
3ª - Perda do Menino Jesus no Templo: imaginemos a angústia que Ela padeceu, pois que Ele era o Filho de Deus.
4ª - Ela encontra Jesus no caminho do Calvário; a humilhação em que Ela viu o Seu Filho.
5ª - A horrível, a mais horrível dor: na Crucificação e morte na Cruz. Quanto Ela não padeceu: lágrimas, angústias, desânimo.
6ª - A descida da Cruz: Aquele Corpo horrivelmente desfigurado, que em conjunto levaram para o túmulo. Em que estado de espírito não terá Ela assistido a tudo isto.
7ª - Finalmente, a deposição no túmulo. A Sua Dor imensa, a sua tristeza. Ela sofreu horrivelmente. (Terminadas as orações, grita com uma voz cheia de ódio):
A - Agora, três vezes:“Santo, Santo, Santo,...” (as pessoas presentes recitam-o
E - Em nome da Santíssima Trindade (...), em seu nome, deves agora voltar para sempre para o inferno, Akabor!
A - (geme e grita com uma voz terrível): Sim...!
E - Em nome (...) grita o teu nome e vai-te para o inferno! Vai-te em nome dos teus antigos companheiros, os Santos Tronos que servem a Deus. Tu nunca serviste a Deus!
A - (gemendo): Eu bem queria servir a Deus, mas lúcifer não o quis.
E - Tens que te ir agora. Nós, Sacerdotes, te ordenamos em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Tens de te ir embora, em nome do Coração de Maria e em nome das Sete Dores de Maria.
A - (grita como louco, cheio de desespero).
E - Em nome (...) vai para o inferno! Grita o teu nome!
A - A-KA-BOR (grita o nome chorando). A-KA-BOR!!
E - Vai para o inferno e não voltes mais, nunca mais, em nome (...).
AL - Agora, é Allida quem fala.
E - Em nome da Santíssima Trindade, nós te ordenamos, que nos diga Allida, se Akabor partiu.
AL - Ele cá já não está. Partiu. Lúcifer e a sua pandilha vieram buscá-lo.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
A realidade do maligno - Parte introdutória
As Revelações Através dos Padres Exorcistas
A REALIDADE DO MALIGNO
(Nota à edição portuguesa)
Este livro que agora se publica, doze anos depois dos acontecimentos, é um grito de alarme aos suficientes que tudo explicam por causas naturais. Revela uma realidade hedionda, um mundo em permanente trabalho de destruição, que quer aprisionar as almas nas trevas e conseguir a sua condenação. Esses agentes do reino negro em expansão, falam do que estão a fazer, do que fizeram e do que planejam.
Tudo se passa no tempo do Papa Paulo VI, um homem de dores, e muito do que se diz refere-se àquela circunstância. No entanto, por cima disso, desfila um horizonte de destruição e negrura, uma aposta de demolição e uma raiva sem fim contra a humanidade e o Criador. O livro não perdeu a atualidade: antes a ganhou, dada o sentimento do mundo que proclama abertamente a morte de Deus e do diabo. Na realidade, nem o Criador se apagou, nem a má criatura desapareceu: antes trabalha para a perdição da Igreja e dos homens, com uma inteligência e eficácia inquietantes.
Os documentos no princípio e no fim desta obra, servem para mostrar que não se trata de uma história fabricada por alucinados na Suíça. É uma história real, verificável, inquietantes, misteriosa, que nos lembra as terríveis palavras de Nossa Senhora de Fátima: “Vão muitas almas para o inferno porque não tem quem reze por elas”. Esse sítio existe e desse poço infernal espalha-se um mal que invade as mentes, as instituições e a terra. Leiamos com atenção e, como diz São Paulo referindo-se aos carismas, retenhamos o que é útil, o que é bom, o que é salvífico e nos pode ajudar na nossa vida de todos os dias.
Não nos fixemos nos pormenores, nas pequenas coisas; consideremos antes as grandes linhas e o sofrimento desta alma. Sofrimento real, terrível, medonho. Pensemos no nosso próprio sofrimento, tantas vezes exagerado para inglês ver. E se tivéssemos uma coisa assim?
Elevemos o nosso espírito a Deus, numa oração profunda e verdadeira, peçamos por todos, invoquemos o Espírito Santo e... assim, com esta disposição, de entendimento aberto, comecemos a leitura.
1
PREFÁCIO
A MINHA EXPERIÊNCIA
(Testemunho do editor Bonaventur Meyer)
A par do grande número de casos de possessão, que chegaram até nós pela Sagrada Escritura, são muitos os textos literários que através dos séculos dão testemunho de tais factos. O holandês W. C. Van Dam, na sua obra modelar Demônios e Possessos (Pahloch Editora, 1970) cita mais de duzentos livros diferentes, que dão testemunho desta realidade.
No ano de 1947 tomei conhecimento de um caso de possessão e pude verificar como da mesma pessoa se emitiam vozes estranhas e como a aspersão com água benta provocava uma imediata reacção de repulsa.
Em 1975 assisti a um exorcismo de sete pessoas possessas, numa Igreja em Itália. Presenciei as reacções dos pobres possessos durante o exorcismo. Além disso, vi o seu comportamento durante a recepção dos Sacramentos, a sua oposição e, finalmente, a sua capitulação perante o Santíssimo Sacramento. As pessoas assim atormentadas tinham vindo, por sua livre vontade, para serem exorcizadas por um Padre piedoso, “porque procuravam um alívio, que ninguém mais lhes poderia dar”, como elas próprias me confiaram.
Uma das possessas, que fora dos exorcismos se comporta como qualquer outra pessoa, mostrou-me cicatrizes nos seus braços, e explicou-me que durante 25 anos consultara médicos e professores de Medicina, mas ninguém tinha conseguido aliviá-la, a não ser aquele Padre, homem Santo, que na Igreja recitara um exorcismo. Esse Padre, homem piedoso e de alma fervorosa, proibiu-me de revelar o seu nome, dado que o Episcopado, por causa do ataque da imprensa actualmente generalizado em quase todo o mundo, não autoriza o Grande Exorcismo com que se expulsam os demônios e, além disso, impõe ao exorcista o maior silêncio para que nada seja tornado público.
Apesar da Bíblia referir cerca de 70 vezes o inferno e mais vezes ainda o demônio, encontramos na Igreja actual Bispos competentes, professores de Teologia tolerantes, que negam a existência pessoal do demônio, e com ela, a existência do inferno e também a existência de todo o mundo Angélico.
SOBRE A POSSESSA
A propósito da possessa que este livro refere, chegou-se há pouco, mais uma vez, à conclusão de que no caso desta mulher e mãe se trata de uma alma reparadora, que desde os 14 anos é atormentada por pavorosos estados de angústias e períodos de insônia total. Foi tratada pelos métodos mais modernos da Medicina e da Psiquiatria durante as suas oito permanências em clínicas. Quando, depois do mais rigoroso tratamento, lhe deram alta, considerando-a como um caso inexplicável, um exorcista conhecido comprovou casualmente a possessão de um modo inequívoco. Após um exorcismo, que contou com a colaboração de vários Sacerdotes, realizado num lugar de Aparições da Virgem (Fontanelli Montichiari, em Itália), tanto os demônios (anjos caídos) como almas danadas (pessoas condenadas) foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a fazer importantes revelações dirigidas à Igreja actual.
Tendo convidado vários Bispos e representantes da Psiquiatria e Medicina para assistirem a um exorcismo, realizado em 26 de abril de 1978, dia da Festa de Nossa Senhora do Bom Conselho, estiveram em minha casa, para a realização do exorcismo, seis Sacerdotes e também o psiquiatra francês Dr. M. G. Mouret, director clínico do hospital psiquiátrico de Limoux (França) possuidor de grande experiência em tais fenômenos.
Depois do exorcismo de três horas, com muitas revelações saídas da boca da possessa antes e após o exorcismo, o Dr. Mouret deixou por escrito o seu testemunho, afirmando que no caso presente não se tratava nem de esquizofrenia, nem de histeria, mas sim do controle da pessoa por uma força exterior, que a Igreja Católica apelida possessão.
Esta mulher, possessa e mãe de quatro filhos, é continuamente atormentada até ao limite das suas forças. Apesar disso, procura cumprir o melhor possível os seus deveres familiares. O fardo monstruoso, os tormentos causados pelos demônios que lhe perturbam o sono nocturno, as continuas revelações feitas pelos espíritos, significam um martírio permanente. O seu único alívio vem daqueles Sacerdotes que, contrariando as tendências actuais, se compadecem do seu estado, lhe ministram os Sacramentos e recitam o Exorcismo.
* * *
Mas já em 25 de abril de 1977, por disposição da Divina Providencia, tinha visitado a possessa e assistido a um exorcismo, acompanhado pelo prelado Professor Dr. Georg Siegmund, de Fulda. Como docente, formara gerações de Sacerdotes e também como teólogo, filósofo e biólogo, publicara já um grande número de trabalhos científicos, de tal modo que o físico de renome mundial, o cristão evangélico Pascal Jordan, qualificou-o como um dos filósofos e teólogos mais importantes da actualidade.
Sem tomar posição relativamente ao conteúdo das revelações demoníacas, o Prof. Siegmund atesta no epílogo: “Relativamente à pessoa, estou convencido de que não se trata, nem de uma histérica, nem de uma psicopata ou de uma doente psíquica, o que, aliás, já foi também confirmado por médicos especialistas. Os seus fenômenos de possessão, como eu próprio pude observar, dão a impressão de se tratar de possessão autêntica. Ela e também a sua família sofrem, pois que a autoridade competente, impede uma verdadeira assistência espiritual, por receios, aliás, compreensíveis, numa época em que reina a negação do espiritual”.
No seu testemunho, o Prof. Siegmund refere-se ao número sempre crescente de pessoas, mesmo nas escolas superiores de Teologia, que negam a existência de satanás e dos Anjos. A esta atitude segue-se a destronização do Altíssimo.
Bonaventur Meyer
2
A VIDA POSSESSA
Embora a senhora em causa, devido ao seu estado de saúde e à grande distância e isolamento da sua aldeia natal só tivesse freqüentado a escola primária, possui inteligência acima da média, compreensão rápida e boa memória. Da sua biografia, que ela própria escreveu à máquina, extraímos as seguintes passagens (por motivos compreensíveis omitimos nomes e lugares e, por questões de espaço, abreviamos as descrições).
“ Os meus pais viviam numa pequena quinta. O lugar é muito isolado. Nasci na Suíça alemã, em 1937, no Domingo do Santo Escapulário, dia em que a admissão das crianças na Congregação do Escapulário era solenemente festejada. Fui batizada na terça-feira seguinte. Diz a minha mãe que eu, em bebê, chorava imenso e dormia excepcionalmente pouco. Pensavam, no entanto, que isso era devido a problemas intestinais, mas nunca foi possível fundamentar essas conjecturas dum modo satisfatório.
Na primavera de 1944, comecei a freqüentar a escola. Era uma criança tímida e muito calma. Aprendia com facilidade. A leitura, a escrita e as contas, não apresentavam qualquer dificuldade para mim.
O meu lugar preferido era à beira do ribeiro, na erva e junto das flores. Muitas vezes juntava-me com outras crianças e gostávamos de agitar as pernas dentro da água. As nossas conversas eram iguais às de qualquer criança desta idade. Também falávamos, às vezes, de assuntos de carácter religioso, do Céu, do inferno, do Purgatório.
Fiz a primeira Comunhão em 1946. Levei esse acto muito a sério e preparei-me o melhor que pude. Dum modo geral, posso dizer que o tempo escolar passou sem incidentes dignos de nota. Desde muito nova acompanhava os meus pais ao campo, onde procurava ser útil. Os meus irmãozitos exigiam muito tempo e trabalho.
Depois da minha primeira Comunhão passei a ir quase diariamente à Missa e à Sagrada Comunhão. Tinha, então, a sensação, quando lia o meu Missal negligentemente ou rezava menos, de que as graças eram menos abundantes. Aos treze anos, tive que agüentar ataques mais ou menos duros doutras crianças. Cochichavam que eu era uma “beata” e que queria ir para freira. Senti-me profundamente envergonhada mas, referindo-se ao facto, a minha avó disse-me: “Ora, não dês ouvidos às outras crianças. Elas não sabem o que dizem. O que importa, é que Deus esteja contente contigo.”
Gostava muito de ir à Igreja e, quando na Missa solene, o coro entoava cânticos, os altares estavam ornados de flores e o cheiro do incenso se espalhava, tinha a impressão de que todos os que se encontravam estavam muito próximo do Céu.
ACEITAR A VONTADE DE DEUS
“Era o começo da insônia total e, o mais simples era aceitar a vontade de Deus. Mais tarde, compreendi que me envolvia e revolvia nesta cruel obscuridade, sem encontrar uma saída. Este tormento era o meu quinhão, dia e noite, e ninguém podia ajudar-me. A minha madrinha acompanhou-me ao médico, que ficava muito distante. Ele disse que eu tinha apanhado uma inflamação nos rins e na bexiga, e que isso atacara o sistema nervoso. Receitou-me medicamentos, mas continuei a piorar e algum tempo depois, o médico mandou-me para o hospital”.
Deste modo, esta pobre criança foi submetida, desde os catorze anos, ao mais duro dos martírios. Passou os anos seguintes ajudando nos trabalhos domésticos, sendo essa actividade apenas interrompida pelos tratamentos médicos e por curtas estadias no hospital. Como se esses sofrimentos não bastassem, teve que mandar arrancar os dentes porque um médico pensou que eles eram a causa dos seus sofrimentos. Isto, porém, não levou a nenhuma mudança no seu estado; foi apenas, para a pobre, um sofrimento suplementar.
A Divina Providência deu-lhe então um homem sem fortuna, mas honesto. Casou com ele em 1962, embora a princípio a família a tivesse dissuadido de o fazer. Esta mulher e mãe, na casa dos quarenta anos, deu à luz quatro encantadoras crianças. Durante a gravidez e os partos não experimentou quaisquer melhoras nos seus inexplicáveis sofrimentos. Pelo contrário. Mais enfraquecida que nunca foi levada para clínicas e casas de repouso, mas por fim os especialistas de uma clínica de grande nomeada, mandaram-na para casa, como uma pessoa mentalmente sã, mas considerando-a um caso inexplicável.
Injecções, electrochoques e outros tratamentos, ocasionaram-lhe maiores e insuportáveis sofrimentos, interrompidos apenas por fugidios raios de luz. Por volta de 1972, (então com 35 anos), registrou ligeiras melhoras. Ela escreveu a este propósito:
“ Descobriu-se, por acaso, que sofria duma falta total de fósforo. Tomei umas cápsulas e, de facto registraram-se melhoras, no meu estado geral. Até que ponto era fósforo, até que ponto era a vontade de Deus que me dava finalmente alívio? Não sei! Consegui dormir, se é que se pode chamar dormir a um mero passar pelo sono ou, quando tudo ia pelo melhor, dormitar. Os estados de angústia eram cada vez mais raros, sentia de novo vontade de rir e podia já fazer normalmente os meus trabalhos caseiros. O meu marido andava radiante, mas não havia ninguém que se sentisse mais aliviado do que eu. Podia ter novamente dois filhos comigo, o que me dava uma enorme alegria. Louvei e glorifiquei o Senhor por ter sido finalmente liberta, mas nem por isso deixei de compreender que o sofrimento, por maior e mais esmagador que seja, pode ser sempre uma graça. Por isso, pensava muitas vezes que Ele sabia a razão de me ter conduzido através desta noite.”
EXORCISMOS E REVELAÇÕES
Em 1974, sobreveio uma grave recaída. “ A minha irmã levou-me a casa de um bom homem que já tinha prestado ajuda a muitas pessoas. Na sua presença, senti bruscamente uma sacudidela no braço, sem que eu o tivesse movimentado. O homem disse de repente:
A REALIDADE DO MALIGNO
(Nota à edição portuguesa)
Este livro que agora se publica, doze anos depois dos acontecimentos, é um grito de alarme aos suficientes que tudo explicam por causas naturais. Revela uma realidade hedionda, um mundo em permanente trabalho de destruição, que quer aprisionar as almas nas trevas e conseguir a sua condenação. Esses agentes do reino negro em expansão, falam do que estão a fazer, do que fizeram e do que planejam.
Tudo se passa no tempo do Papa Paulo VI, um homem de dores, e muito do que se diz refere-se àquela circunstância. No entanto, por cima disso, desfila um horizonte de destruição e negrura, uma aposta de demolição e uma raiva sem fim contra a humanidade e o Criador. O livro não perdeu a atualidade: antes a ganhou, dada o sentimento do mundo que proclama abertamente a morte de Deus e do diabo. Na realidade, nem o Criador se apagou, nem a má criatura desapareceu: antes trabalha para a perdição da Igreja e dos homens, com uma inteligência e eficácia inquietantes.
Os documentos no princípio e no fim desta obra, servem para mostrar que não se trata de uma história fabricada por alucinados na Suíça. É uma história real, verificável, inquietantes, misteriosa, que nos lembra as terríveis palavras de Nossa Senhora de Fátima: “Vão muitas almas para o inferno porque não tem quem reze por elas”. Esse sítio existe e desse poço infernal espalha-se um mal que invade as mentes, as instituições e a terra. Leiamos com atenção e, como diz São Paulo referindo-se aos carismas, retenhamos o que é útil, o que é bom, o que é salvífico e nos pode ajudar na nossa vida de todos os dias.
Não nos fixemos nos pormenores, nas pequenas coisas; consideremos antes as grandes linhas e o sofrimento desta alma. Sofrimento real, terrível, medonho. Pensemos no nosso próprio sofrimento, tantas vezes exagerado para inglês ver. E se tivéssemos uma coisa assim?
Elevemos o nosso espírito a Deus, numa oração profunda e verdadeira, peçamos por todos, invoquemos o Espírito Santo e... assim, com esta disposição, de entendimento aberto, comecemos a leitura.
1
PREFÁCIO
A MINHA EXPERIÊNCIA
(Testemunho do editor Bonaventur Meyer)
A par do grande número de casos de possessão, que chegaram até nós pela Sagrada Escritura, são muitos os textos literários que através dos séculos dão testemunho de tais factos. O holandês W. C. Van Dam, na sua obra modelar Demônios e Possessos (Pahloch Editora, 1970) cita mais de duzentos livros diferentes, que dão testemunho desta realidade.
No ano de 1947 tomei conhecimento de um caso de possessão e pude verificar como da mesma pessoa se emitiam vozes estranhas e como a aspersão com água benta provocava uma imediata reacção de repulsa.
Em 1975 assisti a um exorcismo de sete pessoas possessas, numa Igreja em Itália. Presenciei as reacções dos pobres possessos durante o exorcismo. Além disso, vi o seu comportamento durante a recepção dos Sacramentos, a sua oposição e, finalmente, a sua capitulação perante o Santíssimo Sacramento. As pessoas assim atormentadas tinham vindo, por sua livre vontade, para serem exorcizadas por um Padre piedoso, “porque procuravam um alívio, que ninguém mais lhes poderia dar”, como elas próprias me confiaram.
Uma das possessas, que fora dos exorcismos se comporta como qualquer outra pessoa, mostrou-me cicatrizes nos seus braços, e explicou-me que durante 25 anos consultara médicos e professores de Medicina, mas ninguém tinha conseguido aliviá-la, a não ser aquele Padre, homem Santo, que na Igreja recitara um exorcismo. Esse Padre, homem piedoso e de alma fervorosa, proibiu-me de revelar o seu nome, dado que o Episcopado, por causa do ataque da imprensa actualmente generalizado em quase todo o mundo, não autoriza o Grande Exorcismo com que se expulsam os demônios e, além disso, impõe ao exorcista o maior silêncio para que nada seja tornado público.
Apesar da Bíblia referir cerca de 70 vezes o inferno e mais vezes ainda o demônio, encontramos na Igreja actual Bispos competentes, professores de Teologia tolerantes, que negam a existência pessoal do demônio, e com ela, a existência do inferno e também a existência de todo o mundo Angélico.
SOBRE A POSSESSA
A propósito da possessa que este livro refere, chegou-se há pouco, mais uma vez, à conclusão de que no caso desta mulher e mãe se trata de uma alma reparadora, que desde os 14 anos é atormentada por pavorosos estados de angústias e períodos de insônia total. Foi tratada pelos métodos mais modernos da Medicina e da Psiquiatria durante as suas oito permanências em clínicas. Quando, depois do mais rigoroso tratamento, lhe deram alta, considerando-a como um caso inexplicável, um exorcista conhecido comprovou casualmente a possessão de um modo inequívoco. Após um exorcismo, que contou com a colaboração de vários Sacerdotes, realizado num lugar de Aparições da Virgem (Fontanelli Montichiari, em Itália), tanto os demônios (anjos caídos) como almas danadas (pessoas condenadas) foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a fazer importantes revelações dirigidas à Igreja actual.
Tendo convidado vários Bispos e representantes da Psiquiatria e Medicina para assistirem a um exorcismo, realizado em 26 de abril de 1978, dia da Festa de Nossa Senhora do Bom Conselho, estiveram em minha casa, para a realização do exorcismo, seis Sacerdotes e também o psiquiatra francês Dr. M. G. Mouret, director clínico do hospital psiquiátrico de Limoux (França) possuidor de grande experiência em tais fenômenos.
Depois do exorcismo de três horas, com muitas revelações saídas da boca da possessa antes e após o exorcismo, o Dr. Mouret deixou por escrito o seu testemunho, afirmando que no caso presente não se tratava nem de esquizofrenia, nem de histeria, mas sim do controle da pessoa por uma força exterior, que a Igreja Católica apelida possessão.
Esta mulher, possessa e mãe de quatro filhos, é continuamente atormentada até ao limite das suas forças. Apesar disso, procura cumprir o melhor possível os seus deveres familiares. O fardo monstruoso, os tormentos causados pelos demônios que lhe perturbam o sono nocturno, as continuas revelações feitas pelos espíritos, significam um martírio permanente. O seu único alívio vem daqueles Sacerdotes que, contrariando as tendências actuais, se compadecem do seu estado, lhe ministram os Sacramentos e recitam o Exorcismo.
* * *
Mas já em 25 de abril de 1977, por disposição da Divina Providencia, tinha visitado a possessa e assistido a um exorcismo, acompanhado pelo prelado Professor Dr. Georg Siegmund, de Fulda. Como docente, formara gerações de Sacerdotes e também como teólogo, filósofo e biólogo, publicara já um grande número de trabalhos científicos, de tal modo que o físico de renome mundial, o cristão evangélico Pascal Jordan, qualificou-o como um dos filósofos e teólogos mais importantes da actualidade.
Sem tomar posição relativamente ao conteúdo das revelações demoníacas, o Prof. Siegmund atesta no epílogo: “Relativamente à pessoa, estou convencido de que não se trata, nem de uma histérica, nem de uma psicopata ou de uma doente psíquica, o que, aliás, já foi também confirmado por médicos especialistas. Os seus fenômenos de possessão, como eu próprio pude observar, dão a impressão de se tratar de possessão autêntica. Ela e também a sua família sofrem, pois que a autoridade competente, impede uma verdadeira assistência espiritual, por receios, aliás, compreensíveis, numa época em que reina a negação do espiritual”.
No seu testemunho, o Prof. Siegmund refere-se ao número sempre crescente de pessoas, mesmo nas escolas superiores de Teologia, que negam a existência de satanás e dos Anjos. A esta atitude segue-se a destronização do Altíssimo.
Bonaventur Meyer
2
A VIDA POSSESSA
Embora a senhora em causa, devido ao seu estado de saúde e à grande distância e isolamento da sua aldeia natal só tivesse freqüentado a escola primária, possui inteligência acima da média, compreensão rápida e boa memória. Da sua biografia, que ela própria escreveu à máquina, extraímos as seguintes passagens (por motivos compreensíveis omitimos nomes e lugares e, por questões de espaço, abreviamos as descrições).
“ Os meus pais viviam numa pequena quinta. O lugar é muito isolado. Nasci na Suíça alemã, em 1937, no Domingo do Santo Escapulário, dia em que a admissão das crianças na Congregação do Escapulário era solenemente festejada. Fui batizada na terça-feira seguinte. Diz a minha mãe que eu, em bebê, chorava imenso e dormia excepcionalmente pouco. Pensavam, no entanto, que isso era devido a problemas intestinais, mas nunca foi possível fundamentar essas conjecturas dum modo satisfatório.
Na primavera de 1944, comecei a freqüentar a escola. Era uma criança tímida e muito calma. Aprendia com facilidade. A leitura, a escrita e as contas, não apresentavam qualquer dificuldade para mim.
O meu lugar preferido era à beira do ribeiro, na erva e junto das flores. Muitas vezes juntava-me com outras crianças e gostávamos de agitar as pernas dentro da água. As nossas conversas eram iguais às de qualquer criança desta idade. Também falávamos, às vezes, de assuntos de carácter religioso, do Céu, do inferno, do Purgatório.
Fiz a primeira Comunhão em 1946. Levei esse acto muito a sério e preparei-me o melhor que pude. Dum modo geral, posso dizer que o tempo escolar passou sem incidentes dignos de nota. Desde muito nova acompanhava os meus pais ao campo, onde procurava ser útil. Os meus irmãozitos exigiam muito tempo e trabalho.
Depois da minha primeira Comunhão passei a ir quase diariamente à Missa e à Sagrada Comunhão. Tinha, então, a sensação, quando lia o meu Missal negligentemente ou rezava menos, de que as graças eram menos abundantes. Aos treze anos, tive que agüentar ataques mais ou menos duros doutras crianças. Cochichavam que eu era uma “beata” e que queria ir para freira. Senti-me profundamente envergonhada mas, referindo-se ao facto, a minha avó disse-me: “Ora, não dês ouvidos às outras crianças. Elas não sabem o que dizem. O que importa, é que Deus esteja contente contigo.”
Gostava muito de ir à Igreja e, quando na Missa solene, o coro entoava cânticos, os altares estavam ornados de flores e o cheiro do incenso se espalhava, tinha a impressão de que todos os que se encontravam estavam muito próximo do Céu.
ACEITAR A VONTADE DE DEUS
“Era o começo da insônia total e, o mais simples era aceitar a vontade de Deus. Mais tarde, compreendi que me envolvia e revolvia nesta cruel obscuridade, sem encontrar uma saída. Este tormento era o meu quinhão, dia e noite, e ninguém podia ajudar-me. A minha madrinha acompanhou-me ao médico, que ficava muito distante. Ele disse que eu tinha apanhado uma inflamação nos rins e na bexiga, e que isso atacara o sistema nervoso. Receitou-me medicamentos, mas continuei a piorar e algum tempo depois, o médico mandou-me para o hospital”.
Deste modo, esta pobre criança foi submetida, desde os catorze anos, ao mais duro dos martírios. Passou os anos seguintes ajudando nos trabalhos domésticos, sendo essa actividade apenas interrompida pelos tratamentos médicos e por curtas estadias no hospital. Como se esses sofrimentos não bastassem, teve que mandar arrancar os dentes porque um médico pensou que eles eram a causa dos seus sofrimentos. Isto, porém, não levou a nenhuma mudança no seu estado; foi apenas, para a pobre, um sofrimento suplementar.
A Divina Providência deu-lhe então um homem sem fortuna, mas honesto. Casou com ele em 1962, embora a princípio a família a tivesse dissuadido de o fazer. Esta mulher e mãe, na casa dos quarenta anos, deu à luz quatro encantadoras crianças. Durante a gravidez e os partos não experimentou quaisquer melhoras nos seus inexplicáveis sofrimentos. Pelo contrário. Mais enfraquecida que nunca foi levada para clínicas e casas de repouso, mas por fim os especialistas de uma clínica de grande nomeada, mandaram-na para casa, como uma pessoa mentalmente sã, mas considerando-a um caso inexplicável.
Injecções, electrochoques e outros tratamentos, ocasionaram-lhe maiores e insuportáveis sofrimentos, interrompidos apenas por fugidios raios de luz. Por volta de 1972, (então com 35 anos), registrou ligeiras melhoras. Ela escreveu a este propósito:
“ Descobriu-se, por acaso, que sofria duma falta total de fósforo. Tomei umas cápsulas e, de facto registraram-se melhoras, no meu estado geral. Até que ponto era fósforo, até que ponto era a vontade de Deus que me dava finalmente alívio? Não sei! Consegui dormir, se é que se pode chamar dormir a um mero passar pelo sono ou, quando tudo ia pelo melhor, dormitar. Os estados de angústia eram cada vez mais raros, sentia de novo vontade de rir e podia já fazer normalmente os meus trabalhos caseiros. O meu marido andava radiante, mas não havia ninguém que se sentisse mais aliviado do que eu. Podia ter novamente dois filhos comigo, o que me dava uma enorme alegria. Louvei e glorifiquei o Senhor por ter sido finalmente liberta, mas nem por isso deixei de compreender que o sofrimento, por maior e mais esmagador que seja, pode ser sempre uma graça. Por isso, pensava muitas vezes que Ele sabia a razão de me ter conduzido através desta noite.”
EXORCISMOS E REVELAÇÕES
Em 1974, sobreveio uma grave recaída. “ A minha irmã levou-me a casa de um bom homem que já tinha prestado ajuda a muitas pessoas. Na sua presença, senti bruscamente uma sacudidela no braço, sem que eu o tivesse movimentado. O homem disse de repente:
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Revelações
( Mensagens dos Dois Corações de Amor de Jesus e Maria dadas ao Rev. Fr. Montfort OKKA. )
Age rapidamente agora e alcança a todos que Eu quero que tu alcances. O tempo é breve mas tu tens tanto para fazer. Todas as almas devem ser tocadas. Todas as pessoas devem receber oportunidades suficientes e possibilidades para Me encontrar nos Meus Corações de Amor e terem informação necessária e completa e serem convidados a vir até Mim e unirem-se eles mesmos ou elas mesmas Comigo.
Depois, a decisão para estarem Comigo ou contra Mim deve ser feita em absoluta consciência da implicação de benefícios, graça, perdão, ganhos, consequências e maldições. Deixai que tenham informações plenas, amplas, e oportunidades suficientes para fazerem as suas decisões por Mim e Meus Corações de Amor ou contra Mim e Meus Corações de Amor. Não deixes nenhum ser humano dizer que nunca tinha ouvido dizer que existe alguém como Deus, Amor, Corações de Amor. Não deixes ninguém dizer que nunca tinha ouvido dizer que existisse algo como a Santa Eucaristia.
Não deixes ninguém dizer que Eu nunca falei sobre a união dos Dois Corações de Amor e que Eu nunca tenha dito que Me uniria a estes Dois Corações de Amor feridos e sangrando. Não deixes que ninguém reclame ignorância para esta solução que é do Paraíso de Deus. Não deixes ninguém dizer que ele/ela nunca ouviu dizer que esta é a única solução de Deus, revelada a uma pequena criança como a única solução para a redenção de todos, para a salvação de todo o mundo.
Meu Amor isto é o que tu tens agora que conseguir que todos saibam. Ninguém está excluído do Meu Amor. Ninguém está afastado da salvação. Ninguém está afastado de repletas informações sobre os Meus Corações de Amor. Meu Amor não permitas ao inimigo que continue a propagar mentiras sobre os Meus Corações de Amor e, desta forma, previne o povo para que Me aceite nos Meus Corações de Amor e venha até Mim e unindo-se eles mesmos a Mim nos Meus Dois Corações Doridos e Sangrentos estarão seguros para a vida eterna.
Este Meu plano para a salvação de todos deve ficar claro e estar disponível para todos. Ninguém tem o direito de negar a importância extrema e salvadora, redentora, realizadora, desta verdade para o Meu povo, para qualquer pessoa, para qualquer alma. Isto para a redenção das almas e para que todas as almas tenham o inalienável direito a este conhecimento de salvação. Ninguém por nenhuma razão que seja tem o direito de recusar esta tão útil e eternamente importante verdade de vida, Amor, fé e esperança para qualquer alma.
Todas as almas são criadas para a salvação. Por favor Meu Filho trabalha arduamente e faz com que todas as almas recebam esta informação na sua pureza, plenitude, liberdade e santidade. Faz com que todas as almas possam tomar as decisões a fim de tomarem decisões informadas. Disto depende a salvação eterna de muitos, não só de uma pessoa ele/ela mas de todos à volta dele/dela, daqueles que chegaram antes dele/dela e daqueles que virão depois dele ou dela.
Meu Amor, não permitas que ninguém te distraia desta missão. Todos os que te distraírem lamentá-lo-ão. Todos os que impeçam ou lutem contra Missão de Amor, esta escola de Amor, este reino do Meu Amor, todos eles lamentar-se-ão.
Eu quero que eles Me aceitem nos Meus Corações de Amor. Aceitarem-Me nos Meus Corações de Amor é como aceitarem-Me na Minha encarnação, aceitarem-Me na Minha Santíssima Eucaristia, aceitarem-me no Meu Amor, aceitarem-Me nos Meus Corações de Amor. Recusando aceitar-Me nos Meus Dois Corações de Amor é o mesmo que recusar aceitar o Meu Amor, recusar a aceitar-Me na Maior Santíssima Trindade de Amor, recusar aceitar-Me na Minha Encarnação, recusar a aceitar-Me nos Meus Maiores Santíssimos Sacramentos, especialmente a Minha Sagrada Eucaristia.
Tem as mesmas consequências que recusar aceitar-Me na Minha Igreja, recusar aceitar-Me nos Meus apóstolos, profetas, santos, anjos e servos e Meu Filho e Meu Amor, que Eu enviei para o Meu povo, a Minha criação. Eu quero salvar toda a Minha criação. Eu quero salvar todas as almas. Eu quero salvar toda a Minha Igreja, todo o Meu povo, toda a Minha Igreja. Faz com que todos saibam que Eu tenho isto decidido na eterna e infinita Vontade de salvar a todos no Meu Amor e através dos Meus Corações de Amor.
Fazei com que isto fique claro para todos e que todos recebam esta invocação, fazei com que recebam este convite para virem até Mim e unirem-se eles próprios com o Meu Amor, com os Meus Corações de Amor, os Meus Dois Feridos e Sangrentos Corações de Amor. Eu estou contigo e com todos em ti agora e sempre e para todo o sempre. Amen.
Meu filho, não receies dar esta verdade tal como a dou a ti. Isto é absolutamente verdadeiro - a verdade. Esta verdade é absoluta e infinitamente verídica. Meu Amor mantém-te no Meu Amor. Mantém a verdade do Meu Amor. Faz com que todos vejam a verdade do Meu Amor em ti e através de ti. Têm feito todos os esforços em espalharem toda a espécie de mentiras, avisos e impedimentos sobre a tua pessoa e sobre os que te rodeiam e mesmo atacando os que estão contigo.
Meu filho, ergue-te e defende-Me. Defende a verdade que Eu sou, defende o Amor que Eu sou. Defende a Santidade e a Pureza que Eu sou. Vive em mim e defende-Me. Deixa que Eu viva em ti, viver em ti e defender-Me a Mim próprio em ti. Deixa que Eu viva em ti e defende-Me em ti.
Este é o mesmo inimigo que não quer que o povo adquira conhecimento da verdade e assim atingir o conhecimento da Salvação. É o mesmo antigo e feroz inimigo, amaldiçoado inimigo, que tenta impedir que a verdade do Amor dos Corações de Amor brilhe, e está muito, muito ocupado, em espalhar a negra nuvem de mentiras, dúvidas, distracções e mesmo avisos e perseguições contra Mim e contra ti e contra a Minha sociedade. Mas não receeis Meu Filho este é o tempo do triunfo vitorioso do Meu Amor dos Corações de Amor sobre todas as forças do mal, trevas, iniquidades, ódios e pecados. Meu Amor por favor faz tudo o que Eu pedi e evita tudo o que Eu proíbo. Eu te Amo, com Amor infinito e eterno e da mesma forma que Eu Amo a todos os que estão contigo, que te seguem Meu Amor.
É o mesmo antigo inimigo maldito que tentou evitar a Minha vinda como Homem, que tentou instigar Herodes a matar-me e massacrou as crianças de Belém, que entrou nos corações e mentes das almas daqueles que se opuseram a Mim e Me rejeitaram durante o Meu ministério na Terra, o mesmo inimigo que espalha mentiras e calúnias contra Mim. O mesmo inimigo que tomou como terrível ofensa as Minhas curas e actos de misericórdia, pregações, milagres e ressurreições de mortos e limpeza do templo.
Meu Amor é o mesmo inimigo que queria evitar a Minha subida à Cruz, sugerindo uma alternativa para a Santíssima e Amada e Eterna e Absoluta Vontade do Pai. Eu amo o Pai e Amo toda a Vontade do Pai. Eu Amo e Vivo a Vontade do Pai. Meu Filho Ama-me e vive a Minha Vontade. É o mesmo inimigo que queria evitar a Minha Encarnação. Queria destruir-me quando Eu Me tornei Homem e nasci da Virgem Maria, atacou a Minha Mãe Virgem e Imaculada e queria matá-la e destruí-la, o mesmo inimigo que fez tudo para se opor à minha pregação, trabalho e missão.
Distorcendo as Minhas palavras e actos, imputando terríveis motivos diabólicos à Minha Vontade e intenções, que convenceu as pessoas, mesmo Judas Meu apóstolo levando-o a vender-Me e atraiçoar-Me com um beijo. Meu Filho, Meu Amor, sê cuidadoso. É o mesmo maligno que está constantemente a lutar contra a devoção dos Meus Corações de Amor, sociedade, congregação, família, mensagens, orações e vida. Não te preocupes. Não temas, Eu venci-o e venci o mundo.
Tu permaneces na Minha vitória. Tu herdaste toda a Minha vitória e triunfo. Faz com que todos tenham conhecimento disto. Faz com que todos os inimigos e também todos os amigos saibam isso, tu vens de Mim e herdaste tudo o que eu preparei para ti para esta Missão, para a salvação de cada alma e salvação de todas as almas. É o mesmo inimigo que lutou para Me eliminar, afastar-Me da Vontade do Pai, que tentou forçar-Me a negar a Minha Unidade com o Pai - eles irão fazer contigo o mesmo ou pior. Mas mantém-te forte e inabalável.
É o mesmo antigo inimigo que blasfemou, que tentou roubar a Minha morte, os Meus sofrimentos, e matar as grandes e infinitas graças de redenção e salvação de todos e a união de todos em Mim, Jesus Cristo, todos no céu e todos na terra. Meu Amor Meu filho, é o mesmo inimigo que tentou impedir a Minha vinda e não teve sucesso, que tentou matar-Me quando era Bebé e não teve sucesso, que tentou impedir a Minha pregação e acções de graças e cura de almas, espíritos e corpos, o mesmo antigo inimigo que tentou causar a Minha morte mais cedo e impedir a Minha Ressurreição - pondo correntes e soldados a vigiar e impedir o evento.
Como eles falharam rotundamente recorreram a mentiras e distorções e perseguições, matando os Meus testemunhos, Meus seguidores, Meus discípulos, Meus apóstolos, Meus membros. Eles estão preparados para repetir a mesma guerra antiga de ódios, distorções, destruições e mentiras, amaldiçoando as almas que os seguiram nas suas mentiras, em vez de Mim que Sou a Verdade e o Caminho da Vida. Meu Amor, Meu filho, não receeis nem fiques preocupado, não importa como o inimigo tentou afastar-te, permanece firmemente fixado em Mim, e eternamente, infinitamente e incondicionalmente unido Comigo.
O Meu Amor deve reinar. Os Meus Corações de Amor devem ganhar, ter a vitória e o triunfo. É o mesmo inimigo que tem divulgado mentiras acerca de ti com a intenção de impedir que as pessoas cheguem a ti e se unam aos Meus Dois Corações Feridos e a Sangrar. Meu Amor não te preocupes, continua apenas a viver a Vida de Amor nos Corações de Amor e traz todos para Me amarem. O Meu Amor deve reinar. As mentiras dos inimigos, as iniquidades, ódios e pecados nunca terão sucesso. Não, Eu o Senhor, vosso Deus, o Deus do Amor dos Corações do Amor, só Eu sou Deus. Não existe outro. Tu és o Meu Amor. Eu trago todos os que Eu planeei desde toda a eternidade, todos os que Eu tenho preparado, todos os que Eu tenho prometido para a realização perfeita. O Meu Amor Deve reinar em ti como em Mim, o Meu Amor Deve reinar na terra assim como no céu. O Meu Amor deve triunfar e reinar em tudo e em todos – tudo em todos. Eu estou contigo agora e sempre e para todo sempre. Amen.
Meu Amor, Eu levarei as mentiras do inimigo para enfrentar a luz da verdade e todos ficarão expostos. Meu Amor não receies pertencer-Me como Eu não receio pertencer-te. Chama-Me Meu Deus, Meu Amor, Meu Tudo. Meu Amor permanece firme e sólido no Meu Amor. Permanece sólido e imutável sem vacilar – Eu estou contigo agora e sempre e para todo o sempre. Amen.
Meu Amor, o tempo já chegou para ti, para demonstrares tudo o que tens e para trabalhares com todos os talentos e energia que Eu canalizei para ti para levares O Reino dos Meus Corações de Amor a todo o mundo. Não tenhas receio de ninguém ou de qualquer coisa, faz apenas o que Eu te peço e zela para que todos sigam exactamente o que Eu te digo. Eu não quero nenhuma organização paralela.
Tudo acerca dos Meus Corações de Amor deve fluir através de ti e por ti para Mim. Este é o caminho que Eu quero. Tal como o Pai eterno, Ele próprio estabeleceu que todas as coisas fluíssem de mim e através de mim para Ele. Ele planeou unir todas as coisas em Mim, coisas no céu e coisas na terra. Assim, eu planeei unir as coisas em Mim através de ti e contigo nos Meus Dois Corações de Amor. Tu és Amor. O Amor é o elo da unidade. Todas as coisas no céu e na terra estão unidas num único elo de infinito e eterno Amor. Deus é Amor e todas as coisas estão unidas em Deus, em Amor e através do Amor. Tu és o Amor de Deus. Deus é o Deus do Amor.
Meu Amor, agora deves saber que o inimigo enviou muitas forças visíveis e invisíveis para ver de perto o que dizes e o que fazes. Não receies, esta é a oportunidade para ensinar a todos, mesmo aos inimigos, o que é o Amor, o que são os Meus Corações de Amor. Agora prepara-te tanto para o pior como para o melhor.
Mas por favor liberta-te para receberes tudo o que te dei e para dares aos outros tudo o que te dei para eles. Especialmente a Minha Família dos Dois Corações de Amor, eles precisam de manter-se firmes e alimentados por ti. Por favor Meu Amor cuida deles e alimenta os Meus amados filhos. Dá-lhes o seu alimento no tempo certo. Eu estou contigo tanto agora como sempre e para todo o sempre. Amen.
Meu Amor não sabes que todo o mundo espera pela revelação dos Dois Corações de Amor?
Eu Arcanjo Rafael trouxe para vós o poder para curar a todos. Eu Gabriel, trouxe-vos o poder para pregares, convenceres e ganhares a todos para o Amor de Deus.
Eu Miguel, trouxe-vos o poder para orares e lutares com Deus e para Deus e ganhares todas as batalhas com a oração - a arma de Deus, com a oração e adoração, com Amor, louvor e adoração, e graças a Deus. Permanecendo na presença de Deus, amando, obedecendo, venerando, adorando e servindo-O com tudo o que Ele vos dá e tudo o que Ele quer, fazendo a Sua Santíssima e Eterna Vontade.
Fui eu Miguel quem salvou os Anjos da destruição total que era o que Lúcifer queria. Ele sabia desde o começo que não conseguia ganhar nenhuma batalha revoltando-me contra Deus. O que ele queria era uma espécie de suicídio geral por forma a que a geração de Anjos fosse abolida. Tal como o ódio terrível por ele próprio e por todos os Anjos, todos criaturas de Deus na natureza de Anjos, era o terrível ódio por Deus.
O seu fim era destruir-se a ele próprio e destruir todos os Anjos com ele e assim tentar forçar Deus a mudar a Sua Eterna Vontade. Era uma loucura de ódio e terror, de auto-destruição, e uma catástrofe de desobediência. Ele já tinha convencido um terço e estava a coagir outros tentando que usassem o seu livre arbítrio contra Deus e portanto contra eles próprios. Então eu intervim e declarei abertamente que iria servir o Senhor Meu Deus e somente Ele - apenas a Sua Vontade eu farei. Ele declarou guerra contra mim e aqueles que me seguiam por permanecermos ao lado de Deus. Ele não o fez e nunca poderia chegar a Deus para lutar contra Deus.
Quem é ele para chegar a Deus, tocar Deus? Tudo quanto ele fez foi destruir-se a si próprio e aos anjos e destruir os planos de Deus para a Sua criação – o plano santo e sempre amado de Deus para toda a criação. Eu intervim. Deus vive numa inatingível luz de Amor. Mesmo no céu existe uma natural e radical demarcação entre Divindade e criaturas. Criaturas e Divindade nunca são o mesmo nem mesmo no céu, para sempre; no Céu Deus senta-se no Seu Trono de Glória e vive numa inatingível Luz de Amor. Isto continua atraindo-vos infinitamente para Ele Próprio como um íman.
Esse fascínio e atração não cessarão mas vós nunca entrareis nele; mas o êxtase desta força é indescritível e neste processo o infinito caminho de Deus providencia a alegria da realização e o êxtase. Então, o que o diabo Lúcifer fez foi tentar ir em direção oposta da Vontade de Deus, da força de Deus, do magnetismo de Deus, do Amor de Deus, usando o livre arbítrio das criaturas livres para que se opusessem e recusassem a atração do Amor e Vontade de Deus e virando essas criaturas contra a Vontade Eterna de Deus, e por esse modo ensinando a alguns Anjos a possibilidade de irem contra a Vontade de Deus pela recusa da Sua Amorosa Vontade. Preferindo a sua inútil auto-destrutiva vontade à Eterna e Amorosa Vontade de Deus.

Pela minha intervenção eu salvei não somente os seres angélicos mas todas as outras existências de serem usadas pelo diabo Lúcifer contra a sua natureza e por consequência contra a Mais Santa e Perfeita Vontade de Deus. O que eu fiz fi-lo pelo Amor de Deus. Deus derramou o Seu Amor dentro da minha pequena alma e o meu espírito ficou cheio com o esplendor, o Amor e a majestade de Deus, e eu vi o que todos estaríamos perdendo – O Amor de Deus; e o que aqueles revoltados contra a Sua Vontade receberiam - a eterna auto-destruição no fogo do inferno.
Depois, no meu êxtase de Amor por Deus e por mim próprio e minhas iguais e angélicas criaturas e por toda a criação eu gritei: “Quem é como Deus ? - tão amoroso, tão bom, tão esplendoroso, tão majestoso, tão… tão… tão… tão…tão… tão…” … e a voz do Meu Amor e adoração (alcançou todos os lugares) e eu próprio me prostei no chão, adorando e amando e louvando a Ele com tudo o que tenho e sou.
Muitos dos Anjos seguiram-me imediatamente amando Deus e louvando-O. Lúcifer ficou furioso. Seu ódio por mim, por ele próprio e pelos anjos e por Deus aumentou ao máximo e começou a lançar abusos sobre mim e sobre os anjos que adoravam e serviam a Deus comigo. Ele começou a derramar o veneno da sua fúria sobre mim e sobre todos que estavam comigo, mas quanto mais ele fizesse mais nós amávamos e adorávamos e mais nós louvávamos e mais profundamente nos prostavamos, e então o esplendor de Deus começou a brilhar mais em mim e em todos os que estavam comigo do lado de Deus.
Quanto mais inatingível e esplendorosa a Sua Luz de Amor mais e mais radiante em mim e em todos que comigo estavam do lado de Deus. Era a luz da face de Deus, do Amor, o esplendor da Sua infinita majestade, da Sua indescritível Gloria, a qual começou a brilhar mais resplandecente do que qualquer brilho que conduzisse ao diabo Lúcifer e aos seus anjos maus, anjos auto-destrutivos, afastando-os para longe e para mais longe do caminho do Amor e da presença ETERNA e esplendorosa do Amor de Deus.
Quanto mais distante e mais distante ele ficou de Deus mais e mais ele ficou à deriva na escuridão do inferno e do eterno castigo da sua auto-destruição. Ele tentou todas as formas de se destruir a si próprio e a todos os que como ele pensavam, em pôr termo à sua existência. Mas Deus tinha-o criado para ser eterno. Assim, na sua loucura da sua auto-destruição, ele fez e ainda faz todas as coisas para se destruir a si próprio, infligindo indescritíveis injúrias nele próprio e em todos os que estão com ele, para os destruir e acabar com a sua existência, mas ele nunca consegue deixar de existir.
Deus permitiu que ele fizesse com ele próprio e com os que estavam com ele tudo o que ele quisesse. Ele só precisava desejar. Era só demónio, revolta, ódio, fraqueza. Oh! era totalmente impensável tudo o que ele tinha engendrado e perpetrado nele próprio e em todos os que com ele estavam; eles planearam e excederam-se cada qual, através de planos destrutivos e maquinações, na sua própria destruição e na destruição dos demais. Quanto mais se detestavam e procuravam destruir-se mais o ódio deles aumentava e mais faziam para se poderem destruir a si próprios, revoltando-se contra Deus, que lhes deu vida, que os criou a partir do Amor.
Quanto mais eles rejeitavam o Seu Amor, rejeitando a sua existência e fazendo tudo o que podiam imaginar para se destruírem a si próprios e obstruírem o Amor de Deus e negarem os planos de Deus para eles, mais miseráveis eles se tornavam. Deus faz deles nada, eles que com os seus indescritíveis ódios por eles próprios e por todos, infligem a eles próprios toda a espécie de punições, como morderem-se selvaticamente a si próprios, saltando para o mais quente e destrutivo fogo ardente, embatendo uns contra outros, arranhando-se, transfigurando-se em hediondas e indescritíveis formas e formatos. Não há limite e não há fim para as punições que eles infligiram a eles próprios e aos que estão com eles.
Enquanto aqueles que seguiram Satanás Lúcifer se afastavam mais e mais do caminho de Deus, separando-se infinitamente de Deus, eu e os Anjos comigo, ficavamos mais próximos, cada vez mais próximos de Deus, infinitamente mais próximos de Deus. Antes da queda nenhuma criatura chegava tão próximo de Deus. Foi um teste, Lúcifer e seus anjos maus perderam as graças e o caminho do Amor e serviço de Deus. Deus recompensou-nos fazendo-nos aproximar profunda e profundamente, infinitamente no seio da Sua majestade Amorosa e infinito esplendor e santidade.
Escreve o que te digo; muitos serem humanos perguntam justamente como podem anjos no céu, na presença de Deus, fugirem Dele, revoltando-se contra Ele. O céu em que estamos agora, o céu no qual Deus no Seu Infinito Amor nos colocou, é realmente o céu, o céu dos céus, e céu do Seu Infinito Amor, santidade, majestade e união, no infinito e extasiante Amor desta união inquebrantável, imparável, permanecendo para sempre no incremento do amor. Como poso eu descrevê-lo?
Não pode ser descrito. Nunca poderá haver uma linguagem para o descrever. O céu onde estivemos antes da queda é como o paraíso onde Adão e Eva estiveram, eles estavam na presença de Deus mas tinham a possibilidade de pecar e de desobedecer, de usarem a sua vontade contra Deus, eles tinham a possibilidade de caírem mesmo estando no paraíso. Mas o céu que Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo abriu para o homem é o verdadeiro céu, o céu dos céus, o mais íntimo céu.
Aqui vós estais tão absorvidos na Vontade e Amor de Deus que vos sentis notavelmente elevados para a infinita bondade e Amor de Deus. Podeis imaginar a vossa conduta na terra com a possibilidade de sair, virar à esquerda ou direita ou mesmo causando um acidente; então, surge aqui uma força infinitamente grandiosa, um amor extasiante, puxando-vos com o vosso carro para o espaço infinito a uma velocidade infinita, assim quanto a vossa vontade de união esteja unida com essa vontade com amor e satisfação; mas agora a vossa livre vontade está absolutamente unida a essa vontade que vos foi dada e dá-vos infinitamente mais plenitude e prazer do que vós podeis imaginar, não se podendo sair ou voltar as costas, mas a questão é que vós vos estais sentido infinitamente realizados em união com Ele. A vossa vontade é infinitamente preenchida na Sua Vontade de Amor.
Vai para junto deles e depois fala-lhes sobre a grandiosa glória e o grande perigo. Sai agora para fora completamente nessa direcção. Aqui está uma pequena imagem do céu e teste para os anjos e uma pequena imagem do paraíso de Adão e Eva. A única solução para vós é unir-vos aos Dois Corações Feridos e a Sangrar. Deixa que Deus te conduza, fala-lhes sobre a absoluta necessidade de pureza e santidade, amor e total e obediência para com a Vontade de Deus revelada neste Amor e oração.
A arma de guerra e a vitória é esta oração, não deixes que a usem mal, desrespeitem ou desperdicem. Este é o tempo do reino. Ide e deixai-vos conduzir pela Eterna e Amorosa Vontade de Deus.
Age rapidamente agora e alcança a todos que Eu quero que tu alcances. O tempo é breve mas tu tens tanto para fazer. Todas as almas devem ser tocadas. Todas as pessoas devem receber oportunidades suficientes e possibilidades para Me encontrar nos Meus Corações de Amor e terem informação necessária e completa e serem convidados a vir até Mim e unirem-se eles mesmos ou elas mesmas Comigo.
Depois, a decisão para estarem Comigo ou contra Mim deve ser feita em absoluta consciência da implicação de benefícios, graça, perdão, ganhos, consequências e maldições. Deixai que tenham informações plenas, amplas, e oportunidades suficientes para fazerem as suas decisões por Mim e Meus Corações de Amor ou contra Mim e Meus Corações de Amor. Não deixes nenhum ser humano dizer que nunca tinha ouvido dizer que existe alguém como Deus, Amor, Corações de Amor. Não deixes ninguém dizer que nunca tinha ouvido dizer que existisse algo como a Santa Eucaristia.
Não deixes ninguém dizer que Eu nunca falei sobre a união dos Dois Corações de Amor e que Eu nunca tenha dito que Me uniria a estes Dois Corações de Amor feridos e sangrando. Não deixes que ninguém reclame ignorância para esta solução que é do Paraíso de Deus. Não deixes ninguém dizer que ele/ela nunca ouviu dizer que esta é a única solução de Deus, revelada a uma pequena criança como a única solução para a redenção de todos, para a salvação de todo o mundo.
Meu Amor isto é o que tu tens agora que conseguir que todos saibam. Ninguém está excluído do Meu Amor. Ninguém está afastado da salvação. Ninguém está afastado de repletas informações sobre os Meus Corações de Amor. Meu Amor não permitas ao inimigo que continue a propagar mentiras sobre os Meus Corações de Amor e, desta forma, previne o povo para que Me aceite nos Meus Corações de Amor e venha até Mim e unindo-se eles mesmos a Mim nos Meus Dois Corações Doridos e Sangrentos estarão seguros para a vida eterna.
Este Meu plano para a salvação de todos deve ficar claro e estar disponível para todos. Ninguém tem o direito de negar a importância extrema e salvadora, redentora, realizadora, desta verdade para o Meu povo, para qualquer pessoa, para qualquer alma. Isto para a redenção das almas e para que todas as almas tenham o inalienável direito a este conhecimento de salvação. Ninguém por nenhuma razão que seja tem o direito de recusar esta tão útil e eternamente importante verdade de vida, Amor, fé e esperança para qualquer alma.
Todas as almas são criadas para a salvação. Por favor Meu Filho trabalha arduamente e faz com que todas as almas recebam esta informação na sua pureza, plenitude, liberdade e santidade. Faz com que todas as almas possam tomar as decisões a fim de tomarem decisões informadas. Disto depende a salvação eterna de muitos, não só de uma pessoa ele/ela mas de todos à volta dele/dela, daqueles que chegaram antes dele/dela e daqueles que virão depois dele ou dela.
Meu Amor, não permitas que ninguém te distraia desta missão. Todos os que te distraírem lamentá-lo-ão. Todos os que impeçam ou lutem contra Missão de Amor, esta escola de Amor, este reino do Meu Amor, todos eles lamentar-se-ão.
Eu quero que eles Me aceitem nos Meus Corações de Amor. Aceitarem-Me nos Meus Corações de Amor é como aceitarem-Me na Minha encarnação, aceitarem-Me na Minha Santíssima Eucaristia, aceitarem-me no Meu Amor, aceitarem-Me nos Meus Corações de Amor. Recusando aceitar-Me nos Meus Dois Corações de Amor é o mesmo que recusar aceitar o Meu Amor, recusar a aceitar-Me na Maior Santíssima Trindade de Amor, recusar aceitar-Me na Minha Encarnação, recusar a aceitar-Me nos Meus Maiores Santíssimos Sacramentos, especialmente a Minha Sagrada Eucaristia.
Tem as mesmas consequências que recusar aceitar-Me na Minha Igreja, recusar aceitar-Me nos Meus apóstolos, profetas, santos, anjos e servos e Meu Filho e Meu Amor, que Eu enviei para o Meu povo, a Minha criação. Eu quero salvar toda a Minha criação. Eu quero salvar todas as almas. Eu quero salvar toda a Minha Igreja, todo o Meu povo, toda a Minha Igreja. Faz com que todos saibam que Eu tenho isto decidido na eterna e infinita Vontade de salvar a todos no Meu Amor e através dos Meus Corações de Amor.
Fazei com que isto fique claro para todos e que todos recebam esta invocação, fazei com que recebam este convite para virem até Mim e unirem-se eles próprios com o Meu Amor, com os Meus Corações de Amor, os Meus Dois Feridos e Sangrentos Corações de Amor. Eu estou contigo e com todos em ti agora e sempre e para todo o sempre. Amen.
Meu filho, não receies dar esta verdade tal como a dou a ti. Isto é absolutamente verdadeiro - a verdade. Esta verdade é absoluta e infinitamente verídica. Meu Amor mantém-te no Meu Amor. Mantém a verdade do Meu Amor. Faz com que todos vejam a verdade do Meu Amor em ti e através de ti. Têm feito todos os esforços em espalharem toda a espécie de mentiras, avisos e impedimentos sobre a tua pessoa e sobre os que te rodeiam e mesmo atacando os que estão contigo.
Meu filho, ergue-te e defende-Me. Defende a verdade que Eu sou, defende o Amor que Eu sou. Defende a Santidade e a Pureza que Eu sou. Vive em mim e defende-Me. Deixa que Eu viva em ti, viver em ti e defender-Me a Mim próprio em ti. Deixa que Eu viva em ti e defende-Me em ti.
Este é o mesmo inimigo que não quer que o povo adquira conhecimento da verdade e assim atingir o conhecimento da Salvação. É o mesmo antigo e feroz inimigo, amaldiçoado inimigo, que tenta impedir que a verdade do Amor dos Corações de Amor brilhe, e está muito, muito ocupado, em espalhar a negra nuvem de mentiras, dúvidas, distracções e mesmo avisos e perseguições contra Mim e contra ti e contra a Minha sociedade. Mas não receeis Meu Filho este é o tempo do triunfo vitorioso do Meu Amor dos Corações de Amor sobre todas as forças do mal, trevas, iniquidades, ódios e pecados. Meu Amor por favor faz tudo o que Eu pedi e evita tudo o que Eu proíbo. Eu te Amo, com Amor infinito e eterno e da mesma forma que Eu Amo a todos os que estão contigo, que te seguem Meu Amor.
É o mesmo antigo inimigo maldito que tentou evitar a Minha vinda como Homem, que tentou instigar Herodes a matar-me e massacrou as crianças de Belém, que entrou nos corações e mentes das almas daqueles que se opuseram a Mim e Me rejeitaram durante o Meu ministério na Terra, o mesmo inimigo que espalha mentiras e calúnias contra Mim. O mesmo inimigo que tomou como terrível ofensa as Minhas curas e actos de misericórdia, pregações, milagres e ressurreições de mortos e limpeza do templo.
Meu Amor é o mesmo inimigo que queria evitar a Minha subida à Cruz, sugerindo uma alternativa para a Santíssima e Amada e Eterna e Absoluta Vontade do Pai. Eu amo o Pai e Amo toda a Vontade do Pai. Eu Amo e Vivo a Vontade do Pai. Meu Filho Ama-me e vive a Minha Vontade. É o mesmo inimigo que queria evitar a Minha Encarnação. Queria destruir-me quando Eu Me tornei Homem e nasci da Virgem Maria, atacou a Minha Mãe Virgem e Imaculada e queria matá-la e destruí-la, o mesmo inimigo que fez tudo para se opor à minha pregação, trabalho e missão.
Distorcendo as Minhas palavras e actos, imputando terríveis motivos diabólicos à Minha Vontade e intenções, que convenceu as pessoas, mesmo Judas Meu apóstolo levando-o a vender-Me e atraiçoar-Me com um beijo. Meu Filho, Meu Amor, sê cuidadoso. É o mesmo maligno que está constantemente a lutar contra a devoção dos Meus Corações de Amor, sociedade, congregação, família, mensagens, orações e vida. Não te preocupes. Não temas, Eu venci-o e venci o mundo.
Tu permaneces na Minha vitória. Tu herdaste toda a Minha vitória e triunfo. Faz com que todos tenham conhecimento disto. Faz com que todos os inimigos e também todos os amigos saibam isso, tu vens de Mim e herdaste tudo o que eu preparei para ti para esta Missão, para a salvação de cada alma e salvação de todas as almas. É o mesmo inimigo que lutou para Me eliminar, afastar-Me da Vontade do Pai, que tentou forçar-Me a negar a Minha Unidade com o Pai - eles irão fazer contigo o mesmo ou pior. Mas mantém-te forte e inabalável.
É o mesmo antigo inimigo que blasfemou, que tentou roubar a Minha morte, os Meus sofrimentos, e matar as grandes e infinitas graças de redenção e salvação de todos e a união de todos em Mim, Jesus Cristo, todos no céu e todos na terra. Meu Amor Meu filho, é o mesmo inimigo que tentou impedir a Minha vinda e não teve sucesso, que tentou matar-Me quando era Bebé e não teve sucesso, que tentou impedir a Minha pregação e acções de graças e cura de almas, espíritos e corpos, o mesmo antigo inimigo que tentou causar a Minha morte mais cedo e impedir a Minha Ressurreição - pondo correntes e soldados a vigiar e impedir o evento.
Como eles falharam rotundamente recorreram a mentiras e distorções e perseguições, matando os Meus testemunhos, Meus seguidores, Meus discípulos, Meus apóstolos, Meus membros. Eles estão preparados para repetir a mesma guerra antiga de ódios, distorções, destruições e mentiras, amaldiçoando as almas que os seguiram nas suas mentiras, em vez de Mim que Sou a Verdade e o Caminho da Vida. Meu Amor, Meu filho, não receeis nem fiques preocupado, não importa como o inimigo tentou afastar-te, permanece firmemente fixado em Mim, e eternamente, infinitamente e incondicionalmente unido Comigo.
O Meu Amor deve reinar. Os Meus Corações de Amor devem ganhar, ter a vitória e o triunfo. É o mesmo inimigo que tem divulgado mentiras acerca de ti com a intenção de impedir que as pessoas cheguem a ti e se unam aos Meus Dois Corações Feridos e a Sangrar. Meu Amor não te preocupes, continua apenas a viver a Vida de Amor nos Corações de Amor e traz todos para Me amarem. O Meu Amor deve reinar. As mentiras dos inimigos, as iniquidades, ódios e pecados nunca terão sucesso. Não, Eu o Senhor, vosso Deus, o Deus do Amor dos Corações do Amor, só Eu sou Deus. Não existe outro. Tu és o Meu Amor. Eu trago todos os que Eu planeei desde toda a eternidade, todos os que Eu tenho preparado, todos os que Eu tenho prometido para a realização perfeita. O Meu Amor Deve reinar em ti como em Mim, o Meu Amor Deve reinar na terra assim como no céu. O Meu Amor deve triunfar e reinar em tudo e em todos – tudo em todos. Eu estou contigo agora e sempre e para todo sempre. Amen.
Meu Amor, Eu levarei as mentiras do inimigo para enfrentar a luz da verdade e todos ficarão expostos. Meu Amor não receies pertencer-Me como Eu não receio pertencer-te. Chama-Me Meu Deus, Meu Amor, Meu Tudo. Meu Amor permanece firme e sólido no Meu Amor. Permanece sólido e imutável sem vacilar – Eu estou contigo agora e sempre e para todo o sempre. Amen.
Meu Amor, o tempo já chegou para ti, para demonstrares tudo o que tens e para trabalhares com todos os talentos e energia que Eu canalizei para ti para levares O Reino dos Meus Corações de Amor a todo o mundo. Não tenhas receio de ninguém ou de qualquer coisa, faz apenas o que Eu te peço e zela para que todos sigam exactamente o que Eu te digo. Eu não quero nenhuma organização paralela.
Tudo acerca dos Meus Corações de Amor deve fluir através de ti e por ti para Mim. Este é o caminho que Eu quero. Tal como o Pai eterno, Ele próprio estabeleceu que todas as coisas fluíssem de mim e através de mim para Ele. Ele planeou unir todas as coisas em Mim, coisas no céu e coisas na terra. Assim, eu planeei unir as coisas em Mim através de ti e contigo nos Meus Dois Corações de Amor. Tu és Amor. O Amor é o elo da unidade. Todas as coisas no céu e na terra estão unidas num único elo de infinito e eterno Amor. Deus é Amor e todas as coisas estão unidas em Deus, em Amor e através do Amor. Tu és o Amor de Deus. Deus é o Deus do Amor.
Meu Amor, agora deves saber que o inimigo enviou muitas forças visíveis e invisíveis para ver de perto o que dizes e o que fazes. Não receies, esta é a oportunidade para ensinar a todos, mesmo aos inimigos, o que é o Amor, o que são os Meus Corações de Amor. Agora prepara-te tanto para o pior como para o melhor.
Mas por favor liberta-te para receberes tudo o que te dei e para dares aos outros tudo o que te dei para eles. Especialmente a Minha Família dos Dois Corações de Amor, eles precisam de manter-se firmes e alimentados por ti. Por favor Meu Amor cuida deles e alimenta os Meus amados filhos. Dá-lhes o seu alimento no tempo certo. Eu estou contigo tanto agora como sempre e para todo o sempre. Amen.
Meu Amor não sabes que todo o mundo espera pela revelação dos Dois Corações de Amor?
Eu Arcanjo Rafael trouxe para vós o poder para curar a todos. Eu Gabriel, trouxe-vos o poder para pregares, convenceres e ganhares a todos para o Amor de Deus.
Eu Miguel, trouxe-vos o poder para orares e lutares com Deus e para Deus e ganhares todas as batalhas com a oração - a arma de Deus, com a oração e adoração, com Amor, louvor e adoração, e graças a Deus. Permanecendo na presença de Deus, amando, obedecendo, venerando, adorando e servindo-O com tudo o que Ele vos dá e tudo o que Ele quer, fazendo a Sua Santíssima e Eterna Vontade.
Fui eu Miguel quem salvou os Anjos da destruição total que era o que Lúcifer queria. Ele sabia desde o começo que não conseguia ganhar nenhuma batalha revoltando-me contra Deus. O que ele queria era uma espécie de suicídio geral por forma a que a geração de Anjos fosse abolida. Tal como o ódio terrível por ele próprio e por todos os Anjos, todos criaturas de Deus na natureza de Anjos, era o terrível ódio por Deus.
O seu fim era destruir-se a ele próprio e destruir todos os Anjos com ele e assim tentar forçar Deus a mudar a Sua Eterna Vontade. Era uma loucura de ódio e terror, de auto-destruição, e uma catástrofe de desobediência. Ele já tinha convencido um terço e estava a coagir outros tentando que usassem o seu livre arbítrio contra Deus e portanto contra eles próprios. Então eu intervim e declarei abertamente que iria servir o Senhor Meu Deus e somente Ele - apenas a Sua Vontade eu farei. Ele declarou guerra contra mim e aqueles que me seguiam por permanecermos ao lado de Deus. Ele não o fez e nunca poderia chegar a Deus para lutar contra Deus.
Quem é ele para chegar a Deus, tocar Deus? Tudo quanto ele fez foi destruir-se a si próprio e aos anjos e destruir os planos de Deus para a Sua criação – o plano santo e sempre amado de Deus para toda a criação. Eu intervim. Deus vive numa inatingível luz de Amor. Mesmo no céu existe uma natural e radical demarcação entre Divindade e criaturas. Criaturas e Divindade nunca são o mesmo nem mesmo no céu, para sempre; no Céu Deus senta-se no Seu Trono de Glória e vive numa inatingível Luz de Amor. Isto continua atraindo-vos infinitamente para Ele Próprio como um íman.
Esse fascínio e atração não cessarão mas vós nunca entrareis nele; mas o êxtase desta força é indescritível e neste processo o infinito caminho de Deus providencia a alegria da realização e o êxtase. Então, o que o diabo Lúcifer fez foi tentar ir em direção oposta da Vontade de Deus, da força de Deus, do magnetismo de Deus, do Amor de Deus, usando o livre arbítrio das criaturas livres para que se opusessem e recusassem a atração do Amor e Vontade de Deus e virando essas criaturas contra a Vontade Eterna de Deus, e por esse modo ensinando a alguns Anjos a possibilidade de irem contra a Vontade de Deus pela recusa da Sua Amorosa Vontade. Preferindo a sua inútil auto-destrutiva vontade à Eterna e Amorosa Vontade de Deus.
Pela minha intervenção eu salvei não somente os seres angélicos mas todas as outras existências de serem usadas pelo diabo Lúcifer contra a sua natureza e por consequência contra a Mais Santa e Perfeita Vontade de Deus. O que eu fiz fi-lo pelo Amor de Deus. Deus derramou o Seu Amor dentro da minha pequena alma e o meu espírito ficou cheio com o esplendor, o Amor e a majestade de Deus, e eu vi o que todos estaríamos perdendo – O Amor de Deus; e o que aqueles revoltados contra a Sua Vontade receberiam - a eterna auto-destruição no fogo do inferno.
Depois, no meu êxtase de Amor por Deus e por mim próprio e minhas iguais e angélicas criaturas e por toda a criação eu gritei: “Quem é como Deus ? - tão amoroso, tão bom, tão esplendoroso, tão majestoso, tão… tão… tão… tão…tão… tão…” … e a voz do Meu Amor e adoração (alcançou todos os lugares) e eu próprio me prostei no chão, adorando e amando e louvando a Ele com tudo o que tenho e sou.
Muitos dos Anjos seguiram-me imediatamente amando Deus e louvando-O. Lúcifer ficou furioso. Seu ódio por mim, por ele próprio e pelos anjos e por Deus aumentou ao máximo e começou a lançar abusos sobre mim e sobre os anjos que adoravam e serviam a Deus comigo. Ele começou a derramar o veneno da sua fúria sobre mim e sobre todos que estavam comigo, mas quanto mais ele fizesse mais nós amávamos e adorávamos e mais nós louvávamos e mais profundamente nos prostavamos, e então o esplendor de Deus começou a brilhar mais em mim e em todos os que estavam comigo do lado de Deus.
Quanto mais inatingível e esplendorosa a Sua Luz de Amor mais e mais radiante em mim e em todos que comigo estavam do lado de Deus. Era a luz da face de Deus, do Amor, o esplendor da Sua infinita majestade, da Sua indescritível Gloria, a qual começou a brilhar mais resplandecente do que qualquer brilho que conduzisse ao diabo Lúcifer e aos seus anjos maus, anjos auto-destrutivos, afastando-os para longe e para mais longe do caminho do Amor e da presença ETERNA e esplendorosa do Amor de Deus.
Quanto mais distante e mais distante ele ficou de Deus mais e mais ele ficou à deriva na escuridão do inferno e do eterno castigo da sua auto-destruição. Ele tentou todas as formas de se destruir a si próprio e a todos os que como ele pensavam, em pôr termo à sua existência. Mas Deus tinha-o criado para ser eterno. Assim, na sua loucura da sua auto-destruição, ele fez e ainda faz todas as coisas para se destruir a si próprio, infligindo indescritíveis injúrias nele próprio e em todos os que estão com ele, para os destruir e acabar com a sua existência, mas ele nunca consegue deixar de existir.
Deus permitiu que ele fizesse com ele próprio e com os que estavam com ele tudo o que ele quisesse. Ele só precisava desejar. Era só demónio, revolta, ódio, fraqueza. Oh! era totalmente impensável tudo o que ele tinha engendrado e perpetrado nele próprio e em todos os que com ele estavam; eles planearam e excederam-se cada qual, através de planos destrutivos e maquinações, na sua própria destruição e na destruição dos demais. Quanto mais se detestavam e procuravam destruir-se mais o ódio deles aumentava e mais faziam para se poderem destruir a si próprios, revoltando-se contra Deus, que lhes deu vida, que os criou a partir do Amor.
Quanto mais eles rejeitavam o Seu Amor, rejeitando a sua existência e fazendo tudo o que podiam imaginar para se destruírem a si próprios e obstruírem o Amor de Deus e negarem os planos de Deus para eles, mais miseráveis eles se tornavam. Deus faz deles nada, eles que com os seus indescritíveis ódios por eles próprios e por todos, infligem a eles próprios toda a espécie de punições, como morderem-se selvaticamente a si próprios, saltando para o mais quente e destrutivo fogo ardente, embatendo uns contra outros, arranhando-se, transfigurando-se em hediondas e indescritíveis formas e formatos. Não há limite e não há fim para as punições que eles infligiram a eles próprios e aos que estão com eles.
Enquanto aqueles que seguiram Satanás Lúcifer se afastavam mais e mais do caminho de Deus, separando-se infinitamente de Deus, eu e os Anjos comigo, ficavamos mais próximos, cada vez mais próximos de Deus, infinitamente mais próximos de Deus. Antes da queda nenhuma criatura chegava tão próximo de Deus. Foi um teste, Lúcifer e seus anjos maus perderam as graças e o caminho do Amor e serviço de Deus. Deus recompensou-nos fazendo-nos aproximar profunda e profundamente, infinitamente no seio da Sua majestade Amorosa e infinito esplendor e santidade.
Escreve o que te digo; muitos serem humanos perguntam justamente como podem anjos no céu, na presença de Deus, fugirem Dele, revoltando-se contra Ele. O céu em que estamos agora, o céu no qual Deus no Seu Infinito Amor nos colocou, é realmente o céu, o céu dos céus, e céu do Seu Infinito Amor, santidade, majestade e união, no infinito e extasiante Amor desta união inquebrantável, imparável, permanecendo para sempre no incremento do amor. Como poso eu descrevê-lo?
Não pode ser descrito. Nunca poderá haver uma linguagem para o descrever. O céu onde estivemos antes da queda é como o paraíso onde Adão e Eva estiveram, eles estavam na presença de Deus mas tinham a possibilidade de pecar e de desobedecer, de usarem a sua vontade contra Deus, eles tinham a possibilidade de caírem mesmo estando no paraíso. Mas o céu que Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo abriu para o homem é o verdadeiro céu, o céu dos céus, o mais íntimo céu.
Aqui vós estais tão absorvidos na Vontade e Amor de Deus que vos sentis notavelmente elevados para a infinita bondade e Amor de Deus. Podeis imaginar a vossa conduta na terra com a possibilidade de sair, virar à esquerda ou direita ou mesmo causando um acidente; então, surge aqui uma força infinitamente grandiosa, um amor extasiante, puxando-vos com o vosso carro para o espaço infinito a uma velocidade infinita, assim quanto a vossa vontade de união esteja unida com essa vontade com amor e satisfação; mas agora a vossa livre vontade está absolutamente unida a essa vontade que vos foi dada e dá-vos infinitamente mais plenitude e prazer do que vós podeis imaginar, não se podendo sair ou voltar as costas, mas a questão é que vós vos estais sentido infinitamente realizados em união com Ele. A vossa vontade é infinitamente preenchida na Sua Vontade de Amor.
Vai para junto deles e depois fala-lhes sobre a grandiosa glória e o grande perigo. Sai agora para fora completamente nessa direcção. Aqui está uma pequena imagem do céu e teste para os anjos e uma pequena imagem do paraíso de Adão e Eva. A única solução para vós é unir-vos aos Dois Corações Feridos e a Sangrar. Deixa que Deus te conduza, fala-lhes sobre a absoluta necessidade de pureza e santidade, amor e total e obediência para com a Vontade de Deus revelada neste Amor e oração.
A arma de guerra e a vitória é esta oração, não deixes que a usem mal, desrespeitem ou desperdicem. Este é o tempo do reino. Ide e deixai-vos conduzir pela Eterna e Amorosa Vontade de Deus.
sábado, 13 de setembro de 2008
Jesus descrito por um pagão que o conheceu
Carta escrita ao Imperador romano Tibério César (14 a 37 d.C.) por Publius Lentulus, da Judéia, predecessor de Pôncio Pilatos. A carta se refere a Jesus Cristo, que naquela época principiava as suas pregações nas terras da Palestina: O Senador Publius Lentulus da Judéia ao César Romano: Soube, ó César, que desejavas ter conhecimento do que passo a dizer-te.
Há aqui um homem chamado Jesus Cristo, a quem o povo chama profeta e os seus discípulos afirmam ser o filho de Deus, criador do Céu e da Terra. Realmente, ó César, todos os dias chegam notícias das maravilhas deste Cristo. Para dizer-te em poucas palavras, dá vista aos cegos, cura doentes e surpreende toda a Jerusalém.
Belo e de aspecto insinuante, é um homem de justa estatura, e a sua figura é tão majestosa que todos o amam irresistivelmente. Sua fisionomia, de uma beleza incomparável, revela meiguice, e ao mesmo tempo tal dignidade, que ao olhar-se para ele cada qual se sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.
O cabelo dele, até a altura das orelhas, é da cor das searas quando maduras, emoldurando divinamente a sua fronte radiosa de jovem mestre; caindo em anéis reluzentes, espalha-se pelos ombros com uma graça infinita, sendo então de uma cor indefinível, como o vinho claro e brilhante.
Ele o traz apartado ao meio por uma risca, à moda dos nazarenos. A barba é da cor do cabelo e não muito larga, e também é dividida ao meio. O olhar de paz é profundo e grave, com reflexos de várias cores nos olhos, e o mais surpreendente é que resplandecem. As pupilas parecem os raios do Sol. Ninguém pode fitar-lhe o rosto deslumbrante.
O seu porte é muito distinto. Possui encanto e atrai os olhares. Tão belo o quanto pode um homem ser belo, ele é o mais nobre que imaginar se possa, e muito semelhante à sua mãe, a mais famosa figura de mulher que até hoje apareceu nesta terra.
Nunca foi visto sorrindo, mas já foi visto chorando várias vezes. As mãos e os braços são de uma grande beleza, que é um prazer contemplá-los. Faz-se amigo de todos e mostra-se alegre com gravidade. Quando é visto em público, aparece sempre com grande simplicidade. Quer fale, quer opere, fá-lo sempre com elegância e sobriedade. Toda a gente acha a conversação dele muito agradável e sedutora. Fala um idioma de misterioso encanto, e as multidões, compostas de judeus e de naturais da Capadócia, Panfília, Cirene e de muitas outras regiões, ficam perplexas ao ouvi-lo, pois cada qual o ouve como se fosse no próprio idioma pátrio.
Se a tua majestade, ó César, deseja vê-lo, avisa-me, que eu logo to enviarei. Apesar de nunca ter estudado, é senhor de todas as ciências. Em sua expressão divina, ele é a sublimação individualizada do magnetismo pessoal. As criaturas disputam-lhe a presença encantadora. As multidões seguem-lhe os passos, tocadas de singular admiração.
Quase todos buscam tocar-lhe a vestidura, pois dele emanam irradiações virtuosas que curam moléstias pertinazes. Ele produz espontaneamente um clima de paz, que atinge a quantos lhe gozam a excelsa companhia. Anda com a cabeça descoberta e quase descalço, e a sua túnica alvíssima combina com a sutileza de seus traços delicados.
Muitas pessoas, quando o vêem ao longe, escarnecem dele, mas quando ele se aproxima e estão na sua frente, então tremem e admiram-no. De sua figura singular, extraordinária de beleza simples, vem um quê diferente, que arrebata as multidões, e essas serenam, ouvindo as suas promessas sobre um eterno reinado.
Os hebreus dizem que nunca viram homem semelhante a ele, cuja sabedoria excede a dos gênios. Nunca ouviram conselhos idênticos, nem tão sublime doutrina de humildade e de amor como a que ensina este Cristo. Amável ao conversar, torna-se temível quando repreende, mas mesmo nesse caso revela segurança e serenidade. É sobremodo sábio, modesto e muito casto. É um homem, enfim, que por suas divinas perfeições excede os outros filhos dos homens.
Muitos judeus o têm por divino e crêem nele. Também o acusam a mim, ó César, dizendo que ele é contra a tua majestade, porque afirma que reis e vassalos são todos iguais diante de Deus, e assevera que acima do teu poder, ó César, reina um único Deus, Todo-Poderoso, consolador de todos os homens desesperados e aflitos.
Ando apoquentado com estes hebreus que pretendem convencer-me de que ele nos é prejudicial. Mas os que o conhecem e a ele têm recorrido afirmam que ele nunca fez mal a pessoa alguma, e antes emprega todos os seus esforços para fazer toda a humanidade feliz. Estou pronto, ó César, a obedecer-te e a cumprir o que nos ordenaste. ("Apologia Cristã", Ribeirão Preto, SP, p. 31)
Há aqui um homem chamado Jesus Cristo, a quem o povo chama profeta e os seus discípulos afirmam ser o filho de Deus, criador do Céu e da Terra. Realmente, ó César, todos os dias chegam notícias das maravilhas deste Cristo. Para dizer-te em poucas palavras, dá vista aos cegos, cura doentes e surpreende toda a Jerusalém.
Belo e de aspecto insinuante, é um homem de justa estatura, e a sua figura é tão majestosa que todos o amam irresistivelmente. Sua fisionomia, de uma beleza incomparável, revela meiguice, e ao mesmo tempo tal dignidade, que ao olhar-se para ele cada qual se sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo.
O cabelo dele, até a altura das orelhas, é da cor das searas quando maduras, emoldurando divinamente a sua fronte radiosa de jovem mestre; caindo em anéis reluzentes, espalha-se pelos ombros com uma graça infinita, sendo então de uma cor indefinível, como o vinho claro e brilhante.
Ele o traz apartado ao meio por uma risca, à moda dos nazarenos. A barba é da cor do cabelo e não muito larga, e também é dividida ao meio. O olhar de paz é profundo e grave, com reflexos de várias cores nos olhos, e o mais surpreendente é que resplandecem. As pupilas parecem os raios do Sol. Ninguém pode fitar-lhe o rosto deslumbrante.
O seu porte é muito distinto. Possui encanto e atrai os olhares. Tão belo o quanto pode um homem ser belo, ele é o mais nobre que imaginar se possa, e muito semelhante à sua mãe, a mais famosa figura de mulher que até hoje apareceu nesta terra.
Nunca foi visto sorrindo, mas já foi visto chorando várias vezes. As mãos e os braços são de uma grande beleza, que é um prazer contemplá-los. Faz-se amigo de todos e mostra-se alegre com gravidade. Quando é visto em público, aparece sempre com grande simplicidade. Quer fale, quer opere, fá-lo sempre com elegância e sobriedade. Toda a gente acha a conversação dele muito agradável e sedutora. Fala um idioma de misterioso encanto, e as multidões, compostas de judeus e de naturais da Capadócia, Panfília, Cirene e de muitas outras regiões, ficam perplexas ao ouvi-lo, pois cada qual o ouve como se fosse no próprio idioma pátrio.
Se a tua majestade, ó César, deseja vê-lo, avisa-me, que eu logo to enviarei. Apesar de nunca ter estudado, é senhor de todas as ciências. Em sua expressão divina, ele é a sublimação individualizada do magnetismo pessoal. As criaturas disputam-lhe a presença encantadora. As multidões seguem-lhe os passos, tocadas de singular admiração.
Quase todos buscam tocar-lhe a vestidura, pois dele emanam irradiações virtuosas que curam moléstias pertinazes. Ele produz espontaneamente um clima de paz, que atinge a quantos lhe gozam a excelsa companhia. Anda com a cabeça descoberta e quase descalço, e a sua túnica alvíssima combina com a sutileza de seus traços delicados.
Muitas pessoas, quando o vêem ao longe, escarnecem dele, mas quando ele se aproxima e estão na sua frente, então tremem e admiram-no. De sua figura singular, extraordinária de beleza simples, vem um quê diferente, que arrebata as multidões, e essas serenam, ouvindo as suas promessas sobre um eterno reinado.
Os hebreus dizem que nunca viram homem semelhante a ele, cuja sabedoria excede a dos gênios. Nunca ouviram conselhos idênticos, nem tão sublime doutrina de humildade e de amor como a que ensina este Cristo. Amável ao conversar, torna-se temível quando repreende, mas mesmo nesse caso revela segurança e serenidade. É sobremodo sábio, modesto e muito casto. É um homem, enfim, que por suas divinas perfeições excede os outros filhos dos homens.
Muitos judeus o têm por divino e crêem nele. Também o acusam a mim, ó César, dizendo que ele é contra a tua majestade, porque afirma que reis e vassalos são todos iguais diante de Deus, e assevera que acima do teu poder, ó César, reina um único Deus, Todo-Poderoso, consolador de todos os homens desesperados e aflitos.
Ando apoquentado com estes hebreus que pretendem convencer-me de que ele nos é prejudicial. Mas os que o conhecem e a ele têm recorrido afirmam que ele nunca fez mal a pessoa alguma, e antes emprega todos os seus esforços para fazer toda a humanidade feliz. Estou pronto, ó César, a obedecer-te e a cumprir o que nos ordenaste. ("Apologia Cristã", Ribeirão Preto, SP, p. 31)
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
O Santo Rosário
"O Rosário é a minha oração predilecta. Oração maravilhosa. Tão simples e tão rica! A todos exorto cordialmente: rezai-o" João Paulo II
Quais são as Bênçãos do Rosário?
1. Os pecadores obtêm o perdão.
2. As almas sedentas são saciadas.
3. Os que estão atados vêem seus nós desatados.
4. Os que choram encontram alegria.
5. Os que são tentados encontram tranqüilidade.
6. Os pobres são socorridos.
7. Os religiosos são reformados.
8. Os ignorantes são instruídos.
9. Os vivos triunfam sobre a vaidade.
10. Os mortos alcançam a misericórdia por via de sufrágios.

Quais os benefícios do Rosário?
1. Nos eleva gradualmente ao perfeito conhecimento de Jesus Cristo.
2. Purifica nossas almas do pecado.
3. Permite-nos vencer nossos inimigos.
4. Facilita-nos a prática das virtudes.
5. Inflama-nos do amor de Jesus Cristo.
6. Obtém-nos de Deus toda classe de graças.
7. Proporciona a nós com o que pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens.
As Quinze Promessas da Virgem Maria aos que rezarem o Rosário:
1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.
2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.
3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.
4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.
5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.
6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.
7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.
8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.
9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.
10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.
11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.
12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.
13. Meu filho concedeu-me que todo aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.
14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.
15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.
Quais são as Bênçãos do Rosário?
1. Os pecadores obtêm o perdão.
2. As almas sedentas são saciadas.
3. Os que estão atados vêem seus nós desatados.
4. Os que choram encontram alegria.
5. Os que são tentados encontram tranqüilidade.
6. Os pobres são socorridos.
7. Os religiosos são reformados.
8. Os ignorantes são instruídos.
9. Os vivos triunfam sobre a vaidade.
10. Os mortos alcançam a misericórdia por via de sufrágios.

Quais os benefícios do Rosário?
1. Nos eleva gradualmente ao perfeito conhecimento de Jesus Cristo.
2. Purifica nossas almas do pecado.
3. Permite-nos vencer nossos inimigos.
4. Facilita-nos a prática das virtudes.
5. Inflama-nos do amor de Jesus Cristo.
6. Obtém-nos de Deus toda classe de graças.
7. Proporciona a nós com o que pagar todas as nossas dívidas com Deus e com os homens.

As Quinze Promessas da Virgem Maria aos que rezarem o Rosário:
1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.
2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.
3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.
4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.
5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.
6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.
7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.
8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.
9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.
10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.
11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.
12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.
13. Meu filho concedeu-me que todo aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.
14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.
15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Capítulo 9 - No cadinho da purificação
1935-1936
Os últimos meses de 1935, passou-os a Alexandrina em exercício cada vez mais árduo e difícil das lições recebidas pelo Mestre Divino. Jesus não perde tempo; trabalha bem a sua vítima e desperta nela primeiramente uma grande pena de ver Deus ofendido.
Não me canso — lemos em carta de 19.9.35 — de oferecer (a Nosso Senhor) as minhas dores para O consolar e desagravar dos pecados do mundo. Eu não lhe posso explicar a pena que tenho de Nosso Senhor ser ofendido.
Lembro-me tanto das ofensas que Jesus recebe! Sinto tanto, tanto esses ultrajes! Quem me dera a mim poder impedir com as minhas dores, de se abeirar de Jesus essa imundície de pecados que a cada momento se comete!
Como se paga um tão grande amor, com uma tão grande ingratidão? Como pode haver coragem, depois de conhecer a Nosso Senhor, considerar o que Ele sofreu por nós e ver que é o nosso querido Paizinho do Céu tão amável e tão bom, o melhor de todos os pais, e voltar a ofendê-lo tão repetidas vezes e tão gravemente!
Nosso Senhor continua a ter-me no mesmo abandono e nas mesmas trevas ou maiores ainda. Parece-me que se escureceu o Sol e que se fez noite em minha pobre alma. Tudo se escondeu para mim. Que momentos tão tristes e tão aflitos eu passo e muitas vezes sem saber pelo quê. Em algumas ocasiões, figura-se-me que tenho sobre mim todos os crimes do mundo.
Este último sentimento frequente nas almas verdadeiramente vítimas de expiação, atingirá nela, como veremos mais tarde, extremos incomensuráveis. Entretanto, no meio de grande abandono espiritual, agravam-se-lhe os sofrimentos físicos a tal ponto, que chega a ser sacramentada.
Em carta de 26.9.35, lemos:
Cada vez me sinto pior. Sofro muito, tanto física com moralmente. Continuo no mesmo abandono; Nosso Senhor está bem escondidinho de mim.
Sábado à noite confessei-me; recebi a Nosso Senhor por Viático e também recebi a Extrema-Unção. Foi muito por minha vontade, porque temia morrer sem os Sacramentos.
Parecia-me não fazer nada bem; estava fria: não sabia agradecer a Nosso Senhor tantos benefícios. Enfim, parecia que era uma coisa deitada ao esquecimento.
No Domingo de manhã, o Sr. Abade, antes de partir para a Póvoa, voltou a trazer-me Nosso Senhor, mas eu fiquei como se não comungasse. Sabe o que me fez lembrar? Foi a cidade de Jerusalém, quando traziam Nosso Senhor em triunfo e ela se mantinha fria. Mas faça-se a vontade de Nosso Senhor. Penso bem que Ele, apesar da minha grande indignidade, tem atendido aos meus pedidos.
Eu costumo dizer-lhe assim: ó meu Jesus, crucificai-me convosco; santificai-me, meu bom Jesus, à vossa santíssima imagem de Cristo Crucificado.
Fazei-me participar de toda a vossa santíssima Paixão.
Não me engano: o meu Jesus ouviu-me. Na sua santíssima Paixão não foi Ele abandonado e não sentiu tristeza mortal? Mil vezes Ele seja bendito que tanto se abeirou e cobriu de benefícios esta grande pecadora que tão mal sabe corresponder a tanto amor e bondade.
No meio desse abandono, intensifica-se a conformidade com a vontade do Senhor. A 26.10.35:
Parece que Nosso Senhor me quer privar de tudo. Bendito Ele seja. O que eu quero é amá-lo e consolá-lo muito, sofra eu o que sofrer... Que me importam a mim as consolações, se Jesus está comigo e me dá forças para tudo sofrer e estou a fazer a sua santíssima vontade? É o que eu procuro e desejo sempre fazer. Eu queria desagravar muito a Nosso Senhor e desviar dele todos os crimes do mundo.
Que pena tão grande eu tenho de meu amado Jesus! Como Ele é ofendido nesta minha miserável freguesia! Pobre Jesus! E o que será por esse mundo fora! E Nosso Senhor é tão bom e sofreu tanto por nosso amor!
Eu também quero sofrer tudo, tudo quanto Nosso Senhor me enviar, por seu amor e para lhe salvar almas, muitas almas.
Toda esta biografia nos mostrará quanto Nosso Senhor vai aproveitar estas ofertas da sua vítima, na variadíssima maneira como a vai imolar.
Desde já lemos que a desolação prossegue cada vez mais temível:
O dia de Todos os Santos (carta de 4.11.35) foi muito atribulado para mim. Logo pela manhã sentia a impressão de aparecer diante de Nosso Senhor sem nada: de mãos vazias. Fazia-me lembrar um mendigo que não tem uns tristes andrajos para se cobrir: eu também não tinha nada para a minha pobre alma. Parecia-me que não tinha coração para amar a Nosso Senhor e sentia a impressão que mo separavam de mim, mas não sei como era.
Ontem voltei a sentir o que já há tempos tinha dito a V. Rev.cia: de repente me pareceu que estava carregada com todos os pecados do mundo: que todos os crimes eram meus. Mas eu não sei explicar como é que sinto isto.
E a 7.11.35:
Parece que cada dia me vai desaparecendo tudo cada vez mais. Parece que mais se escurece aquele Sol divino que tanto aquecia, iluminava e dava força à minha pobre alma...
Mas paciência! Quero sofrer tudo, por amor do meu amado Jesus e para lhe salvar muitas almas. Foi esta a missão que Nosso Senhor me confiou neste mundo, não é verdade? Como é bela e consoladora a oração do Padre-nosso! Faça-se a vossa vontade assim na terra como no Céu! Seja esta minha maior consolação, saber que estou a fazer a vontade do meu querido Jesus, que tanto tem amado esta pobre e miserável pecadora.
Como o meu querido Jesus se tem dignado ter-me num abandono tamanho! (lê-se 28.11.35) Eu não me sei explicar: não sinto consolação nenhuma em nada, nem mesmo quando comungo. Estou insatisfeita; apetece-me chorar, mas ainda não chorei. Vou falando eu para o meu Amado e tenho a certeza que Ele lá no íntimo da minha alma não deixará de ouvir os meus pedidos e aceitar as minhas ofertas. No meio de todo este abandono, muitas vezes me passa pela mente o faça-se a vossa santíssima vontade em tudo e sempre! O que eu quero é consolar muito o meu Esposo Sacramentado, ainda que para mim não haja nenhuma consolação; pois que assim levo a luz a muitas almas e eu queria salvá-las todas.
Pobres pecadores, tanto queria que não fosse mais nenhum para o inferno!
O Natal desse ano passou-o em grande aflição; revela-o a carta de 26.12:
... Outra coisa me preocupa muito: parece-me que sou daquelas criaturas que passam os dias e as noites sem se lembrarem de Nosso Senhor e sem nada sofrerem pelo seu divino amor; enfim que não tenho merecimento nenhum diante do meu querido Jesus. Não sei como possa ser isto, pois, desde que cheguei ao uso da razão, não me lembra de passar dia nenhum sem que me lembrasse de Nosso Senhor. Numa palavra: não sei explicar o que se passa em mim. São estas as consolações que o Menino Jesus me envia. Pedi-lhe para passar a Noite de Natal mal e Ele fez-me a vontade. Passei-a aflita e no meio de muitos sofrimentos. Estendia-lhe o braço e dizia-lhe: — crucificai-me à vossa santíssima vontade. Crucificai-me a mais não poder ser (sublinhamos a generosidade desta oferta), nestes últimos dias que me restam de vida e nesta noite tão santa, mas em que Vós sois tão ultrajado!
Ai, que saudade eu tinha do Céu; mas dizia assim:
Ó meu Jesus, eu queria estar no Céu a assistir à festa do vosso nascimento, mas ainda me quereis aqui: está bem. Eu não tenho outra vontade a não ser a vossa, nem outros desejos que não sejam os vossos também...
E assim fui passando a noite a fazer companhia a Nosso Senhor.
O novo ano desliza nos mesmos ou maiores abandonos e sofrimentos, mas com novas ânsias de mais sofrer pelos pecadores. Referindo-se ao muito que lhe custa falar para ditar a carta, diz a 7.1.36:
Digne-se Nosso Senhor aceitar tão grande sacrifício que estou a fazer para a conversão dos pecadores. Tanto me preocupam as almas desses pobres pecadores! Tenho tanta, tanta pena das alminhas deles! Lembrar-me que uma vez perdidas, ficam perdidas para sempre! Que tristeza! Não posso deixar de sofrer tudo e oferecer todos os sacrifícios para a salvação deles e para desagravar o meu querido Jesus.
Quando por alguns momentos eu me ponho a contemplá-lo crucificado e O vejo tão mal tratado, então redobro de pena e o meu coração enche-se de dor e tristeza, ao recordar que a cada momento Ele é horrivelmente crucificado!
Meu Padre: sofro muito. Muitas vezes o meu corpo, com tantas dores e já tão enfraquecido, parece não poder resistir mais: parece morrer. Mas o meu espírito, no meio de tudo isto, vive ainda, Deus seja louvado. Vive com grande ansiedade de sofrer cada vez mais, para assim consolar e desagravar Aquele que tanto me ama e morreu por mim. E assim, sem nem um momento de consolação, eu vou vivendo no meio de trevas e abandono, mas sempre nos braços de Jesus, a fazer-lhe sentinela aos seus Sacrários, em toda a parte onde Ele habita sacramentado. Digo-lhe assim:
Ó meu Jesus, se eu me distrair ou dormir, ou vierem sobre Vós os crimes do mundo, chamai-me com grande aflição e fortes dores, para eu ir em vossa defesa, não deixar abeirar das vossas prisões de amor os pecados do mundo. Eu quero viver e morrer nos vossos santíssimos braços, mas sempre a consolar-vos, a amar-vos, fazer-vos companhia e desagravar-vos.
Nosso Senhor satisfaz-lhe generosamente os desejos de sofrer. É ela que o lembra a 15.1.36:
O meu querido Jesus ainda se não deu por satisfeito, na minha crucifixão. Atende bem aos meus pedidos de me aumentar os meus sofrimentos.
Além das enormes dores que me torturam, sinto de novo parecer-me que estou suspensa no ar, como quem anda num bambuão abaixo e acima, para um lado e para o outro e causa-me grande aflição em todo o corpo. Também me têm aumentado muito os sofrimentos do braço esquerdo. Bendito seja Nosso Senhor; faça-se a sua santíssima vontade que também é a minha.
Mas unindo aos sofrimentos do corpo os da alma, é que são elas! Só com a força divina é que eu posso resistir.
Este abandono completo em que o meu amado Jesus se digna ter-me, custa-me, mas custa-me muito. Não ter um momento de luz nem de consolação espiritual! Mas nada de temer. Muita confiança no meu amado Jesus que me não abandonará e que hei de subir vitoriosa até ao alto do Calvário.
Transcrevamos ainda da carta de 5.3.36 algumas passagens ardentes de amor a Cristo e de zelo das almas:
Se fosse possível eu sofrer todos os sofrimentos do mundo, contanto que Nosso Senhor fosse amado por todos, eu não me recusava. Digo isto muitas vezes a Jesus:
Quem me dera poder-vos consolar, dizendo-vos: Vós não sois mais ofendido, nem vos vão mais almas para o inferno; Vós sois amado e conhecido por todos.
Oh, sim: eu quero sofrer muito, para que o vosso sangue não seja derramado inutilmente por nenhumas almas...
Na noite de 22 de Fevereiro, passei tão mal que pensava ser a última... No meio deste grande sofrimento disse a Jesus:
Ó meu Jesus, quanto mais sofrimentos, mais actos de amor para os vossos Sacrários, maior prova de amor para convosco. Sim, maior prova de amor, porque os recebo alegre e satisfeita, e maior aumento da minha confiança em Vós que me haveis de alcançar tudo quanto vos peço para as pessoas que me são tão queridas e para os pecadores...
No meio de tanto sofrer, pronunciei o Magnificat em acção de graças por tanto sofrer. Abraçava o meu Crucifixo e dizia:
Crucificai-me, meu Jesus, a valer; fazei-me semelhante a Vós, fazei-me participar da vossa santa Paixão.
E pedia a Nossa Senhora que O ajudasse a crucificar-me e dizia-lhe também: alerta, alerta: estou alerta. Eu sou a sentinela de Jesus Sacramentado. Para longe de Vós os crimes do mundo.
E agora, de novo o sentir-se carregada com os crimes do mundo. Encontramos na carta de 16.3.36:
Ontem de manhã senti uma tristeza tão profunda! Parecia-me ver-me cercada e sobrecarregada não sei de quê. Figurava-se-me que ouvi dizer:
— Que peso enorme de pecados tens sobre ti! E sobretudo a ira, a grande ira, toda a ira de Deus! O que tu tens que pagar!...
Eu ofereci-me toda a Nosso Senhor. Dizia-lhe:
Meu Jesus, dou-me toda a Vós, para vos pagar quanto me seja possível, até ao último alento, até que eu dê o meu último suspiro e entregue nas vossas divinas mãos a minha alma, para vos bendizer, louvar e amar por toda a eternidade.
Ó meu Jesus, sede comigo; não me abandoneis. Eu sou nada, nada, mas confio em Vós.
Todo este capítulo nos mostra eloquentemente que o principal na vida da Alexandrina não são consolações espirituais, êxtases contínuos de amor beatífico, visões, revelações, mas a participação cada vez mais intensa nos sofrimentos de Cristo, com o que não só atinge — e bem depressa — a total purificação do sentido e do espírito, mas ao mesmo tempo, e sobretudo, desagrava a Nosso Senhor como vítima e O ajuda a salvar almas.
Mas por muito que estas páginas nos digam dos seus grandes e variados sofrimentos, estamos por ora, apenas no vestíbulo, como iremos vendo.
Os últimos meses de 1935, passou-os a Alexandrina em exercício cada vez mais árduo e difícil das lições recebidas pelo Mestre Divino. Jesus não perde tempo; trabalha bem a sua vítima e desperta nela primeiramente uma grande pena de ver Deus ofendido.
Não me canso — lemos em carta de 19.9.35 — de oferecer (a Nosso Senhor) as minhas dores para O consolar e desagravar dos pecados do mundo. Eu não lhe posso explicar a pena que tenho de Nosso Senhor ser ofendido.
Lembro-me tanto das ofensas que Jesus recebe! Sinto tanto, tanto esses ultrajes! Quem me dera a mim poder impedir com as minhas dores, de se abeirar de Jesus essa imundície de pecados que a cada momento se comete!
Como se paga um tão grande amor, com uma tão grande ingratidão? Como pode haver coragem, depois de conhecer a Nosso Senhor, considerar o que Ele sofreu por nós e ver que é o nosso querido Paizinho do Céu tão amável e tão bom, o melhor de todos os pais, e voltar a ofendê-lo tão repetidas vezes e tão gravemente!
Nosso Senhor continua a ter-me no mesmo abandono e nas mesmas trevas ou maiores ainda. Parece-me que se escureceu o Sol e que se fez noite em minha pobre alma. Tudo se escondeu para mim. Que momentos tão tristes e tão aflitos eu passo e muitas vezes sem saber pelo quê. Em algumas ocasiões, figura-se-me que tenho sobre mim todos os crimes do mundo.
Este último sentimento frequente nas almas verdadeiramente vítimas de expiação, atingirá nela, como veremos mais tarde, extremos incomensuráveis. Entretanto, no meio de grande abandono espiritual, agravam-se-lhe os sofrimentos físicos a tal ponto, que chega a ser sacramentada.
Em carta de 26.9.35, lemos:
Cada vez me sinto pior. Sofro muito, tanto física com moralmente. Continuo no mesmo abandono; Nosso Senhor está bem escondidinho de mim.
Sábado à noite confessei-me; recebi a Nosso Senhor por Viático e também recebi a Extrema-Unção. Foi muito por minha vontade, porque temia morrer sem os Sacramentos.
Parecia-me não fazer nada bem; estava fria: não sabia agradecer a Nosso Senhor tantos benefícios. Enfim, parecia que era uma coisa deitada ao esquecimento.
No Domingo de manhã, o Sr. Abade, antes de partir para a Póvoa, voltou a trazer-me Nosso Senhor, mas eu fiquei como se não comungasse. Sabe o que me fez lembrar? Foi a cidade de Jerusalém, quando traziam Nosso Senhor em triunfo e ela se mantinha fria. Mas faça-se a vontade de Nosso Senhor. Penso bem que Ele, apesar da minha grande indignidade, tem atendido aos meus pedidos.
Eu costumo dizer-lhe assim: ó meu Jesus, crucificai-me convosco; santificai-me, meu bom Jesus, à vossa santíssima imagem de Cristo Crucificado.
Fazei-me participar de toda a vossa santíssima Paixão.
Não me engano: o meu Jesus ouviu-me. Na sua santíssima Paixão não foi Ele abandonado e não sentiu tristeza mortal? Mil vezes Ele seja bendito que tanto se abeirou e cobriu de benefícios esta grande pecadora que tão mal sabe corresponder a tanto amor e bondade.
No meio desse abandono, intensifica-se a conformidade com a vontade do Senhor. A 26.10.35:
Parece que Nosso Senhor me quer privar de tudo. Bendito Ele seja. O que eu quero é amá-lo e consolá-lo muito, sofra eu o que sofrer... Que me importam a mim as consolações, se Jesus está comigo e me dá forças para tudo sofrer e estou a fazer a sua santíssima vontade? É o que eu procuro e desejo sempre fazer. Eu queria desagravar muito a Nosso Senhor e desviar dele todos os crimes do mundo.
Que pena tão grande eu tenho de meu amado Jesus! Como Ele é ofendido nesta minha miserável freguesia! Pobre Jesus! E o que será por esse mundo fora! E Nosso Senhor é tão bom e sofreu tanto por nosso amor!
Eu também quero sofrer tudo, tudo quanto Nosso Senhor me enviar, por seu amor e para lhe salvar almas, muitas almas.
Toda esta biografia nos mostrará quanto Nosso Senhor vai aproveitar estas ofertas da sua vítima, na variadíssima maneira como a vai imolar.
Desde já lemos que a desolação prossegue cada vez mais temível:
O dia de Todos os Santos (carta de 4.11.35) foi muito atribulado para mim. Logo pela manhã sentia a impressão de aparecer diante de Nosso Senhor sem nada: de mãos vazias. Fazia-me lembrar um mendigo que não tem uns tristes andrajos para se cobrir: eu também não tinha nada para a minha pobre alma. Parecia-me que não tinha coração para amar a Nosso Senhor e sentia a impressão que mo separavam de mim, mas não sei como era.
Ontem voltei a sentir o que já há tempos tinha dito a V. Rev.cia: de repente me pareceu que estava carregada com todos os pecados do mundo: que todos os crimes eram meus. Mas eu não sei explicar como é que sinto isto.
E a 7.11.35:
Parece que cada dia me vai desaparecendo tudo cada vez mais. Parece que mais se escurece aquele Sol divino que tanto aquecia, iluminava e dava força à minha pobre alma...
Mas paciência! Quero sofrer tudo, por amor do meu amado Jesus e para lhe salvar muitas almas. Foi esta a missão que Nosso Senhor me confiou neste mundo, não é verdade? Como é bela e consoladora a oração do Padre-nosso! Faça-se a vossa vontade assim na terra como no Céu! Seja esta minha maior consolação, saber que estou a fazer a vontade do meu querido Jesus, que tanto tem amado esta pobre e miserável pecadora.
Como o meu querido Jesus se tem dignado ter-me num abandono tamanho! (lê-se 28.11.35) Eu não me sei explicar: não sinto consolação nenhuma em nada, nem mesmo quando comungo. Estou insatisfeita; apetece-me chorar, mas ainda não chorei. Vou falando eu para o meu Amado e tenho a certeza que Ele lá no íntimo da minha alma não deixará de ouvir os meus pedidos e aceitar as minhas ofertas. No meio de todo este abandono, muitas vezes me passa pela mente o faça-se a vossa santíssima vontade em tudo e sempre! O que eu quero é consolar muito o meu Esposo Sacramentado, ainda que para mim não haja nenhuma consolação; pois que assim levo a luz a muitas almas e eu queria salvá-las todas.
Pobres pecadores, tanto queria que não fosse mais nenhum para o inferno!
O Natal desse ano passou-o em grande aflição; revela-o a carta de 26.12:
... Outra coisa me preocupa muito: parece-me que sou daquelas criaturas que passam os dias e as noites sem se lembrarem de Nosso Senhor e sem nada sofrerem pelo seu divino amor; enfim que não tenho merecimento nenhum diante do meu querido Jesus. Não sei como possa ser isto, pois, desde que cheguei ao uso da razão, não me lembra de passar dia nenhum sem que me lembrasse de Nosso Senhor. Numa palavra: não sei explicar o que se passa em mim. São estas as consolações que o Menino Jesus me envia. Pedi-lhe para passar a Noite de Natal mal e Ele fez-me a vontade. Passei-a aflita e no meio de muitos sofrimentos. Estendia-lhe o braço e dizia-lhe: — crucificai-me à vossa santíssima vontade. Crucificai-me a mais não poder ser (sublinhamos a generosidade desta oferta), nestes últimos dias que me restam de vida e nesta noite tão santa, mas em que Vós sois tão ultrajado!
Ai, que saudade eu tinha do Céu; mas dizia assim:
Ó meu Jesus, eu queria estar no Céu a assistir à festa do vosso nascimento, mas ainda me quereis aqui: está bem. Eu não tenho outra vontade a não ser a vossa, nem outros desejos que não sejam os vossos também...
E assim fui passando a noite a fazer companhia a Nosso Senhor.
O novo ano desliza nos mesmos ou maiores abandonos e sofrimentos, mas com novas ânsias de mais sofrer pelos pecadores. Referindo-se ao muito que lhe custa falar para ditar a carta, diz a 7.1.36:
Digne-se Nosso Senhor aceitar tão grande sacrifício que estou a fazer para a conversão dos pecadores. Tanto me preocupam as almas desses pobres pecadores! Tenho tanta, tanta pena das alminhas deles! Lembrar-me que uma vez perdidas, ficam perdidas para sempre! Que tristeza! Não posso deixar de sofrer tudo e oferecer todos os sacrifícios para a salvação deles e para desagravar o meu querido Jesus.
Quando por alguns momentos eu me ponho a contemplá-lo crucificado e O vejo tão mal tratado, então redobro de pena e o meu coração enche-se de dor e tristeza, ao recordar que a cada momento Ele é horrivelmente crucificado!
Meu Padre: sofro muito. Muitas vezes o meu corpo, com tantas dores e já tão enfraquecido, parece não poder resistir mais: parece morrer. Mas o meu espírito, no meio de tudo isto, vive ainda, Deus seja louvado. Vive com grande ansiedade de sofrer cada vez mais, para assim consolar e desagravar Aquele que tanto me ama e morreu por mim. E assim, sem nem um momento de consolação, eu vou vivendo no meio de trevas e abandono, mas sempre nos braços de Jesus, a fazer-lhe sentinela aos seus Sacrários, em toda a parte onde Ele habita sacramentado. Digo-lhe assim:
Ó meu Jesus, se eu me distrair ou dormir, ou vierem sobre Vós os crimes do mundo, chamai-me com grande aflição e fortes dores, para eu ir em vossa defesa, não deixar abeirar das vossas prisões de amor os pecados do mundo. Eu quero viver e morrer nos vossos santíssimos braços, mas sempre a consolar-vos, a amar-vos, fazer-vos companhia e desagravar-vos.
Nosso Senhor satisfaz-lhe generosamente os desejos de sofrer. É ela que o lembra a 15.1.36:
O meu querido Jesus ainda se não deu por satisfeito, na minha crucifixão. Atende bem aos meus pedidos de me aumentar os meus sofrimentos.
Além das enormes dores que me torturam, sinto de novo parecer-me que estou suspensa no ar, como quem anda num bambuão abaixo e acima, para um lado e para o outro e causa-me grande aflição em todo o corpo. Também me têm aumentado muito os sofrimentos do braço esquerdo. Bendito seja Nosso Senhor; faça-se a sua santíssima vontade que também é a minha.
Mas unindo aos sofrimentos do corpo os da alma, é que são elas! Só com a força divina é que eu posso resistir.
Este abandono completo em que o meu amado Jesus se digna ter-me, custa-me, mas custa-me muito. Não ter um momento de luz nem de consolação espiritual! Mas nada de temer. Muita confiança no meu amado Jesus que me não abandonará e que hei de subir vitoriosa até ao alto do Calvário.
Transcrevamos ainda da carta de 5.3.36 algumas passagens ardentes de amor a Cristo e de zelo das almas:
Se fosse possível eu sofrer todos os sofrimentos do mundo, contanto que Nosso Senhor fosse amado por todos, eu não me recusava. Digo isto muitas vezes a Jesus:
Quem me dera poder-vos consolar, dizendo-vos: Vós não sois mais ofendido, nem vos vão mais almas para o inferno; Vós sois amado e conhecido por todos.
Oh, sim: eu quero sofrer muito, para que o vosso sangue não seja derramado inutilmente por nenhumas almas...
Na noite de 22 de Fevereiro, passei tão mal que pensava ser a última... No meio deste grande sofrimento disse a Jesus:
Ó meu Jesus, quanto mais sofrimentos, mais actos de amor para os vossos Sacrários, maior prova de amor para convosco. Sim, maior prova de amor, porque os recebo alegre e satisfeita, e maior aumento da minha confiança em Vós que me haveis de alcançar tudo quanto vos peço para as pessoas que me são tão queridas e para os pecadores...
No meio de tanto sofrer, pronunciei o Magnificat em acção de graças por tanto sofrer. Abraçava o meu Crucifixo e dizia:
Crucificai-me, meu Jesus, a valer; fazei-me semelhante a Vós, fazei-me participar da vossa santa Paixão.
E pedia a Nossa Senhora que O ajudasse a crucificar-me e dizia-lhe também: alerta, alerta: estou alerta. Eu sou a sentinela de Jesus Sacramentado. Para longe de Vós os crimes do mundo.
E agora, de novo o sentir-se carregada com os crimes do mundo. Encontramos na carta de 16.3.36:
Ontem de manhã senti uma tristeza tão profunda! Parecia-me ver-me cercada e sobrecarregada não sei de quê. Figurava-se-me que ouvi dizer:
— Que peso enorme de pecados tens sobre ti! E sobretudo a ira, a grande ira, toda a ira de Deus! O que tu tens que pagar!...
Eu ofereci-me toda a Nosso Senhor. Dizia-lhe:
Meu Jesus, dou-me toda a Vós, para vos pagar quanto me seja possível, até ao último alento, até que eu dê o meu último suspiro e entregue nas vossas divinas mãos a minha alma, para vos bendizer, louvar e amar por toda a eternidade.
Ó meu Jesus, sede comigo; não me abandoneis. Eu sou nada, nada, mas confio em Vós.
Todo este capítulo nos mostra eloquentemente que o principal na vida da Alexandrina não são consolações espirituais, êxtases contínuos de amor beatífico, visões, revelações, mas a participação cada vez mais intensa nos sofrimentos de Cristo, com o que não só atinge — e bem depressa — a total purificação do sentido e do espírito, mas ao mesmo tempo, e sobretudo, desagrava a Nosso Senhor como vítima e O ajuda a salvar almas.
Mas por muito que estas páginas nos digam dos seus grandes e variados sofrimentos, estamos por ora, apenas no vestíbulo, como iremos vendo.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Revelações - A Paixão
Meditação – Paixão de Cristo
(Revelações a Maria Valtorta)
(O abandono do Pai)
Jesus:
“O sofrimento de minha agonia espiritual tu o contemplaste na tarde de quinta-feira. Viste o teu Jesus agachar-se, como um homem ferido de morte, e que sente sua vida esvair-se através das feridas que sangram, ou como uma criatura dominada por um trauma psíquico superior às suas forças. Tu já viste as fases crescentes desse trauma, que pode terminar com a efusão de todo o sangue, provocado pelo desequilíbrio causado pelo esforço de vencer a mim mesmo e de resistir ao peso que se abateu sobre mim.
Eu era, sou o Filho do Altíssimo. Mas era também o Filho do homem. Eu quero que ressurja nítida esta dúplice natureza, igualmente total e perfeita.
De minha divindade vos dá um testemunho autêntico a minha palavra, a qual tem um timbre que somente Deus pode ter. Da minha humanidade as necessidades, as paixões, os sofrimentos, que Eu apresento, e que padeci em minha carne de verdadeiro homem, proposta como modelo à vossa humanidade, assim como Eu instruo o vosso espírito com a minha doutrina de verdadeiro Deus.
Tanto a minha santíssima Divindade, como a minha perfeitíssima humanidade, durante o curso dos séculos, e pela acção desagregadora da “vossa” humanidade imperfeita, foram se tornando desconsideradas e desfiguradas, quando se tentava explicá-las. Assim é que tornastes uma coisa irreal a minha humanidade, e a tornastes desumana, do mesmo modo que diminuístes a minha figura divina, negando-a em muitas circunstâncias em que vos era incómodo reconhecê-la ou porque não podíeis mais reconhecer, por causa de vossos espíritos dominados pelas ideias dos vícios, do ateísmo, do humanismo e do racionalismo.
Eu vou, nesta hora trágica que é o começo de universais desventuras, Eu vou refrescar vossa memória, fazendo que vos lembreis da minha dupla função de Deus e de homem, para que fiqueis sabendo como ela é, e para que a reconheçais, depois de todo o obscurantismo, com o qual a escondestes aos olhos de vossos espíritos, e para que a ameis, e vos salveis por meio dela. É a função do vosso Salvador e quem a fez conhecer e amar será salvo.
Nestes dias Eu te dei a conhecer os meus sofrimentos físicos. Eles torturaram a minha humanidade. Neles Eu te dei a conhecer os meus sofrimentos morais conexos, entretecidos, incorporados com os de minha Mãe, assim como as inextricáveis lianas das florestas equatoriais, que não se podem separar para se cortar uma só delas, mas é preciso cortá-las como um único golpe de machado, para que possa abrir uma passagem, matando-a ao mesmo tempo, do mesmo modo que se faz com as veias de um corpo que não pode ficar privado de seu sangue, pois esse é o único humor que o mantém vivo, e não se pode impedir que uma criatura, que se forma no seio de sua mãe, penetre a morte, se a mãe morrer, porque ela é a vida, o calor, o alimento e o sangue da mãe que, com um ritmo sonoro e o movimento do coração materno, penetra através das membranas internas, chegando até ao nascituro, e o completa, a fim de que possa viver.
Ela, sim! Ela, a minha pura Mãe, Ela, que me trouxe, não somente durante os nove meses, durante os quais a fêmea do homem traz em si o fruto do homem, mas por toda a sua vida. Os nossos corações estavam unidos por fibras espirituais e palpitavam sempre todos juntos, e não havia lágrima materna que caísse sem regar meu coração com o gosto salobro do seu sangue nem havia, de minha parte, nenhum lamento que despertar-se nela um sinal de dor.
Faz-vos pena ver a mães de um filho destinado à morte por alguma doença incurável, e a mãe de um condenado aos suplícios pelo rigor da justiça humana. Mas, pensai em minha Mãe que, desde o momento em que me concebeu, tremeu ao pensar que Eu era o condenado, nesta mãe que, quando me deu o primeiro beijo sobre minhas carnes macias e rosadas de um recém-nascido, pensou nas futuras chagas de seu Filho, esta Mãe, que daria dez, cem, mil vezes a sua vida para impedir que Eu me fizesse homem e chegasse ao momento da minha imolação, a esta Mãe que sabia, e que devia desejar aquela hora tremenda, aceitando a vontade do Senhor, para a glória do Senhor e por sua bondade para com a humanidade. Não. Nunca houve agonia mais longa e que terminasse numa dor ainda maior do que a minha Mãe.
E vós não tivestes uma dor maior, nem mais completa do que a minha. Eu era Um com o Pai. Ele me havia amado, desde a eternidade, como somente Deus pode amar; Ele se havia comprazia comigo, e tinha achado em Mim sua divina alegria. Os inefáveis relacionamentos que unem o Pai com o Filho desde toda a eternidade não podem ser explicados nem mesmo pela minha palavra, porque se ela é perfeita, a vossa inteligência não o é, e não podeis compreender e conhecer o que é Deus, enquanto não estiverdes com Ele no céu. Pois bem, Eu sentia como que uma água que vai subindo, e fazendo pressão sobre um dique, e vai crescendo a cada hora que passa. Assim era o rigor do Pai para comigo.
Para dar testemunho contra os homens violentos que não queriam compreender quem Eu era, o Senhor havia aberto três vezes o céu, durante o tempo da minha vida pública, no Jordão, no Tabor e em Jerusalém, na vigília da paixão. Mas Ele havia feito isso por causa dos homens, e não para me dar alívio. Eu estava sendo o expiador.
Muitas vezes, Maria, Deus faz que os homens conhecem um seu servo, a fim de que se sintam sacudidos e arrastados por esse meio, para Ele, mas isso acontece também pela dor daquele servo. É ele que paga como próprio o pão amargo do rigor de Deus, para conforto e salvação dos irmãos. Não é verdade? As vítimas de expiação conhecem o rigor de Deus. Depois virá a glória. Mas só quando a Justiça tiver sido aplacada. Não é como se fosse por meu amor que às suas vítimas Ele dá os seus beijos. Eu sou Jesus. Eu sou o Redentor, sou Aquele que sofreu e sabe, por sua experiência pessoal, o que é a dor de ser olhado com severidade por Deus e de ser abandonado por Ele. E eu não sou nunca severo, e nunca abandono. Eu me consumo igualmente, mas sim, em um incêndio de amor.
Quanto mais a hora da expiação se aproximava, mais eu sentia que o Pai se afastava. Sempre mais separado do Pai, a minha humanidade se sentia sempre menos amparada pela Divindade de Deus. E assim Eu sofria de todos os modos. A separação de Deus traz consigo o medo, traz consigo o apego à vida, traz consigo a fraqueza, o cansaço, o tédio. Quanto mais profunda ela for, mais fortes serão as suas consequências. Quando ela é total, traz o desespero. E, por um decreto de Deus, quanto mais alguém a experimenta, sem tê-la merecido, e quanto mais a sofre, porque o espírito vivo sente o afastamento de Deus, assim como uma carne viva sente o afastamento de uma articulação. Dá-se, então, um estupor doloroso, acachapante, a tal ponto, que quem não o experimentou, não sabe como ele é.
Tudo isso Eu tive que conhecer, a fim de poder interceder junto ao Pai em vosso favor. Até os vossos desesperos. Oh! Eu provei o que querem dizer estas palavras: “Eu estou sozinho”. Todos me traíram, e me abandonaram. Até o Pai? Até Deus deixou de me ajudar.” E é por isso que Eu opero misteriosos prodígios de graça para os pobres corações, que o desespero domina, e que peço aos meus predilectos que bebam do meu cálice, tão amargo para os que provam dele, afim de que eles, os que estão naufragando no mar do desespero, não recusem a cruz que Eu lhes ofereço como uma ancora de salvação, para que se agarrem nela, e Eu os possa conduzir até à margem feliz, onde só há paz.
Na tarde da Quinta-Feira só Eu é que sei se terei tido necessidade do Pai! Eu era um espírito já agonizante, pelo esforço de ter devido superar as duas maiores dores de um homem: o adeus a uma Mãe muito amada e a vizinhança do amigo traidor. Eram duas chagas que me atormentavam o coração. Uma com o seu pranto, e a outra com o seu ódio.
Eu tinha devido partir o meu pão com o meu Caim. Eu tive que falar-lhe como a um amigo, para não acusá-lo diante dos outros, de cuja violência Eu tinha a certeza, e, para impedir um delito, que afinal seria inútil, visto que tudo já estava marcado no grande livro da vida: a minha morte Santa e o suicídio de Judas. Seriam inúteis outras mortes, reprovadas por Deus. Nenhum outro sangue, que não fosse o Meu, devia ser derramada e derramado não foi. O malvado estrangulou aquela vida, fechando num saco imundo em que estava o seu corpo imundo, e também o seu sangue impuro, vendido a Satanás, sangue que não devia misturar-se, ao cair sobre a terra, com o sangue puríssimo do Inocente.
Bastariam aquelas duas feridas para fazerem de Mim um agonizante. Mas Eu era o Expiador, a Vítima, o Cordeiro. E o Cordeiro, antes de ser imolado, recebe a marca do ferro incandescente, conhece o que é o espancamento e o que é ser vendido ao açougueiro. E, em último lugar, recebe a lâmina gelada da faca, que penetra em sua garganta, faz escorrer o seu sangue, e o mata. Antes disso, ele deve deixar tudo: o pasto onde ele cresceu, a mãe em cujo peito ele se nutriu e se acalentou, os companheiros com os quais ele viveu. Tudo. Tudo isso Eu conheci: Eu o cordeiro de Deus.
Para isso é que veio o Satanás, enquanto o Pai se retirava para os Céus. Ele já havia vindo no começo da minha missão, para tentar-me e desviar-me de lá. E agora ele estava de volta. Era a hora dele. Era a hora da reunião dos demónios.
Turmas e mais turmas de demónios estavam naquela noite sobre a terra, para levarem a termo a sedução dos corações, e prepará-los para quererem a morte do Cristo no dia seguinte. Cada sinedrita tinha o seu, Herodes tinha o seu, e também Pilatos, e tinha o seu cada Judeu, que tivesse invocado sobre si o meu Sangue. Também os apóstolos tinham a seus lados os seus tentadores, que os faziam adormecer, enquanto ele ia definhando, e os preparava para cometerem um acto vil. Olha bem qual é o poder da pureza. João, o puro, livrou-se, por primeiro entre todos os outros, das garras do demónio, e voltou logo para perto do seu Jesus e o compreendeu naquele mudo desejo, e levou Maria até Mim.
Mas Judas tinha Lúcifer, e Eu tinha Lúcifer. Ele o tinha no coração, e Eu o tinha a meu lado. Éramos os dois personagens principais da tragédia. Pessoalmente, se ocupava connosco. Depois de ter levado Judas até ao ponto de onde não podia mais voltar atrás, ele virou-se para Mim.
Com a sua astúcia perfeita, ele me apresentou as torturas da carne, com uma exactidão insuperável. Também no deserto ele havia começado pela carne. E Eu o venci orando. O espírito dominou o medo da carne.
Foi, então, que ele me mostrou a inutilidade de minha morte e a utilidade de Eu viver para mim mesmo, sem preocupar-me com os homens ingratos. Viver rico, feliz, amado. Viver por causa de minha Mãe, a fim de não vê-la sofrer. Viver a fim de levar para Deus, com um longo apostolado, muitos homens, os quais uma vez que me vissem morto, logo se esqueceriam de Mim, enquanto que, se Eu tivesse sido mestre, não por três anos, mas durante lustros e mais lustros, eles teriam acabado por se compenetrarem de minha doutrina. Os seus anjos me teriam ajudado a seduzir os homens. Não estaria Eu vendo que os anjos de Deus não vinham ajudar-me? Além disso, Deus me teria perdoado, ao ver a grande quantidade de convertidos que Eu lhe teria trazido. Também lá no deserto ele me quis induzir a tentar a Deus pela imprudência. Mas Eu o venci pela oração. O espírito dominou a tentação moral.
Ele me apresentou o abandono da parte de Deus. Ele, o pai, não me amava mais. Eu estava carregado com os pecados do mundo. E lhe causava asco. Ele estava ausente e me deixou sozinho. E me abandonou ao ludíbrio de uma multidão feroz. E não concedia nem mesmo o seu divino conforto. Sozinho. Sozinho. Sozinho. Naquela hora ninguém estava perto do Cristo, a não ser Satanás. Deus e os homens não estavam lá porque não me amavam. Eles, ou me odiavam ou eram indiferentes. E eu rezava para cobrir com as minhas orações as palavras de Satanás. Mas minha oração não subia mais para Deus. Ela recaía sobre mim, como as pedras de um apedrejamento, e me esmagava sob o peso dos escombros. A oração que para Mim sempre foi uma carícia feita ao Pai, uma voz que subia a Ele, e à qual Ele respondia com carícia e uma palavra paterna, agora estava morta, era pesada, e em vão dirigida aos céus, que estavam fechados.
Foi então que Eu senti o amargor do fundo do cálice… O sabor do desespero. E era isso o que Satanás queria: levar-me ao desespero para fazer de Mim um seu escravo. Eu o venci o desespero, e o venci somente com as minhas forças, porque Eu quis vencê-lo. Somente com as minhas forças de homem. Eu não era mais do que o homem. E não era mais do que um homem não ajudado por Deus. Quando Deus ajuda é fácil suportar o mundo e tolerá-lo como um brinquedo de criança. Mas, quando Deus não ajuda mais, até o peso de uma flor causa fadiga.
Eu venci o desespero e Satanás seu criador, para servir a Deus, e dar-vos a vida. Mas tive que passar pela morte. Não a morte física de quem foi crucificado, pois isso foi menos atroz, mas a morte total, consciente, a do lutador que cai depois de triunfar, com o coração despedaçado e com o sangue que se derrama no trauma de um esforço superior às suas forças. E, então, Eu suei sangue. Suei sangue para ser fiel à vontade de Deus.
Eis porque o anjo de minha dor me fez ver a esperança de todos. O Salvador por meio do meu sacrifício, como um consolo para a minha morte.
Ele me deu os vossos nomes. E cada um deles foi para Mim uma gota de remédio derramado em minhas veias, para restituir-lhes a tensão e o funcionamento, e cada um foi para Mim uma vida que volta. No meio das desumanas torturas, para não gritar por minha dor humana, e para não perder a esperança em Deus e dizer que Ele estava sendo severo demais e injusto para com a sua Vítima, Eu repeti os vossos nomes, pois Eu vos vi. E Eu vos abençoei. E desde aquele momento Eu vos trouxe no Coração. E, quando chegou a vossa hora de estardes sobre a terra, Eu me adiantei, vindo dos Céus, para acompanhar vossa chegada, alegrando-me com o pensamento de que uma nova flor do amor havia desabrochado no mundo, e que teria vivido por Mim.
Oh! Meus benditos! Conforto do Cristo moribundo! A Mãe, o discípulo, as mulheres piedosas estavam ao redor de Mim, que estava morrendo, ainda viam junto ao rosto sofredor de minha Mãe, os vossos rostos amorosos, que se fechavam assim, felizes por se fecharem, porque vos haviam salvado, e vós, que mereceis o Sacrifício de um Deus.”
(Revelações a Maria Valtorta)
(O abandono do Pai)
Jesus:
“O sofrimento de minha agonia espiritual tu o contemplaste na tarde de quinta-feira. Viste o teu Jesus agachar-se, como um homem ferido de morte, e que sente sua vida esvair-se através das feridas que sangram, ou como uma criatura dominada por um trauma psíquico superior às suas forças. Tu já viste as fases crescentes desse trauma, que pode terminar com a efusão de todo o sangue, provocado pelo desequilíbrio causado pelo esforço de vencer a mim mesmo e de resistir ao peso que se abateu sobre mim.
Eu era, sou o Filho do Altíssimo. Mas era também o Filho do homem. Eu quero que ressurja nítida esta dúplice natureza, igualmente total e perfeita.
De minha divindade vos dá um testemunho autêntico a minha palavra, a qual tem um timbre que somente Deus pode ter. Da minha humanidade as necessidades, as paixões, os sofrimentos, que Eu apresento, e que padeci em minha carne de verdadeiro homem, proposta como modelo à vossa humanidade, assim como Eu instruo o vosso espírito com a minha doutrina de verdadeiro Deus.
Tanto a minha santíssima Divindade, como a minha perfeitíssima humanidade, durante o curso dos séculos, e pela acção desagregadora da “vossa” humanidade imperfeita, foram se tornando desconsideradas e desfiguradas, quando se tentava explicá-las. Assim é que tornastes uma coisa irreal a minha humanidade, e a tornastes desumana, do mesmo modo que diminuístes a minha figura divina, negando-a em muitas circunstâncias em que vos era incómodo reconhecê-la ou porque não podíeis mais reconhecer, por causa de vossos espíritos dominados pelas ideias dos vícios, do ateísmo, do humanismo e do racionalismo.
Eu vou, nesta hora trágica que é o começo de universais desventuras, Eu vou refrescar vossa memória, fazendo que vos lembreis da minha dupla função de Deus e de homem, para que fiqueis sabendo como ela é, e para que a reconheçais, depois de todo o obscurantismo, com o qual a escondestes aos olhos de vossos espíritos, e para que a ameis, e vos salveis por meio dela. É a função do vosso Salvador e quem a fez conhecer e amar será salvo.
Nestes dias Eu te dei a conhecer os meus sofrimentos físicos. Eles torturaram a minha humanidade. Neles Eu te dei a conhecer os meus sofrimentos morais conexos, entretecidos, incorporados com os de minha Mãe, assim como as inextricáveis lianas das florestas equatoriais, que não se podem separar para se cortar uma só delas, mas é preciso cortá-las como um único golpe de machado, para que possa abrir uma passagem, matando-a ao mesmo tempo, do mesmo modo que se faz com as veias de um corpo que não pode ficar privado de seu sangue, pois esse é o único humor que o mantém vivo, e não se pode impedir que uma criatura, que se forma no seio de sua mãe, penetre a morte, se a mãe morrer, porque ela é a vida, o calor, o alimento e o sangue da mãe que, com um ritmo sonoro e o movimento do coração materno, penetra através das membranas internas, chegando até ao nascituro, e o completa, a fim de que possa viver.
Ela, sim! Ela, a minha pura Mãe, Ela, que me trouxe, não somente durante os nove meses, durante os quais a fêmea do homem traz em si o fruto do homem, mas por toda a sua vida. Os nossos corações estavam unidos por fibras espirituais e palpitavam sempre todos juntos, e não havia lágrima materna que caísse sem regar meu coração com o gosto salobro do seu sangue nem havia, de minha parte, nenhum lamento que despertar-se nela um sinal de dor.
Faz-vos pena ver a mães de um filho destinado à morte por alguma doença incurável, e a mãe de um condenado aos suplícios pelo rigor da justiça humana. Mas, pensai em minha Mãe que, desde o momento em que me concebeu, tremeu ao pensar que Eu era o condenado, nesta mãe que, quando me deu o primeiro beijo sobre minhas carnes macias e rosadas de um recém-nascido, pensou nas futuras chagas de seu Filho, esta Mãe, que daria dez, cem, mil vezes a sua vida para impedir que Eu me fizesse homem e chegasse ao momento da minha imolação, a esta Mãe que sabia, e que devia desejar aquela hora tremenda, aceitando a vontade do Senhor, para a glória do Senhor e por sua bondade para com a humanidade. Não. Nunca houve agonia mais longa e que terminasse numa dor ainda maior do que a minha Mãe.
E vós não tivestes uma dor maior, nem mais completa do que a minha. Eu era Um com o Pai. Ele me havia amado, desde a eternidade, como somente Deus pode amar; Ele se havia comprazia comigo, e tinha achado em Mim sua divina alegria. Os inefáveis relacionamentos que unem o Pai com o Filho desde toda a eternidade não podem ser explicados nem mesmo pela minha palavra, porque se ela é perfeita, a vossa inteligência não o é, e não podeis compreender e conhecer o que é Deus, enquanto não estiverdes com Ele no céu. Pois bem, Eu sentia como que uma água que vai subindo, e fazendo pressão sobre um dique, e vai crescendo a cada hora que passa. Assim era o rigor do Pai para comigo.
Para dar testemunho contra os homens violentos que não queriam compreender quem Eu era, o Senhor havia aberto três vezes o céu, durante o tempo da minha vida pública, no Jordão, no Tabor e em Jerusalém, na vigília da paixão. Mas Ele havia feito isso por causa dos homens, e não para me dar alívio. Eu estava sendo o expiador.
Muitas vezes, Maria, Deus faz que os homens conhecem um seu servo, a fim de que se sintam sacudidos e arrastados por esse meio, para Ele, mas isso acontece também pela dor daquele servo. É ele que paga como próprio o pão amargo do rigor de Deus, para conforto e salvação dos irmãos. Não é verdade? As vítimas de expiação conhecem o rigor de Deus. Depois virá a glória. Mas só quando a Justiça tiver sido aplacada. Não é como se fosse por meu amor que às suas vítimas Ele dá os seus beijos. Eu sou Jesus. Eu sou o Redentor, sou Aquele que sofreu e sabe, por sua experiência pessoal, o que é a dor de ser olhado com severidade por Deus e de ser abandonado por Ele. E eu não sou nunca severo, e nunca abandono. Eu me consumo igualmente, mas sim, em um incêndio de amor.
Quanto mais a hora da expiação se aproximava, mais eu sentia que o Pai se afastava. Sempre mais separado do Pai, a minha humanidade se sentia sempre menos amparada pela Divindade de Deus. E assim Eu sofria de todos os modos. A separação de Deus traz consigo o medo, traz consigo o apego à vida, traz consigo a fraqueza, o cansaço, o tédio. Quanto mais profunda ela for, mais fortes serão as suas consequências. Quando ela é total, traz o desespero. E, por um decreto de Deus, quanto mais alguém a experimenta, sem tê-la merecido, e quanto mais a sofre, porque o espírito vivo sente o afastamento de Deus, assim como uma carne viva sente o afastamento de uma articulação. Dá-se, então, um estupor doloroso, acachapante, a tal ponto, que quem não o experimentou, não sabe como ele é.
Tudo isso Eu tive que conhecer, a fim de poder interceder junto ao Pai em vosso favor. Até os vossos desesperos. Oh! Eu provei o que querem dizer estas palavras: “Eu estou sozinho”. Todos me traíram, e me abandonaram. Até o Pai? Até Deus deixou de me ajudar.” E é por isso que Eu opero misteriosos prodígios de graça para os pobres corações, que o desespero domina, e que peço aos meus predilectos que bebam do meu cálice, tão amargo para os que provam dele, afim de que eles, os que estão naufragando no mar do desespero, não recusem a cruz que Eu lhes ofereço como uma ancora de salvação, para que se agarrem nela, e Eu os possa conduzir até à margem feliz, onde só há paz.
Na tarde da Quinta-Feira só Eu é que sei se terei tido necessidade do Pai! Eu era um espírito já agonizante, pelo esforço de ter devido superar as duas maiores dores de um homem: o adeus a uma Mãe muito amada e a vizinhança do amigo traidor. Eram duas chagas que me atormentavam o coração. Uma com o seu pranto, e a outra com o seu ódio.
Eu tinha devido partir o meu pão com o meu Caim. Eu tive que falar-lhe como a um amigo, para não acusá-lo diante dos outros, de cuja violência Eu tinha a certeza, e, para impedir um delito, que afinal seria inútil, visto que tudo já estava marcado no grande livro da vida: a minha morte Santa e o suicídio de Judas. Seriam inúteis outras mortes, reprovadas por Deus. Nenhum outro sangue, que não fosse o Meu, devia ser derramada e derramado não foi. O malvado estrangulou aquela vida, fechando num saco imundo em que estava o seu corpo imundo, e também o seu sangue impuro, vendido a Satanás, sangue que não devia misturar-se, ao cair sobre a terra, com o sangue puríssimo do Inocente.
Bastariam aquelas duas feridas para fazerem de Mim um agonizante. Mas Eu era o Expiador, a Vítima, o Cordeiro. E o Cordeiro, antes de ser imolado, recebe a marca do ferro incandescente, conhece o que é o espancamento e o que é ser vendido ao açougueiro. E, em último lugar, recebe a lâmina gelada da faca, que penetra em sua garganta, faz escorrer o seu sangue, e o mata. Antes disso, ele deve deixar tudo: o pasto onde ele cresceu, a mãe em cujo peito ele se nutriu e se acalentou, os companheiros com os quais ele viveu. Tudo. Tudo isso Eu conheci: Eu o cordeiro de Deus.
Para isso é que veio o Satanás, enquanto o Pai se retirava para os Céus. Ele já havia vindo no começo da minha missão, para tentar-me e desviar-me de lá. E agora ele estava de volta. Era a hora dele. Era a hora da reunião dos demónios.
Turmas e mais turmas de demónios estavam naquela noite sobre a terra, para levarem a termo a sedução dos corações, e prepará-los para quererem a morte do Cristo no dia seguinte. Cada sinedrita tinha o seu, Herodes tinha o seu, e também Pilatos, e tinha o seu cada Judeu, que tivesse invocado sobre si o meu Sangue. Também os apóstolos tinham a seus lados os seus tentadores, que os faziam adormecer, enquanto ele ia definhando, e os preparava para cometerem um acto vil. Olha bem qual é o poder da pureza. João, o puro, livrou-se, por primeiro entre todos os outros, das garras do demónio, e voltou logo para perto do seu Jesus e o compreendeu naquele mudo desejo, e levou Maria até Mim.
Mas Judas tinha Lúcifer, e Eu tinha Lúcifer. Ele o tinha no coração, e Eu o tinha a meu lado. Éramos os dois personagens principais da tragédia. Pessoalmente, se ocupava connosco. Depois de ter levado Judas até ao ponto de onde não podia mais voltar atrás, ele virou-se para Mim.
Com a sua astúcia perfeita, ele me apresentou as torturas da carne, com uma exactidão insuperável. Também no deserto ele havia começado pela carne. E Eu o venci orando. O espírito dominou o medo da carne.
Foi, então, que ele me mostrou a inutilidade de minha morte e a utilidade de Eu viver para mim mesmo, sem preocupar-me com os homens ingratos. Viver rico, feliz, amado. Viver por causa de minha Mãe, a fim de não vê-la sofrer. Viver a fim de levar para Deus, com um longo apostolado, muitos homens, os quais uma vez que me vissem morto, logo se esqueceriam de Mim, enquanto que, se Eu tivesse sido mestre, não por três anos, mas durante lustros e mais lustros, eles teriam acabado por se compenetrarem de minha doutrina. Os seus anjos me teriam ajudado a seduzir os homens. Não estaria Eu vendo que os anjos de Deus não vinham ajudar-me? Além disso, Deus me teria perdoado, ao ver a grande quantidade de convertidos que Eu lhe teria trazido. Também lá no deserto ele me quis induzir a tentar a Deus pela imprudência. Mas Eu o venci pela oração. O espírito dominou a tentação moral.
Ele me apresentou o abandono da parte de Deus. Ele, o pai, não me amava mais. Eu estava carregado com os pecados do mundo. E lhe causava asco. Ele estava ausente e me deixou sozinho. E me abandonou ao ludíbrio de uma multidão feroz. E não concedia nem mesmo o seu divino conforto. Sozinho. Sozinho. Sozinho. Naquela hora ninguém estava perto do Cristo, a não ser Satanás. Deus e os homens não estavam lá porque não me amavam. Eles, ou me odiavam ou eram indiferentes. E eu rezava para cobrir com as minhas orações as palavras de Satanás. Mas minha oração não subia mais para Deus. Ela recaía sobre mim, como as pedras de um apedrejamento, e me esmagava sob o peso dos escombros. A oração que para Mim sempre foi uma carícia feita ao Pai, uma voz que subia a Ele, e à qual Ele respondia com carícia e uma palavra paterna, agora estava morta, era pesada, e em vão dirigida aos céus, que estavam fechados.
Foi então que Eu senti o amargor do fundo do cálice… O sabor do desespero. E era isso o que Satanás queria: levar-me ao desespero para fazer de Mim um seu escravo. Eu o venci o desespero, e o venci somente com as minhas forças, porque Eu quis vencê-lo. Somente com as minhas forças de homem. Eu não era mais do que o homem. E não era mais do que um homem não ajudado por Deus. Quando Deus ajuda é fácil suportar o mundo e tolerá-lo como um brinquedo de criança. Mas, quando Deus não ajuda mais, até o peso de uma flor causa fadiga.
Eu venci o desespero e Satanás seu criador, para servir a Deus, e dar-vos a vida. Mas tive que passar pela morte. Não a morte física de quem foi crucificado, pois isso foi menos atroz, mas a morte total, consciente, a do lutador que cai depois de triunfar, com o coração despedaçado e com o sangue que se derrama no trauma de um esforço superior às suas forças. E, então, Eu suei sangue. Suei sangue para ser fiel à vontade de Deus.
Eis porque o anjo de minha dor me fez ver a esperança de todos. O Salvador por meio do meu sacrifício, como um consolo para a minha morte.
Ele me deu os vossos nomes. E cada um deles foi para Mim uma gota de remédio derramado em minhas veias, para restituir-lhes a tensão e o funcionamento, e cada um foi para Mim uma vida que volta. No meio das desumanas torturas, para não gritar por minha dor humana, e para não perder a esperança em Deus e dizer que Ele estava sendo severo demais e injusto para com a sua Vítima, Eu repeti os vossos nomes, pois Eu vos vi. E Eu vos abençoei. E desde aquele momento Eu vos trouxe no Coração. E, quando chegou a vossa hora de estardes sobre a terra, Eu me adiantei, vindo dos Céus, para acompanhar vossa chegada, alegrando-me com o pensamento de que uma nova flor do amor havia desabrochado no mundo, e que teria vivido por Mim.
Oh! Meus benditos! Conforto do Cristo moribundo! A Mãe, o discípulo, as mulheres piedosas estavam ao redor de Mim, que estava morrendo, ainda viam junto ao rosto sofredor de minha Mãe, os vossos rostos amorosos, que se fechavam assim, felizes por se fecharem, porque vos haviam salvado, e vós, que mereceis o Sacrifício de um Deus.”
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Revelações - O pecado original
A desobediência de Eva e a obediência de Maria.
Tirado da Obra O EVANGELHO COMO ME FOI REVELADO,
Revelações de Jesus e Maria a Maria Valtorta, volume 1,
Páginas de 94 a 103.
5 de Março de 1944
Jesus diz:
Não se lê no Gênesis que Deus fez o homem para dominar tudo o que havia sobre a Terra, ou seja, tudo, com exceção de Deus e dos angélicos seus ministros? Não se lê que fez a mulher para ser companheira do homem na alegria e na dominação de todos os seres vivos? Não se lê que de tudo eles podiam comer, menos da árvore da ciência do Bem e do Mal? Por quê? O que está subentendido nas palavras “para que domines”? Que é que está subentendido na árvore da Ciência do Bem e do Mal? Nunca fizestes a vós mesmos estas perguntas, vós que viveis perguntando tantas coisas inúteis, e nunca sabeis fazer perguntas à vossa alma acerca das verdades celestes?
Vossa alma, se estivesse viva, vos responderia. Sim. A vossa alma que, quando está na graça de Deus, está bem segura, como uma flor entre as mãos do vosso anjo. Ela, a vossa alma que, quando está na graça de Deus, é como uma flor beijada pelos raios do sol e borrifada com um orvalho pelo espírito santo que aquece e ilumina, que a irriga e adorna com suas luzes celestes. Quantas verdades vos diria a vossa alma, se soubésseis conversar com ela, se a amásseis, como se deveria amar a alguém que põe em vós a semelhança com Deus, que é espírito, como também a vossa alma é espírito. Que grande amiga teríeis, se amásseis a vossa alma, em vez de odiá-la, até dar-lhe a morte? Que grande e sublime amiga com a qual poderíeis falar das coisas do céu, vós que gostais tanto de falar, e vos arruinais um ao outro com amizades que, se não são indignas (e algumas vezes o são), pelo menos São quase sempre inúteis, e para vós se transformam em um estrondo vazio ou prejudicial de palavras, e de palavras completamente terrenas.
Não disse Eu: "Quem me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará,e viremos a ele e faremos nele morada"? A alma no estado de graça possui o amor e, possuindo o amor,e possui a Deus, ou seja, o Pai que a conserva, o Filho que a ensina, o Espírito que a ilumina. Ela possui, por isso, o Conhecimento, a Ciência, a Sabedoria. Ela possui a Luz. Pensai, portanto, em que conversações sublimes poderia entreter-se a vossa alma convosco. São essas conversações que encheram os silêncios dos calabouços, os silêncios das celas, os silêncios dos ermos, os silêncios dos aposentos dos enfermos santos. São as que souberam confortar os que estavam encarcerados, à espera do martírio, os enclausurados por amor à busca da Verdade, os ermitãos ansiosos pelo conhecimento antecipado de Deus, os enfermos na paciência, e - por que não? - no amor às suas cruzes.
Se soubésseis fazer perguntas à vossa alma, ela vos diria que o significado verdadeiro, exato, vasto como toda a criação, daquela palavra "domina" é este: "Para que o homem domine tudo. Tudo em todos os seus três estados. O estado inferior, o animal. O estado do meio, o moral. E o estado superior, o espiritual. E a todos os três os ponha em ordem, para atingirem um único fim, que é possuir a Deus". Possuí-lo, tendo-o merecido por este férreo domínio, que mantém subjugadas todas as forças do eu, e faz delas escravas deste único objetivo: merecer possuir a Deus. Vossa alma vos diria que Deus tinha proibido o conhecimento do Bem e do Mal, porque o Bem tinha sido dado por Ele às suas criaturas gratuitamente, mas o Mal ele desejava que vós não o conhecêsseis, porque é um fruto doce ao paladar, mas que, descendo com o seu suco para o sangue, desperta nele uma febre que mata, e produz uma ardência tal, que quanto mais se bebe daquele suco mentiroso, mais sede se tem dele.
Vós me objetareis: "E por que foi colocado diante de nós?". E por quê? Porque o Mal é uma força que nasceu por si mesma, como nascem certos males monstruosos até nos corpos mais sãos.
Lúcifer era um anjo, o mais belo dos anjos.Espírito perfeito, inferior somente a Deus. No entanto em seu ser luminoso nasceu um vapor de soberba, que ele não tratou de dispersar, mas, ao contrário, procurou condensar, incubando-o, dessa incubação, nasceu o mal este existia, antes que o homem fosse criado, Deus havia precipitado para fora do Paraíso o maldito incubador do mal, o que sujou o paraíso. Mas este continuou sendo o eterno Incubador do Mal e, não podendo mais sujar o Paraíso, sujou a Terra.
Aquela planta metafórica está a demonstrar esta verdade. Deus tinha dito ao homem e à mulher: "Vós conheceis todas as leis e os mistérios da criação. Mas não queirais usurpar-me o direito de ser o Criador do homem. Para propagar a raça humana, bastará o meu amor, que circulará em vós e sem a libido de sensualidade, mas, só por um impulso de caridade, suscitará os novos Adãos da raça. Tudo eu vos dou. Só me reservo este mistério da formação do homem".
Satanás quis tirar esta virgindade intelectual do homem e, com sua língua serpentina, amoleceu e acariciou os membros e os olhos de Eva, fazendo surgir neles reflexos e sagacidades, que antes eles não tinham, porque a Malícia ainda não os tinha intoxicado.
Ela "viu". E vendo, quis experimentar. A carne foi despertada. Oh! se tivesse chama do por Deus! Se tivesse corrido para. ir dizer-lhe:
"Pai, eu estou doente. A Serpente me acariciou, e estou perturbada". O Pai a teria purificado, e curado com o seu hálito, esse hálito que, como lhe havia infundido a vida, podia infundir-lhe de novo a inocência, fazendo-a esquecer-se do tóxico da Serpente, e até pondo nela a repugnância pela Serpente, como acontece com aqueles que foram assaltados por algum mal, e guardam dele uma instintiva repugnância. Mas Eva não foi ao Pai. Ela voltou à Serpente. Aquela sensação foi doce para ela: "Vendo que o fruto da árvore era bom para se comer, e bonito para se ver, e agradável ao aspecto, foi apanhá-lo, e o comeu".
E "compreendeu". A malícia já tinha começado a morder-lhe as entranhas. Ela passou a ver com outros olhos, e a ouvir com outros ouvidos, os usos e as vozes dos irracionais. E passou a desejá-los com uma louca cobiça.
Ela iniciou sozinha o pecado. E o terminou com o seu companheiro. Por isso é que sobre a mulher pesa uma pena maior. Foi por meio dela que o homem se tornou rebelde a Deus e que ele conheceu a luxúria e a morte. Foi por ela que ele não soube mais dominar os seus três reinos: O do espírito, porque permitiu que o espírito desobedecesse a Deus; O moral, porque permitiu que as paixões o dominassem; e da carne, porque o aviltou, submetendo-o as leis instintivas pelas quais se regem os brutos. "A Serpente me seduziu", diz Eva. "A mulher me ofereceu o fruto, e eu o comi", diz Adão. E a tríplice concupiscência rouba ao homem os seus três reinos.
Somente a Graça pode destruir as correntes com que o homem foi preso por aquele monstro desapiedado. Mas, se a Graça é viva, bem viva, mantida sempre viva pela vontade do filho fiel, ela chega a destroçar o monstro, e a não precisar temer mais nada: nem os tiranos internos, isto é, a carne e as paixões; nem os tiranos externos, ou seja, o mundo e os poderosos do mundo. Nem as perseguições. Nem a morte. É, como diz o Apóstolo Paulo: "Nenhuma destas coisas eu temo, nem amo a minha vida mais do que a mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, que é o de dar testemunho do Evangelho da Graça de Deus".
[ ... ]" . [8 de março de 1944.]
Maria, Nossa Senhora, diz:
"Na alegria, pois, quando compreendi a missão a que Deus me destinava, fiquei repleta de alegria, o meu coração se abriu como um lírio que desabrocha, e dele se derramou o sangue, que foi como o terreno para o embrião do Senhor.
Alegria de ser mãe.
Eu me tinha consagrado a Deus desde minha tenra idade, porque a luz do Altíssimo me havia feito conhecer a causa do mal no mundo e eu quis, por quanto estava em meu poder, anular por mim mesma o plano de Satanás.
Eu ainda não sabia que eu era sem a mancha do pecado. Nem eu podia pensar que o era. Só pensar nisso, teria sido presunção e soberba, porque, nascida de pais humanos, não me era lícito nem pensar que logo eu é que ia ser a Escolhida para ser a Sem Mácula.
O Espírito de Deus me tinha instruído sobre a dor do Pai, diante a corrupção de Eva, que tinha querido aviltar-se, ela que era uma criatura por graça, descendo ao nível de uma criatura inferior. Havia em mim a intenção de amenizar aquela dor, reconduzindo a minha carne à pureza angélica, ao conservar-me inviolada por pensamentos, desejos e contactos humanos. Só por ele o meu coração palpitava de amor, só a ele eu consagrava o meu ser. Mas, se não havia em mim o ardor da carne, contudo ainda havia o sacrifício de não ser mãe.
A maternidade, livre de tudo o que agora a avilta, tinha sido concedida assim pelo Pai Criador também a Eva. Uma doce e pura maternidade, sem o peso da sensualidade! Eu a experimentei! De quantas vantagens Eva se despojou, quando renunciou a uma riqueza de tal porte! Essa riqueza era muito mais do que a imortalidade. E que não vos pareça um exagero dizer isso. De fato, o meu Jesus, e com Ele eu, sua Mãe, tivemos de passar pelos langores da morte. Eu passei por ela, como alguém que, cansado, adormece docemente, e Ele, por meio do atroz sofrimento de quem está morrendo porque a isso foi condenado. Portanto, também para nós houve morte. Mas a maternidade sem aqueles pesos e sem aquelas violações, só aconteceu comigo, que sou a nova Eva, a fim de que eu pudesse dizer ao mundo que doçura teria sido para a mulher chamada a ser mãe, se não sentisse a dor em sua carne. Ora, o desejo dessa maternidade pura podia estar, e estava, também na virgem toda de Deus, pois a maternidade é a glória da mulher. Se pensardes, então, em qual honra era tida a mulher mãe entre os israelitas, mais ainda podereis pensar no sacrifício que eu fiz, ao consagrar-me a Deus com a privação da maternidade.
Mas o Eterno Bem quis dar à sua serva este dom, sem precisar ela perder O candor de que estava revestida para ser uma flor sobre o seu trono. E eu me sentia jubilosa com a dupla alegria de poder ser a mãe de um homem e, ao mesmo tempo, ser Mãe de Deus.
Alegria de ser Aquela pela qual a paz se estabelecia entre O Céu e a Terra.
Oh! Ter desejado tanto essa paz, por amor de Deus e do próximo, e saber que através de mim, uma pobre serva do Todo-Poderoso, é que tal paz estaria vindo ao mundo! E poder dizer: "O' homens, não choreis mais, pois eu trago em mim o segredo que vos tornará felizes. Eu não vo-lo posso dizer, porque está selado em mim, no meu coração, assim como está fechado o filho em meu ventre inviolado. Mas eu já o estou trazendo no meio de vós, mas cada hora que passa, vai ficando mais perto o momento em que o vereis, e conhecereis seu Nome Santo".
Alegria de ter feito feliz a Deus: alegria de quem crê ter feito feliz ao seu Deus.
Oh! Sim. Ter tirado do coração de Deus a amargura da desobediência de Eva! Da soberba de Eva! Da sua incredulidade!
Meu Jesus me explicou qual foi a culpa com que se manchou o Primeiro Casal. Eu anulei aquela culpa, refazendo, de um modo retroativo para subir depois, as etapas da sua descida.
O principio da culpa estava na desobediência: "Não comais daquela arvore, e não toqueis nela", tinha dito Deus. Mas o homem e a mulher, os reis da criação, que podiam tocar em tudo e comer de tudo, menos daquela árvore, porque Deus queria torná-los só inferiores aos anjos, não levaram em conta aquela proibição.
A árvore: o meio para provar a obediência dos filhos.
Que é a obediência ao mandamento de Deus?É um bem, porque Deus só manda o bem. E que é a desobediência?É um mal, porque põe a alma naquelas disposições de rebelião, oferecendo a satanás um campo propicio para as suas operações.
Eva vai até à árvore,da qual teria vindo o seu bem,se fugisse dela,ou o seu mal,aproximando-se dela.Ela vai à árvore,arrastada por uma curiosidade infantil,querendo ver o que é que a árvore tinha em si de especial,e,levada pela imprudência,que lhe faz parecer inútil o mandamento de Deus, pois ela, Eva, se sente forte e pura,é a rainha do Éden,no qual tudo lhe obedece,e onde nada lhe poderá fazer mal.É assim que sua presunção causa sua ruína.A presunção é um fermento da soberba.
Junto à árvore, ela encontra o sedutor, que se aproveita da sua inexperiência virgem e tão bela. E tão mal protegida por ela, para cantar-lhe a canção da mentira ( Agora, Arnaldo, você vai ler como Lúcifer tentou Eva ): “Crês tu que isso, seja um mal ? Não!!! Deus te disse isso, porque vos quer conservar escravos do se poder! Pensais que sois reis ? Nem liberdade tendes, como a têm os animais. Pois aos animais foi concedido que se amem com verdadeiro amor.Mas a vós,não.Ao animal foi concedido ser criador como Deus.Ele gerará filhos e verá crescer a vontade sua família.Mas vós,não.é A vós e negada essa alegria. Para que, então, fazer-vos homem e mulher, se entendes que viver desse modo ? Sede deuses! Não sabeis que alegria é estarem dois numa só carne, para que dessa união se crie uma terceira pessoa, e até muitas outras ?Não acrediteis nas promessas de Deus de que tereis alegria em vossos descendentes, vendo os vossos filhos criarem novas famílias, deixando por causa delas seu pai e sua mãe.Deus vos deu apenas uma sombra de vida.A verdadeira vida é conhecer as leis da vida.Então,sim,sereis semelhantes a deuses e podereis dizer a Deus:”Somos iguais a ti”.
E a sedução continuou,porque não houve vontade de acabar com o que não era licito ao homem conhecer.É ai que a árvore proibida se torna realmente mortífera para a raça humana,pois dos seus ramos está pendurado o fruto da amarga sabedoria,que vem de satanás.A mulher ai se torna uma fêmea e,com o fermento do conhecimento satânico no coração,vai corromper a seu companheiro,Adão.Aviltada,pois,a carne,corrompido o moral,degradado o espírito,o que eles passaram a conhecer foi a dor e a morte do espírito,que ficou privado da graça,e da carne,que ficou privada da imortalidade.A ferida de Eva gerou o sofrimento,que não se aplacará,enquanto não se extinguir a vida do último casal sobre a terra.
Eu percorri, de modo regressivo, os caminhos daqueles dois pecadores. Eu obedeci. Obedeci de todos os modos. Deus me pediu que eu permanecesse virgem.Eu obedeci.Tendo amado a virgindade,que me tornava pura como a primeira das mulheres,antes de conhecer a satanás,Deus me pediu que fosse esposa.Eu obedeci,colocando o matrimônio naquele primeiro grau de pureza que estava no pensamento de Deus,quando criou os dois primeiros.Convicta de que estava destinada à solidão no matrimônio,e a ser desprezada pelos outros, por causa da minha esterilidade voluntária,agora Deus me pedia que eu me tornasse mãe.Eu obedeci.Eu cri que isso fosse possível e que aquela palavra veio de Deus,porque,ao ouvi-la,difundiu-se em mim uma grande paz.Não fiquei pensando assim:”Eu mereci isto”.Não fiquei dizendo a mim mesma: “ Agora, o mundo vai me admirar, pois eu já sou semelhante a Deus, criando a carne de Deus”. Não. Eu me aniquilei na humildade.
A alegria brotou-me do coração, como um pedúnculo de roseira florida. Mas esta viu-se bem depressa ornada com agudos espinhos e apertada no emaranhado da dor, como aqueles ramos que ficam enrolados por algumas trepadeiras. A dor, pela dor do esposo: eis a angústia em minha alegria. A dor pela do meu filho: eis o espinho em minha alegria.
Eva quis o gozo, o triunfo, a liberdade. Eu aceitei a dor, o aniquilamento, a escravidão. Renunciei à minha vida tranqüila, à estimada do meu esposo, à minha própria liberdade. Não conservei nada para mim. Fiz-me a criada de Deus na carne, no moral, no espírito, confiando-me a Ele, não só para a concepção virginal, mas para a defesa de minha honra, para a consolação do esposo, para o meio com o qual ele pudesse entender a purificação do matrimônio, de tal modo a fazer de nós dois os que haveriam de restituir ao homem e à mulher a dignidade perdida.
Abracei a vontade do Senhor, por mim mesmo, pelo esposo e por meu filho. Eu disse: “Sim” para todos os três, certa de que Deus não teria faltado com a sua palavra, quando prometeu me socorrer em minha dor de esposa que teria julgada culpada, de mãe que se vê gerando, para entregar o filho à dor.
“Sim”, eu disse. Sim. E basta. Aquele “sim” anulou o “não” de Eva ao mandamento de Deus. "Sim, Senhor, como quiseres. Conhecerei o que é que Tu queres. Viverei como Tu queres. Alegrar-me-ei, se Tu quiseres. Sofrerei pelo que Tu quiseres. Sim, sempre sim, meu Senhor, desde o momento em que o raio, que partiu de Ti, me fez Mãe, até o momento em que me chamaste a Ti. Sim, sempre sim. Todas as vozes da carne, todas as paixões do moral, sob o peso deste meu perpétuo sim. E acima, como sobre um pedestal de diamante, o meu espírito, ao qual faltam asas para voar a Ti, mas que é senhor de todo o eu domado, é feito servo teu. Servo na alegria, servo na dor. Mas, sorri, o meu Deus! E sê feliz! A culpa foi vencida. Foi tirada, foi destruída. Ela agora esta sob a meu calcanhar, foi lavada em meu pranto, destruída pela minha obediência. De meu ventre nascera a Árvore nova, que ha de ter em si o Fruto, que conhecerá todo a Mal por tê-lo padecido em Si, e que dará todo a Bem. A ele poderão ir as homens, e eu me darei por feliz, se eles colherem desse fruto, ainda que eles não pensem que este fruto nasce de mim. Contanto que a homem se salve, e que Deus seja amado, que se faça desta tua serva o que se faz do solo sobre a qual surge uma árvore: um degrau para subir".
Maria(Nossa Senhora se dirige a Maria Valtorta), é preciso saber sempre ser degrau, para que as outros subam para Deus. Se nos pisam, não faz mal. Contanto que consigam andar até a Cruz. É a nova árvore que tem o fruto do conhecimento do Bem e do Mal, porque diz ao homem o que é mal e o que é bem, a Fim de que ele saiba escolher e viver, e sabe, ao mesmo tempo, fazer de si um licor para curar as intoxicados pelo mal que eles quiseram saborear. O nosso coração esteia sob os pés dos homens, contanto que o número dos redimidos cresça, e que o Sangue do meu Jesus não seja derramado sem fruto. Eis a sorte das servas do Senhor. Mas depois merecemos receber no ventre a Hóstia santa e, aos pés da Cruz, impregnada pelo Seu Sangue e pelo nosso pranto, dizer: "Eis aqui, ó Pai, a Hóstia imaculada, que te oferecemos pela salvação do mundo. Olha para nós, o Pai, unidas com e la e pelos seus merecimentos infinitos, dá-nos a tua bênção".
Eu te dou minhas caricias. Repousa, minha filha. O Senhor está contigo".
Jesus diz:
"A palavra de minha Mãe deveria dissipar toda e qualquer titubeação de pensamento, até mesmo nos mais bloqueados com relação as fórmulas.
Eu disse “árvore metafórica”. Agora vou dizer :”árvore simbólica”.Talvez assim compreendais melhor.O símbolo dela é claro: do modo como os dois filhos de Deus teria procedido a respeito dela,se teria podido compreender como era neles a tendência para o bem ou para o mal.Como a água régia prova o ouro e a balança do ourives pesa os quilates do ouro,aquela árvore tinha-se tornado uma “missão”por causa da ordem de Deus a respeito dela e deu a medida da pureza do metal de Adão e Eva.
Estou já ouvindo a vossa objeção: ’’Não foi rigorosa demais a condenação, e pueril o meio usado para condená-los? ”.
Não foi.Uma desobediência hoje em vós,que sois os herdeiros deles,é menos grave do que a que foi neles.Vós sois redimidos por mim.Más o veneno de Satanás continua sempre pronto a se levantar de novo,como certas doenças que nunca saem totalmente do sangue.Eles,os dois progenitores,eram possuidores da Graça,sem nunca terem sido nem de leve tocados pela desgraça.Por isso eram mais fortes,mais amparados pela Graça,que gerava neles inocência e amor.Infinito era o dom que Deus lhes havia dado.Bem mais grave, por isso,foi a queda deles,não obstantes aquele dom.
Simbólico também é o fruto oferecido e comido. Era o fruto de uma experiência que se quis fazer, por instigação satânica, contra a ordem de Deus. (agora, Jesus Fala enquanto Deus, enquanto verbo de Deus) Eu não havia interdito aos homens o amor. Queria unicamente que se amassem sem malicia; como eu os amava com a minha santidade, eles deviam amar-se na santidade, eles deviam amar-se na santidade de afetos que nenhum libido emporcalha.
Não se há de esquecer que a graça é luz e quem a possui e conhece o que é útil e bom conhecer. A cheia de graça conheceu tudo, porque a sabedoria a instruía, a sabedoria que é graça, e ela soube guiar-se santamente. Eva, pois, conhecia o que lhe era bom conhecer. E não mais do que isso, porque é inútiu conhecer o que não e bom. Não teve fé nas palavras de Deus e não foi fiel à sua promessa de obediência. Acreditou em Satánas, infringiu a promessa,quis saber o que não é bom e o amou sem remorso, e fez que o amor, que eu tinha dado como uma coisa santa, se tornasse uma coisa corrompida,uma coisa aviltada. Anjo decaído, rolou na lama e nas palhas, quando podia correr feliz por entre as flores do paraíso terrestre e ver florescer ao redor de si a prole,assim como uma árvore que se cobre de flores, sem precisar curvar sua copa para o brejo.
Não fiqueis como os meninos tolos de que eu falo no evangelho os quais ouviram cantar,e taparam os ouvidos,ouviram tocar e não dançaram,ouviram chorar, e quiseram rir.Não sejais mesquinhos, e não sejas negadores.Aceitai,aceitai a luz sem malicia e teimosia,sem ironia e incredulidade.E sobre isto, basta.
Para fazer-vos compreender o quanto deveis ser gratos para com “Aquele que morreu para elevar-vos ao céu e para vencer a concupiscência de Satanás,eu vos quis falar neste tempo de preparação para a Páscoa, desde que foi o primeiro elo da corrente com que o verbo do pai foi arrastado à morte, o Cordeiro divino ao matadouro.Disse “ eu vos quis falar” , porque agora noventa por cento entre vós é semelhante à Eva intoxicada pelo hálito e pela palavra de Lúcifer, e não viveis para amar-vos, mas para saciar-vos de sensualidade, não viveis para o céu, mas para a lama, não sois mais criaturas dotadas de alma e de razão, mas uns cães sem alma e sem razão. A alma, vós já a mataste; e a razão, já a depravastes. Em verdade, eu vos digo que os animais irracionais estão acima de vós na honestidade dos seus amores”. (Como dói ouvir isso, mas Jesus tem sim razão)
Tirado da Obra O EVANGELHO COMO ME FOI REVELADO,
Revelações de Jesus e Maria a Maria Valtorta, volume 1,
Páginas de 94 a 103.
5 de Março de 1944
Jesus diz:
Não se lê no Gênesis que Deus fez o homem para dominar tudo o que havia sobre a Terra, ou seja, tudo, com exceção de Deus e dos angélicos seus ministros? Não se lê que fez a mulher para ser companheira do homem na alegria e na dominação de todos os seres vivos? Não se lê que de tudo eles podiam comer, menos da árvore da ciência do Bem e do Mal? Por quê? O que está subentendido nas palavras “para que domines”? Que é que está subentendido na árvore da Ciência do Bem e do Mal? Nunca fizestes a vós mesmos estas perguntas, vós que viveis perguntando tantas coisas inúteis, e nunca sabeis fazer perguntas à vossa alma acerca das verdades celestes?
Vossa alma, se estivesse viva, vos responderia. Sim. A vossa alma que, quando está na graça de Deus, está bem segura, como uma flor entre as mãos do vosso anjo. Ela, a vossa alma que, quando está na graça de Deus, é como uma flor beijada pelos raios do sol e borrifada com um orvalho pelo espírito santo que aquece e ilumina, que a irriga e adorna com suas luzes celestes. Quantas verdades vos diria a vossa alma, se soubésseis conversar com ela, se a amásseis, como se deveria amar a alguém que põe em vós a semelhança com Deus, que é espírito, como também a vossa alma é espírito. Que grande amiga teríeis, se amásseis a vossa alma, em vez de odiá-la, até dar-lhe a morte? Que grande e sublime amiga com a qual poderíeis falar das coisas do céu, vós que gostais tanto de falar, e vos arruinais um ao outro com amizades que, se não são indignas (e algumas vezes o são), pelo menos São quase sempre inúteis, e para vós se transformam em um estrondo vazio ou prejudicial de palavras, e de palavras completamente terrenas.
Não disse Eu: "Quem me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará,e viremos a ele e faremos nele morada"? A alma no estado de graça possui o amor e, possuindo o amor,e possui a Deus, ou seja, o Pai que a conserva, o Filho que a ensina, o Espírito que a ilumina. Ela possui, por isso, o Conhecimento, a Ciência, a Sabedoria. Ela possui a Luz. Pensai, portanto, em que conversações sublimes poderia entreter-se a vossa alma convosco. São essas conversações que encheram os silêncios dos calabouços, os silêncios das celas, os silêncios dos ermos, os silêncios dos aposentos dos enfermos santos. São as que souberam confortar os que estavam encarcerados, à espera do martírio, os enclausurados por amor à busca da Verdade, os ermitãos ansiosos pelo conhecimento antecipado de Deus, os enfermos na paciência, e - por que não? - no amor às suas cruzes.
Se soubésseis fazer perguntas à vossa alma, ela vos diria que o significado verdadeiro, exato, vasto como toda a criação, daquela palavra "domina" é este: "Para que o homem domine tudo. Tudo em todos os seus três estados. O estado inferior, o animal. O estado do meio, o moral. E o estado superior, o espiritual. E a todos os três os ponha em ordem, para atingirem um único fim, que é possuir a Deus". Possuí-lo, tendo-o merecido por este férreo domínio, que mantém subjugadas todas as forças do eu, e faz delas escravas deste único objetivo: merecer possuir a Deus. Vossa alma vos diria que Deus tinha proibido o conhecimento do Bem e do Mal, porque o Bem tinha sido dado por Ele às suas criaturas gratuitamente, mas o Mal ele desejava que vós não o conhecêsseis, porque é um fruto doce ao paladar, mas que, descendo com o seu suco para o sangue, desperta nele uma febre que mata, e produz uma ardência tal, que quanto mais se bebe daquele suco mentiroso, mais sede se tem dele.
Vós me objetareis: "E por que foi colocado diante de nós?". E por quê? Porque o Mal é uma força que nasceu por si mesma, como nascem certos males monstruosos até nos corpos mais sãos.
Lúcifer era um anjo, o mais belo dos anjos.Espírito perfeito, inferior somente a Deus. No entanto em seu ser luminoso nasceu um vapor de soberba, que ele não tratou de dispersar, mas, ao contrário, procurou condensar, incubando-o, dessa incubação, nasceu o mal este existia, antes que o homem fosse criado, Deus havia precipitado para fora do Paraíso o maldito incubador do mal, o que sujou o paraíso. Mas este continuou sendo o eterno Incubador do Mal e, não podendo mais sujar o Paraíso, sujou a Terra.
Aquela planta metafórica está a demonstrar esta verdade. Deus tinha dito ao homem e à mulher: "Vós conheceis todas as leis e os mistérios da criação. Mas não queirais usurpar-me o direito de ser o Criador do homem. Para propagar a raça humana, bastará o meu amor, que circulará em vós e sem a libido de sensualidade, mas, só por um impulso de caridade, suscitará os novos Adãos da raça. Tudo eu vos dou. Só me reservo este mistério da formação do homem".
Satanás quis tirar esta virgindade intelectual do homem e, com sua língua serpentina, amoleceu e acariciou os membros e os olhos de Eva, fazendo surgir neles reflexos e sagacidades, que antes eles não tinham, porque a Malícia ainda não os tinha intoxicado.
Ela "viu". E vendo, quis experimentar. A carne foi despertada. Oh! se tivesse chama do por Deus! Se tivesse corrido para. ir dizer-lhe:
"Pai, eu estou doente. A Serpente me acariciou, e estou perturbada". O Pai a teria purificado, e curado com o seu hálito, esse hálito que, como lhe havia infundido a vida, podia infundir-lhe de novo a inocência, fazendo-a esquecer-se do tóxico da Serpente, e até pondo nela a repugnância pela Serpente, como acontece com aqueles que foram assaltados por algum mal, e guardam dele uma instintiva repugnância. Mas Eva não foi ao Pai. Ela voltou à Serpente. Aquela sensação foi doce para ela: "Vendo que o fruto da árvore era bom para se comer, e bonito para se ver, e agradável ao aspecto, foi apanhá-lo, e o comeu".
E "compreendeu". A malícia já tinha começado a morder-lhe as entranhas. Ela passou a ver com outros olhos, e a ouvir com outros ouvidos, os usos e as vozes dos irracionais. E passou a desejá-los com uma louca cobiça.
Ela iniciou sozinha o pecado. E o terminou com o seu companheiro. Por isso é que sobre a mulher pesa uma pena maior. Foi por meio dela que o homem se tornou rebelde a Deus e que ele conheceu a luxúria e a morte. Foi por ela que ele não soube mais dominar os seus três reinos: O do espírito, porque permitiu que o espírito desobedecesse a Deus; O moral, porque permitiu que as paixões o dominassem; e da carne, porque o aviltou, submetendo-o as leis instintivas pelas quais se regem os brutos. "A Serpente me seduziu", diz Eva. "A mulher me ofereceu o fruto, e eu o comi", diz Adão. E a tríplice concupiscência rouba ao homem os seus três reinos.
Somente a Graça pode destruir as correntes com que o homem foi preso por aquele monstro desapiedado. Mas, se a Graça é viva, bem viva, mantida sempre viva pela vontade do filho fiel, ela chega a destroçar o monstro, e a não precisar temer mais nada: nem os tiranos internos, isto é, a carne e as paixões; nem os tiranos externos, ou seja, o mundo e os poderosos do mundo. Nem as perseguições. Nem a morte. É, como diz o Apóstolo Paulo: "Nenhuma destas coisas eu temo, nem amo a minha vida mais do que a mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, que é o de dar testemunho do Evangelho da Graça de Deus".
[ ... ]" . [8 de março de 1944.]
Maria, Nossa Senhora, diz:
"Na alegria, pois, quando compreendi a missão a que Deus me destinava, fiquei repleta de alegria, o meu coração se abriu como um lírio que desabrocha, e dele se derramou o sangue, que foi como o terreno para o embrião do Senhor.
Alegria de ser mãe.
Eu me tinha consagrado a Deus desde minha tenra idade, porque a luz do Altíssimo me havia feito conhecer a causa do mal no mundo e eu quis, por quanto estava em meu poder, anular por mim mesma o plano de Satanás.
Eu ainda não sabia que eu era sem a mancha do pecado. Nem eu podia pensar que o era. Só pensar nisso, teria sido presunção e soberba, porque, nascida de pais humanos, não me era lícito nem pensar que logo eu é que ia ser a Escolhida para ser a Sem Mácula.
O Espírito de Deus me tinha instruído sobre a dor do Pai, diante a corrupção de Eva, que tinha querido aviltar-se, ela que era uma criatura por graça, descendo ao nível de uma criatura inferior. Havia em mim a intenção de amenizar aquela dor, reconduzindo a minha carne à pureza angélica, ao conservar-me inviolada por pensamentos, desejos e contactos humanos. Só por ele o meu coração palpitava de amor, só a ele eu consagrava o meu ser. Mas, se não havia em mim o ardor da carne, contudo ainda havia o sacrifício de não ser mãe.
A maternidade, livre de tudo o que agora a avilta, tinha sido concedida assim pelo Pai Criador também a Eva. Uma doce e pura maternidade, sem o peso da sensualidade! Eu a experimentei! De quantas vantagens Eva se despojou, quando renunciou a uma riqueza de tal porte! Essa riqueza era muito mais do que a imortalidade. E que não vos pareça um exagero dizer isso. De fato, o meu Jesus, e com Ele eu, sua Mãe, tivemos de passar pelos langores da morte. Eu passei por ela, como alguém que, cansado, adormece docemente, e Ele, por meio do atroz sofrimento de quem está morrendo porque a isso foi condenado. Portanto, também para nós houve morte. Mas a maternidade sem aqueles pesos e sem aquelas violações, só aconteceu comigo, que sou a nova Eva, a fim de que eu pudesse dizer ao mundo que doçura teria sido para a mulher chamada a ser mãe, se não sentisse a dor em sua carne. Ora, o desejo dessa maternidade pura podia estar, e estava, também na virgem toda de Deus, pois a maternidade é a glória da mulher. Se pensardes, então, em qual honra era tida a mulher mãe entre os israelitas, mais ainda podereis pensar no sacrifício que eu fiz, ao consagrar-me a Deus com a privação da maternidade.
Mas o Eterno Bem quis dar à sua serva este dom, sem precisar ela perder O candor de que estava revestida para ser uma flor sobre o seu trono. E eu me sentia jubilosa com a dupla alegria de poder ser a mãe de um homem e, ao mesmo tempo, ser Mãe de Deus.
Alegria de ser Aquela pela qual a paz se estabelecia entre O Céu e a Terra.
Oh! Ter desejado tanto essa paz, por amor de Deus e do próximo, e saber que através de mim, uma pobre serva do Todo-Poderoso, é que tal paz estaria vindo ao mundo! E poder dizer: "O' homens, não choreis mais, pois eu trago em mim o segredo que vos tornará felizes. Eu não vo-lo posso dizer, porque está selado em mim, no meu coração, assim como está fechado o filho em meu ventre inviolado. Mas eu já o estou trazendo no meio de vós, mas cada hora que passa, vai ficando mais perto o momento em que o vereis, e conhecereis seu Nome Santo".
Alegria de ter feito feliz a Deus: alegria de quem crê ter feito feliz ao seu Deus.
Oh! Sim. Ter tirado do coração de Deus a amargura da desobediência de Eva! Da soberba de Eva! Da sua incredulidade!
Meu Jesus me explicou qual foi a culpa com que se manchou o Primeiro Casal. Eu anulei aquela culpa, refazendo, de um modo retroativo para subir depois, as etapas da sua descida.
O principio da culpa estava na desobediência: "Não comais daquela arvore, e não toqueis nela", tinha dito Deus. Mas o homem e a mulher, os reis da criação, que podiam tocar em tudo e comer de tudo, menos daquela árvore, porque Deus queria torná-los só inferiores aos anjos, não levaram em conta aquela proibição.
A árvore: o meio para provar a obediência dos filhos.
Que é a obediência ao mandamento de Deus?É um bem, porque Deus só manda o bem. E que é a desobediência?É um mal, porque põe a alma naquelas disposições de rebelião, oferecendo a satanás um campo propicio para as suas operações.
Eva vai até à árvore,da qual teria vindo o seu bem,se fugisse dela,ou o seu mal,aproximando-se dela.Ela vai à árvore,arrastada por uma curiosidade infantil,querendo ver o que é que a árvore tinha em si de especial,e,levada pela imprudência,que lhe faz parecer inútil o mandamento de Deus, pois ela, Eva, se sente forte e pura,é a rainha do Éden,no qual tudo lhe obedece,e onde nada lhe poderá fazer mal.É assim que sua presunção causa sua ruína.A presunção é um fermento da soberba.
Junto à árvore, ela encontra o sedutor, que se aproveita da sua inexperiência virgem e tão bela. E tão mal protegida por ela, para cantar-lhe a canção da mentira ( Agora, Arnaldo, você vai ler como Lúcifer tentou Eva ): “Crês tu que isso, seja um mal ? Não!!! Deus te disse isso, porque vos quer conservar escravos do se poder! Pensais que sois reis ? Nem liberdade tendes, como a têm os animais. Pois aos animais foi concedido que se amem com verdadeiro amor.Mas a vós,não.Ao animal foi concedido ser criador como Deus.Ele gerará filhos e verá crescer a vontade sua família.Mas vós,não.é A vós e negada essa alegria. Para que, então, fazer-vos homem e mulher, se entendes que viver desse modo ? Sede deuses! Não sabeis que alegria é estarem dois numa só carne, para que dessa união se crie uma terceira pessoa, e até muitas outras ?Não acrediteis nas promessas de Deus de que tereis alegria em vossos descendentes, vendo os vossos filhos criarem novas famílias, deixando por causa delas seu pai e sua mãe.Deus vos deu apenas uma sombra de vida.A verdadeira vida é conhecer as leis da vida.Então,sim,sereis semelhantes a deuses e podereis dizer a Deus:”Somos iguais a ti”.
E a sedução continuou,porque não houve vontade de acabar com o que não era licito ao homem conhecer.É ai que a árvore proibida se torna realmente mortífera para a raça humana,pois dos seus ramos está pendurado o fruto da amarga sabedoria,que vem de satanás.A mulher ai se torna uma fêmea e,com o fermento do conhecimento satânico no coração,vai corromper a seu companheiro,Adão.Aviltada,pois,a carne,corrompido o moral,degradado o espírito,o que eles passaram a conhecer foi a dor e a morte do espírito,que ficou privado da graça,e da carne,que ficou privada da imortalidade.A ferida de Eva gerou o sofrimento,que não se aplacará,enquanto não se extinguir a vida do último casal sobre a terra.
Eu percorri, de modo regressivo, os caminhos daqueles dois pecadores. Eu obedeci. Obedeci de todos os modos. Deus me pediu que eu permanecesse virgem.Eu obedeci.Tendo amado a virgindade,que me tornava pura como a primeira das mulheres,antes de conhecer a satanás,Deus me pediu que fosse esposa.Eu obedeci,colocando o matrimônio naquele primeiro grau de pureza que estava no pensamento de Deus,quando criou os dois primeiros.Convicta de que estava destinada à solidão no matrimônio,e a ser desprezada pelos outros, por causa da minha esterilidade voluntária,agora Deus me pedia que eu me tornasse mãe.Eu obedeci.Eu cri que isso fosse possível e que aquela palavra veio de Deus,porque,ao ouvi-la,difundiu-se em mim uma grande paz.Não fiquei pensando assim:”Eu mereci isto”.Não fiquei dizendo a mim mesma: “ Agora, o mundo vai me admirar, pois eu já sou semelhante a Deus, criando a carne de Deus”. Não. Eu me aniquilei na humildade.
A alegria brotou-me do coração, como um pedúnculo de roseira florida. Mas esta viu-se bem depressa ornada com agudos espinhos e apertada no emaranhado da dor, como aqueles ramos que ficam enrolados por algumas trepadeiras. A dor, pela dor do esposo: eis a angústia em minha alegria. A dor pela do meu filho: eis o espinho em minha alegria.
Eva quis o gozo, o triunfo, a liberdade. Eu aceitei a dor, o aniquilamento, a escravidão. Renunciei à minha vida tranqüila, à estimada do meu esposo, à minha própria liberdade. Não conservei nada para mim. Fiz-me a criada de Deus na carne, no moral, no espírito, confiando-me a Ele, não só para a concepção virginal, mas para a defesa de minha honra, para a consolação do esposo, para o meio com o qual ele pudesse entender a purificação do matrimônio, de tal modo a fazer de nós dois os que haveriam de restituir ao homem e à mulher a dignidade perdida.
Abracei a vontade do Senhor, por mim mesmo, pelo esposo e por meu filho. Eu disse: “Sim” para todos os três, certa de que Deus não teria faltado com a sua palavra, quando prometeu me socorrer em minha dor de esposa que teria julgada culpada, de mãe que se vê gerando, para entregar o filho à dor.
“Sim”, eu disse. Sim. E basta. Aquele “sim” anulou o “não” de Eva ao mandamento de Deus. "Sim, Senhor, como quiseres. Conhecerei o que é que Tu queres. Viverei como Tu queres. Alegrar-me-ei, se Tu quiseres. Sofrerei pelo que Tu quiseres. Sim, sempre sim, meu Senhor, desde o momento em que o raio, que partiu de Ti, me fez Mãe, até o momento em que me chamaste a Ti. Sim, sempre sim. Todas as vozes da carne, todas as paixões do moral, sob o peso deste meu perpétuo sim. E acima, como sobre um pedestal de diamante, o meu espírito, ao qual faltam asas para voar a Ti, mas que é senhor de todo o eu domado, é feito servo teu. Servo na alegria, servo na dor. Mas, sorri, o meu Deus! E sê feliz! A culpa foi vencida. Foi tirada, foi destruída. Ela agora esta sob a meu calcanhar, foi lavada em meu pranto, destruída pela minha obediência. De meu ventre nascera a Árvore nova, que ha de ter em si o Fruto, que conhecerá todo a Mal por tê-lo padecido em Si, e que dará todo a Bem. A ele poderão ir as homens, e eu me darei por feliz, se eles colherem desse fruto, ainda que eles não pensem que este fruto nasce de mim. Contanto que a homem se salve, e que Deus seja amado, que se faça desta tua serva o que se faz do solo sobre a qual surge uma árvore: um degrau para subir".
Maria(Nossa Senhora se dirige a Maria Valtorta), é preciso saber sempre ser degrau, para que as outros subam para Deus. Se nos pisam, não faz mal. Contanto que consigam andar até a Cruz. É a nova árvore que tem o fruto do conhecimento do Bem e do Mal, porque diz ao homem o que é mal e o que é bem, a Fim de que ele saiba escolher e viver, e sabe, ao mesmo tempo, fazer de si um licor para curar as intoxicados pelo mal que eles quiseram saborear. O nosso coração esteia sob os pés dos homens, contanto que o número dos redimidos cresça, e que o Sangue do meu Jesus não seja derramado sem fruto. Eis a sorte das servas do Senhor. Mas depois merecemos receber no ventre a Hóstia santa e, aos pés da Cruz, impregnada pelo Seu Sangue e pelo nosso pranto, dizer: "Eis aqui, ó Pai, a Hóstia imaculada, que te oferecemos pela salvação do mundo. Olha para nós, o Pai, unidas com e la e pelos seus merecimentos infinitos, dá-nos a tua bênção".
Eu te dou minhas caricias. Repousa, minha filha. O Senhor está contigo".
Jesus diz:
"A palavra de minha Mãe deveria dissipar toda e qualquer titubeação de pensamento, até mesmo nos mais bloqueados com relação as fórmulas.
Eu disse “árvore metafórica”. Agora vou dizer :”árvore simbólica”.Talvez assim compreendais melhor.O símbolo dela é claro: do modo como os dois filhos de Deus teria procedido a respeito dela,se teria podido compreender como era neles a tendência para o bem ou para o mal.Como a água régia prova o ouro e a balança do ourives pesa os quilates do ouro,aquela árvore tinha-se tornado uma “missão”por causa da ordem de Deus a respeito dela e deu a medida da pureza do metal de Adão e Eva.
Estou já ouvindo a vossa objeção: ’’Não foi rigorosa demais a condenação, e pueril o meio usado para condená-los? ”.
Não foi.Uma desobediência hoje em vós,que sois os herdeiros deles,é menos grave do que a que foi neles.Vós sois redimidos por mim.Más o veneno de Satanás continua sempre pronto a se levantar de novo,como certas doenças que nunca saem totalmente do sangue.Eles,os dois progenitores,eram possuidores da Graça,sem nunca terem sido nem de leve tocados pela desgraça.Por isso eram mais fortes,mais amparados pela Graça,que gerava neles inocência e amor.Infinito era o dom que Deus lhes havia dado.Bem mais grave, por isso,foi a queda deles,não obstantes aquele dom.
Simbólico também é o fruto oferecido e comido. Era o fruto de uma experiência que se quis fazer, por instigação satânica, contra a ordem de Deus. (agora, Jesus Fala enquanto Deus, enquanto verbo de Deus) Eu não havia interdito aos homens o amor. Queria unicamente que se amassem sem malicia; como eu os amava com a minha santidade, eles deviam amar-se na santidade, eles deviam amar-se na santidade de afetos que nenhum libido emporcalha.
Não se há de esquecer que a graça é luz e quem a possui e conhece o que é útil e bom conhecer. A cheia de graça conheceu tudo, porque a sabedoria a instruía, a sabedoria que é graça, e ela soube guiar-se santamente. Eva, pois, conhecia o que lhe era bom conhecer. E não mais do que isso, porque é inútiu conhecer o que não e bom. Não teve fé nas palavras de Deus e não foi fiel à sua promessa de obediência. Acreditou em Satánas, infringiu a promessa,quis saber o que não é bom e o amou sem remorso, e fez que o amor, que eu tinha dado como uma coisa santa, se tornasse uma coisa corrompida,uma coisa aviltada. Anjo decaído, rolou na lama e nas palhas, quando podia correr feliz por entre as flores do paraíso terrestre e ver florescer ao redor de si a prole,assim como uma árvore que se cobre de flores, sem precisar curvar sua copa para o brejo.
Não fiqueis como os meninos tolos de que eu falo no evangelho os quais ouviram cantar,e taparam os ouvidos,ouviram tocar e não dançaram,ouviram chorar, e quiseram rir.Não sejais mesquinhos, e não sejas negadores.Aceitai,aceitai a luz sem malicia e teimosia,sem ironia e incredulidade.E sobre isto, basta.
Para fazer-vos compreender o quanto deveis ser gratos para com “Aquele que morreu para elevar-vos ao céu e para vencer a concupiscência de Satanás,eu vos quis falar neste tempo de preparação para a Páscoa, desde que foi o primeiro elo da corrente com que o verbo do pai foi arrastado à morte, o Cordeiro divino ao matadouro.Disse “ eu vos quis falar” , porque agora noventa por cento entre vós é semelhante à Eva intoxicada pelo hálito e pela palavra de Lúcifer, e não viveis para amar-vos, mas para saciar-vos de sensualidade, não viveis para o céu, mas para a lama, não sois mais criaturas dotadas de alma e de razão, mas uns cães sem alma e sem razão. A alma, vós já a mataste; e a razão, já a depravastes. Em verdade, eu vos digo que os animais irracionais estão acima de vós na honestidade dos seus amores”. (Como dói ouvir isso, mas Jesus tem sim razão)
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